Estudo assusta ao revelar quantidade segura de álcool para a saúde
Estudo divulgado pelo Centro Canadense sobre o Uso e Dependência de Sustâncias vai assustar os que amam tomar bebida alcoólica
atualizado
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Uma notícia triste para aqueles que amam tomar uma tacinha de bebida alcoólica com os amigos. Um novo estudo do Centro Canadense sobre o Uso e Dependência de Sustâncias revelou que a quantidade segura de álcool para beber é… Zero. Isso mesmo. O órgão afirmou que, para a saúde, o melhor é passar longe da substância.
Essa mudança foi considerada marcante em relação à orientação anterior do Canadá, que aconselhava as mulheres a beberem no máximo 10 drinques por semana e os homens, até 15, de acordo com a revista Time.
Em contrapartida, o relatório recente emenda que aqueles que bebem apenas uma ou duas bebidas alcoólicas por semana “provavelmente evitarão” as consequências para o bem-estar e longevidade, incluindo doenças crônicas, lesões hepáticas e acidentes – mas a escolha mais segura, reiteram, é não beber nada.
Para os pesquisadores que estudam o composto, essa recomendação não é surpreendente. A informação reflete uma mudança de longa duração na forma como cientistas e profissionais de saúde pensam a respeito dos riscos e dos benefícios do álcool, e segue uma declaração semelhante da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgada em 4 de janeiro.
“Nos últimos 20 anos, cresceram as evidências de que o álcool não é bom para sua saúde”, diz John Callaci, um pesquisador do Programa de Pesquisa sobre Álcool da Loyola University Chicago, para a revista norte-americana.
Embora alguns estudos tenham encontrado benefícios associados a pequenas quantidades de bebida, houve uma mudança de consenso científico nas duas últimas décadas. Mas, ao reexaminar alguns dados publicados, os estudiosos encontraram pouco ou nenhuma vantagem associada ao consumo leve.
Em 2022, a Federação Mundial do Coração divulgou um resumo de políticas desmistificando a noção de que bebida é saudável para o coração. “Ao contrário da opinião popular, o álcool não é bom para o órgão”, salienta o relatório, mostrando que os benefícios cardiovasculares são falhos.
Somente no ano passado, estudos descobriram que a ingestão pode acelerar o envelhecimento genético, encolher o cérebro e aumentar o risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de cânceres, como mama, fígado, cólon, garganta, boca e esôfago.
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