Está liberado? Nutricionista indica melhores frutas para diabéticos
Ricas em frutose, um tipo de açúcar, elas até são saudáveis. Mas cuidado ao consumi-las em excesso, sobretudo se for diabético
atualizado
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Quando se pensa em frutas, a primeira imagem que surge à mente é saúde. Mas, apesar da relação ser verdadeira, elas também podem trazer alguns riscos à saúde — principalmente quando se trata de diabéticos — se forem ingeridas em excesso.
Para a nutricionista Andréia Nava, o grande problema não está necessariamente nas frutas, mas em como as pessoas lidam com a alimentação e a mentalidade de que tudo precisa ser o extremo, seja para pouco, seja para muito.
“Temos mania de pensar sempre em polos opostos, é o ‘tudo ou nada’, como se não houvesse possibilidades entre os dois extremos. Isso é muito comum quando o assunto envolve alimentação e confunde a cabeça das pessoas”, explica.
A especialista considera as frutas como “guloseimas da natureza”. Ou seja, apesar de saudáveis e ricas em nutrientes e fibras, devem ser consumidas em quantidades controladas e de forma esporádica. “Se não fosse assim, estariam disponíveis o ano inteiro, e sabemos que são sazonais”, afirma.
Frutas são ricas em frutose, considerada o açúcar das frutas. Saudável? Sim. Ainda assim é açúcar? Também. Quando ingerida por outro meio que não as próprias frutas, como os sucos, oferecem um risco maior. “As fibras das frutas fazem a frutose ser absorvida de forma mais lenta. Já em um suco, no qual a pessoa nunca usa uma fruta só, sua concentração aumenta”, diz.
Apesar de não trazer risco para pessoas com a saúde em dia, a frutose, mesmo por meio das frutas, precisa ser moderada para diabéticos. Tanto nos casos de não produção de insulina quanto nos de resistência à ela (quando as células param de responder ao hormônio), o açúcar não é metabolizado como deveria, e acaba ficando acumulado no sangue.
“Tanto a glicose quanto a frutose são carboidratos, e o consumo em excesso deles pode elevar a glicemia, promovendo maior demanda de insulina. Em caso de pacientes diabéticos, isso não é interessante, uma vez que apresentam uma desregulação no metabolismo de glicose”, explica Andréia.
Qual comer?
Apesar de serem todas o mesmo tipo de alimento, as frutas diferem entre si em termos de quantidade de açúcar, fibras e água. Isso interfere diretamente no índice glicêmico, ou a velocidade que o açúcar leva para elevar a glicemia, e a carga glicêmica, a quantidade e qualidade de carboidratos presentes nos alimentos.
Sendo assim, para quem tem restrições alimentares, como os diabéticos, não só é necessário controlar quantidades, como também escolher as melhores frutas para comer. Quanto menor o índice e carga glicêmica, melhor.
Andréia listou as melhores e piores opções para casos de diabetes.
Confira:
Menor índice e carga glicêmica: coco, abacate, açaí (sem xarope), limão, morango, goiaba, acerola, pitanga, kiwi, caju, melão, amora, framboesa, maracujá e melancia. Todas têm menos de 10g de carboidratos a cada 100g da fruta.
Maior índice e carga glicêmica: em contrapartida, banana, jaca, pinha, manga, uva, ameixa, caqui, abacaxi, maçã, pêra, jabuticaba, mexerica, laranja e frutas desidratadas apresentam um índice e carga glicêmica mais altas.
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