Estudo revela o melhor turno para se exercitar por ajudar a viver mais
Feito ao longo de 8 anos com quase 30 mil pessoas, o estudo sobre se exercitar foi publicado na revista acadêmica Diabetes Care
atualizado
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Liderado por pesquisadores do Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney, na Austrália, um estudo revelou que praticar exercícios físicos à noite pode ser mais benéfico quando se trata de viver mais. Feita ao longo de 8 anos com quase 30 mil pessoas com mais de 40 anos, a investigação foi publicada na revista acadêmica Diabetes Care.
De acordo com os estudiosos, os participantes que vivem com obesidade e fizeram atividade física entre 18h e meia-noite apresentaram menor risco de morte prematura e de óbito por doenças cardiovasculares. Os índices foram comparados aos grupos que se exercitaram no período matutino e vespertino. Alguns dos inscritos também têm diabetes.
Outra vantagem notada pelos pesquisadores é que qualquer tipo de exercício aeróbico de moderado a intenso contava. Ao malhar, o indivíduo deveria aumentar a frequência cardíaca e ficar sem fôlego por alguns minutos, sem precisar suar bastante. Os estudiosos observaram que esse resultado pareceu ser mais importante do que a quantidade de atividade física diária.
“Não discriminamos o tipo de atividade que rastreamos, pode ser qualquer ação, desde caminhada rápida até subir escadas, mas também pode incluir exercícios estruturados, como corrida, trabalho ocupacional ou até mesmo limpeza vigorosa de casa”, frisou Matthew Ahmadi, pesquisador de pós-doutorado da National Heart Foundation da Universidade de Sydney em um comunicado.
Segundo os estudiosos, apenas três minutos de exercícios já geram impactos positivos, principalmente em relação ao controle da glicose e à redução do risco de doenças cardiovasculares. Os pesquisadores aconselharam realizar atividades físicas em curtos períodos ao longo do dia por ser melhor que uma sessão longa.
Conforme argumentou o fisiologista de exercício e professor da Universidade de Sydney Angelo Sabag, o estudo mostrou que as pessoas podem planejar fazer a atividade física em um curto período de tempo e em determinados momentos do dia.
“Devido a uma série de fatores sociais complexos, cerca de dois em cada três australianos têm excesso de peso ou obesidade, o que os coloca em um risco muito maior de doenças cardiovasculares graves, como ataques cardíacos, derrames e morte prematura”, ressaltou Sabag.
As descobertas obtidas por meio da investigação apoiaram a hipótese dos estudiosos, que se basearam em pesquisas anteriores sobre pacientes com diabetes ou obesidade, que são intolerantes à glicose no final da noite. Essas pessoas podem ser capazes de amenizar a intolerância e complicações associadas ao praticar exercícios à noite.
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