Especialista mostra efeitos terapêuticos da cúrcuma contra a Covid-19
Segundo a nutricionista Adriana Stavro, há uma ampla gama de propriedades terapêuticas no ingrediente. Saiba quais!
atualizado
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Fadiga, dor torácica, distúrbios cognitivos, ansiedade, depressão e alteração do sono são alguns dos sintomas que algumas pessoas diagnosticadas com Covid-19 relataram sentir, mesmo após o fim da infecção. Algumas terapias, se recomendadas por profissionais, podem ajudar a fortalecer a imunidade e diminuir os processos inflamatórios.
Nesse contexto, alguns produtos naturais foram identificados com diversos efeitos benéficos. De acordo com a nutricionista Adriana Stavro, estudos mostraram que a curcumina, substância ativa da cúrcuma, é um dos compostos naturais amplamente investigados e que pode minimizar os quadros relatados após contrair o novo coronavírus.
A cúrcuma foi analisada devido aos extensos usos tradicionais e baixos efeitos colaterais. Segundo a profissional, seu uso exibe uma ampla gama de propriedades terapêuticas, incluindo alívio de dores musculares, artrite reumatoide, distúrbios gastrointestinais, febre intermitente, problemas renais, antioxidantes, antimicrobianas, anti-inflamatórias, cardioprotetoras, imunomoduladores, benefícios no câncer, diabetes mellitus, doenças autoimunes, condições cerebrais ou psiquiátricas (como melhora na cognição, demência, doença de Alzheimer, esquizofrenia e depressão).
Adriana Stavro lista, a seguir, os efeitos terapêuticos da curcumina (cúrcuma) contra a Covid-19:
Alivia a depressão
“As evidências mostram que a curcumina pode aliviar os sintomas da depressão, aumentando a neurogênese no hipocampo e no córtex frontal do cérebro. Um estudo [em ratos] de 2009, que avaliou os potenciais da curcumina como antidepressivo, mostrou que o polifenol é capaz de reverter alterações induzidas pelo estresse, mudando os níveis de neurotrofina. A curcumina não só aumenta a função neuronal, mas também pode proteger contra os efeitos da degeneração neuronal”, explica a nutricionista.
Antivirais
“A curcumina impediu a replicação do SARS-CoV. Além disso, tem uma atividade inibitória significativa contra o efeito citopatogênico do SARS-CoV em células Vero E6. Ela foi eficaz contra outros vírus, como influenza A, HIV, enterovírus, herpes, hepatite C e papilomavírus humano”, elenca.
Efeito antiemético
“Cúrcuma longa L, como medicamento fitoterápico, é usada para tratar vômitos desde os tempos antigos em países asiáticos. Estudos mostraram que a curcumina melhorou o apetite de ratos na quimioterapia induzida. Por isso, pode ser eficaz contra esse mal-estar”, ensina Adriana.
Reduz mialgia e fadiga
“Em um estudo em animais, a administração oral de curcumina mostrou função antifadiga e melhorou a função física. Sua administração ainda reduziu o estresse em indivíduos que experimentaram ansiedade e cansaço relacionados ao estresse ocupacional em um estudo randomizado. A substância também evitou a perda muscular e melhorou o desempenho físico em idosos saudáveis, e retardou o início da sarcopenia. Por fim, esses resultados sugerem que a curcumina pode ser eficaz para controlar os sintomas de mialgia, cansaço e fadiga induzidos pela Covid-19”, comenta a profissional.
Anti-inflamatórios
“Os efeitos anti-inflamatórios da curcumina foram relatados em estudos realizados com animais e humanos. Além disso, foi mostrado efeito antipirético em ratos. Duas metas análises de ensaios clínicos randomizados mostraram que a a substância reduziu os níveis circulantes de IL-6 e TNF-α, que são os principais mediadores inflamatórios. Também reduziu a expressão de IL-1β em macrófagos de pacientes com doença de Behçet”, relata a nutricionista.
Além disso, a curcumina protegeu as células epiteliais da mucosa genital humana contra a replicação do HIV, ao inibir a ativação de quimiocinas pró-inflamatórias. A nutricionista ressalta que os efeitos protetores da substância foram estudados em várias doenças pulmonares, como DPOC, fibrose pulmonar e asma.
Efeitos antioxidantes
De acordo com a expert, a pneumonia pode causar hipoxemia que, por sua vez, altera o metabolismo celular e reduz o suprimento de energia, e aumenta a fermentação anaeróbica na infecção grave por Covid-19. “Logo, a acidose acontece e faz com que os radicais livres de oxigênio destruam a camada fosfolipídica da membrana celular. Portanto, um tratamento com propriedades antioxidantes será bom para esses pacientes. Neste sentido, a curcumina é uma ótima opção pelo potente efeito antioxidante presente no rizoma”, conta a profissional.
Imunidade
“A curcumina combate o vírus inibindo a invasão e a multiplicação viral. Se já foi infectado, os efeitos serão menores e os sintomas serão mais brandos”, finaliza Adriana Stavro.
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