Especialistas dão dicas de como reparar e regenerar as células da pele
Se você é cuidadoso com a sua pele, vamos um pouco mais a fundo até chegar às nossas células?
atualizado
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Se você acredita que a beleza começa de dentro para fora, acertou. Se levarmos em consideração a complexidade da nossa pele, saberá que há todo um sistema que funciona dentro do nosso organismo para que tudo esteja em harmonia. Mas já parou para pensar na importância de ir um pouco mais a fundo até chegar às nossas células?
A “começar pelo começo”, vale relembrar que, assim como qualquer organismo vivo, a derme é composta por bilhões de células que ajudam a superfície a funcionar da melhor forma possível. Elas contam com diferentes funções.
Elastina, colágeno, proteínas e proteoglicanos se unem para formar a epiderme, derme e camadas subcutâneas da pele. Quando essas células são danificadas (devido a fatores como estilo de vida, alimentação e estresse), isso causa desequilíbrio no ecossistema da cútis. Visivelmente, encontramos, então, problemas como inflamações, envelhecimento precoce, ressecamento, manchas, desidratação e vermelhidão.
“A genética influencia o comportamento da nossa pele, o tamanho das glândulas sebáceas, o teor de lipídios e a riqueza da melanina. Todos esses fatores desempenham um papel na maneira como a pele responde”, afirmou o especialista em cuidados com a cútis Ziad Halub ao portal Byrdie.
De acordo com o profissional, condições da pele, como pigmentação, podem ser fortemente influenciadas pelo nosso código genético. “A cor da pele afeta a forma como a pele se protege contra os danos causados pelos raios UV”, exemplifica. Segundo ele, todos os tipos de derme experimentam o fotoenvelhecimento, mas diferentes grupos étnicos têm mecanismos diferentes para lidar com os fotodanos com mais sucesso do que outros.
O que seu estilo de vida diz sobre você
A genética não é o único fator que influencia na restauração da matriz da pele, mas também o nosso estilo de vida. “A ciência epigenética nos diz que a forma como envelhecemos depende de 30% de nossos genes e 70% do que fazemos com eles”, alertou o cientista e médico prof. Augustinus Bader ao site.
Dieta, sono, exercícios físicos e geografia fazem parte dessa lista. “Esses fatores podem eventualmente causar modificações químicas em torno dos genes que irão ativar ou desativar esses genes ao longo do tempo”, disse ele.
Conforme o especialista informou, os genes da derme são permanentes, mas podemos influenciar a maneira como eles se comportam e funcionam, e quando nutrimos e sustentamos nossos corpos, nossa pele pode se tornar a melhor versão de si mesma.
Reparação ou regeneração?
Afinal, para conquistarmos uma tez equilibrada e saudável, devemos focar em seu reparo ou em sua regeneração? “A renovação celular é a consequência do reparo celular”, respondeu Francessa Ferri, cientista chefe da Irena Forte Skincare. “Isso resulta em antioxidantes que combatem a produção de radicais livres, induz a viabilidade celular da pele, ativa a regeneração tecidual e influencia positivamente os microRNAs ligados ao envelhecimento da pele”, explicou a pesquisadora.
Resumindo, para Francessa, o segredo é buscar um meio-termo entre o reparo e a regeneração.
É importante frisar como os ácidos de alta porcentagem e tratamentos de esfoliação potentes comprometem a derme à medida que a indústria se esforça para a renovação e regeneração celular. “Não só a alta porcentagem de ácidos e tratamentos faciais esfoliantes potentes afetam a função de barreira , mas também podem fazer a pele trabalhar mais para se reparar contra danos”, falou especialista em cuidados com a cútis Ziad Halub. “Sim, isso resulta em maior renovação celular e pode estimular a produção de colágeno, mas também sensibiliza a pele, o que pode aumentar a vermelhidão, irritação, inflamação e fotossensibilidade”, advertiu.
Como prosseguir?
De acordo com os profissionais, a melhor alternativa é adotar uma abordagem que leve em conta os cuidados tópicos com a cútis e os hábitos de vida, sejam eles por meio de pequenos passos. “Cada dia sem satisfazer as necessidades do nosso organismo traz novos danos celulares que, a longo prazo, repercutem no bem-estar da nossa pele”, ensinou Erika Fogeiro, fundadora do suplemento de beleza Combeau.
Portanto, para corrigir o curso de nossas células, devemos buscar mais conhecimento a respeito da nossa disposição genética e produtos específicos para o nosso tipo de derme e criar novas práticas que tornem o nosso estilo de vida mais saudável. Essas medidas, certamente, mapearão a saúde da nossa tez.
“Cada indivíduo requer coisas diferentes, mas há duas constantes: a primeira são ingredientes anti-inflamatórios e suplementos”, compartilhou Ziad Halub. Segundo o especialista, ao acalmar a inflamação na pele e no corpo, esses itens aliviam o estresse no corpo e permite células mais saudáveis.
O profissional também destacou uma dieta rica em antioxidantes e um regime de pele que ajudarão contra os danos dos radicais livres.
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