Esta substância natural e poderosa pode reverter o envelhecimento
Extraído de algumas plantas e encontrado em frutas e legumes, esse elemento é capaz de destruir células envelhecidas que inflamam o corpo
atualizado
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A fisetina é uma substância extraída de algumas plantas, que já serviu como corante amarelo-ocre antes mesmo do surgimento dos corantes sintéticos. O que poucos sabem, é que esse ingrediente tem sido muito estudado pelos cientistas e as descobertas que o apontam como a “fonte de juventude” impressionam.
Afinal, o que é a fisetina? Trata-se de um polifenol vegetal de poder senolítico, ou seja, uma classe de compostos capazes de “destruir” as células senescentes (também chamadas de células zumbis), que são células envelhecidas que aumentam a atividade inflamatória no corpo humano.
Pesquisas chegaram à conclusão de que a substância, realmente, pode reverter o envelhecimento ao “matar” essas células senescentes. Entretanto, para isso, o indivíduo precisaria consumir uma quantidade bem alta do ingrediente.
Senegalia greggii, Butea monosperma, Eudicotyledoneae, Schinopsis balansae e Árvore-das-perucas são algumas das plantas em que se pode encontrar a fisetina. No entanto, a boa notícia é que existem frutas e legumes ricos no componente.
Os morangos têm mais de 160 gramas de fisetina. Já as maçãs contam com 27 gramas, seguido dos caquis, com 11 gramas. Alimentos como cebola (5 gramas), uva (4 gramas) e kiwi (2 gramas) ainda são opções encontradas no mercado.
Outras fontes desse flavonoide bioativo são as mangas, tomates, pepinos, nozes e vinho, ingredientes que se mostraram potentes nos efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes, antitumorigênicos, antidiabéticos, neuroprotetores, cardioprotetores, entre outros. Hoje, a substância compõe alguns suplementos dietéticos.
A fisetina, geralmente, é mal absorvida pelo organismo. Logo, os estudos demonstraram que ingeri-la com gorduras pode aumentar sua biodisponibilidade. É por isso que muitos fabricantes de suplementos adicionam certos óleos às formulações.
Como ela pode reverter o envelhecimento?
Esse polifenol elimina os radicais livres do organismo e combate o estresse oxidativo, no que se refere ao acúmulo de compostos inflamatórios e reativos que danificam as células e o DNA. Vale lembrar que os danos oxidativos podem levar ao envelhecimento acelerado e a doenças degenerativas.
A substância também pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico e aumentar a longevidade.
Um grupo de pesquisadores estudou o efeito da fisetina em roedores e concluiu que os camundongos expostos à substância surpreendentemente viveram 10% mais e tiveram menos problemas relacionados à idade.
O extrato da planta também ativa as sirtuínas do corpo, que são uma família de proteínas sinalizadoras que contribuem para a regulação metabólica. Elas são protetores celulares que podem ser encontrados em todas as células do organismo e são componentes essenciais para mantê-las funcionando em níveis máximos.
À medida que uma pessoa envelhece, as funções de sirtuína diminuem. Portanto, a fisetina pode ativá-las para combater esse declínio, o que resulta no prolongamento da vida útil.
Alguns experimentos apontaram que esse polifenol vegetal pode prolongar a vida em 50% em leveduras e 23% em moscas. Outras pesquisas indicam que ele pode prolongar o tempo de saúde, diminuindo o risco de desenvolver várias doenças relacionadas à idade.
A substância é conhecida como uma das poucas que podem fornecer naturalmente agentes senolíticos, principalmente durante experimentos em animais, ao reduzir o número de células senescentes.
As células senescentes não morrem, mas se acumulam e inflamam células e tecidos ao seu redor. Quando isso acontece, elas podem enfraquecer o corpo e torná-lo mais suscetível a doenças relacionadas à idade.
Um estudo publicado em 2017 considera que a substância pode erradicar significativamente as células senescentes quando aplicada às células endoteliais da veia umbilical humana. É também mais eficaz em comparação com outros senolíticos derivados de plantas na destruição de células senescentes em animais e humanos.
Descobriu-se, ainda, que a fisetina provoca os mesmos efeitos que a restrição calórica, uma dieta no qual a quantidade de calorias é reduzida, sem implicar numa má qualidade de nutrientes. Isso ocorre devido ao seu poder de promover autofagia, que é uma forma de limpeza celular, e ao aumento da AMPK, enzima envolvida na regulação da homeostase energética das células.
Por fim, muito se fala que o extrato da planta também estimula mecanismos do cérebro que, a longo prazo, melhoram a memória. O flavonoide atua deixando as células do sistema nervoso mais fortes.
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