Estudo revela impacto surpreendente de músicas tristes no bem-estar
A publicação do Journal of Aesthetic Education sugere que a música triste pode, paradoxalmente, trazer efeitos positivos
atualizado
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A música tem o poder de causar várias sensações. Há quem acredite que canções tristes devem ser evitadas para não tornar sentimentos de melancolia ainda piores. Mas, um estudo divulgado pelo Journal of Aesthetic Education sugere o oposto: música triste pode oferecer sensação genuína de conexão, reflexão consciente e aumento do bem-estar.
No artigo, os pesquisadores defenderam que esse tipo de melodia pode beneficiar e ter valor para os indivíduos, da mesma forma como acontece quando, paradoxalmente, eles têm conversas tristes.
“No caso de conversas, a resposta parece ser que expressar tristeza cria uma sensação de conexão genuína. Propomos que a música triste também pode ter esse tipo de valor ao proporcionar o sentimento de conexão genuína. Essa conexão é boa, mesmo que a tristeza não”, descreve a pesquisa. Leia o estudo completo aqui.
Em publicação, o portal Real Simple explica que as pessoas buscam com muita frequência filmes, obras e livros tristes e, de certo modo, “sentimos algum tipo de prazer perverso em nos expor aos sentimentos dolorosos que eles evocam, ou as usamos para liberar uma válvula de pressão emocional”.
Os estudiosos ainda acreditam que há uma linha a ser traçada entre a troca de experiências melancólicas e conversas da vida real, com amigos ou estranhos, e a exposição à tristeza.
“O valor desses diálogos não está em deixar o outro triste (já estávamos tristes!), mas em expressar nossa tristeza uns com os outros. Da mesma forma, afirmamos que o sentimento expresso na música, e não como é sentida no ouvinte, é o que realmente importa”, finaliza.
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