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Especialista lista 7 mentiras que te contaram sobre sono de qualidade

O psiquiatra João Gallinaro tem aprimoramento em medicina do sono pela Universidade de Pittsburgh (EUA)

atualizado

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Foto colorida de mulher negra dormindo. Ela veste uma blusa na cor cinza. Ao lado, há a foto de um homem pardo, com blusa branca - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher negra dormindo. Ela veste uma blusa na cor cinza. Ao lado, há a foto de um homem pardo, com blusa branca - Metrópoles - Foto: andreswd/Getty Images e @drjoaogallinaro/Instagram/Reprodução

Enquanto algumas pessoas adormecem somente ao fechar os olhos, outras se reviram na cama incontáveis vezes até “pegar” no sono. Segundo uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cerca de 65,5% da população brasileira não consegue dormir com qualidade. Entre as maiores reclamações de quem fica acordado estão a insônia, ronco, problemas com o colchão e os inúmeros despertares durante a noite.

Deu para notar que, para muitos brasileiros, ter uma ótima noite de sono é um sonho quase impossível. Ao tomar conhecimento da constatação averiguada pela Unifesp e USP, a Coluna Claudia Meireles resolveu ir atrás de um especialista na área, o psiquiatra João Gallinaro. O médico desvendou sete mitos associados com a hora de dormir, alguns impressionantes, a exemplo do corpo se acostumar com poucas horas de relaxamento.

Foto colorida de homem tirando selfie com roupas brancas - Metrópoles
O médico João Gallinaro é especialista em sono

De acordo com Gallinaro, uma noite bem dormida equilibra todas as funções vitais.  Quando esse momento de repouso não é de qualidade, há perdas significativas na liberação dos hormônios, regulação do sistema imunológico e consolidação da memória. “Além de bagunçar a produção hormonal e prejudicar o sistema de defesa do organismo, um sono ruim está relacionado a doenças cardiovasculares e metabólicas”, salienta.

“Uma pessoa que não consegue dormir vai virar de um lado para o outro, ficar nervosa e, por consequência, entrar em estado de tensão, totalmente contrário ao necessário para relaxar”, sustenta o expert em sono pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Foto colorida de mulher deitada abraçando travesseiro, com fronha rosé - Metrópoles
O psiquiatra enfatiza a respeito de que dormir requer ficar relaxado momentos antes de “pegar” no sono

Confira as inverdades listadas por João Gallinaro para conseguir pregar os olhos com tranquilidade e sair renovado após a soneca noturna!

1. Dormir em qualquer lugar não faz de você uma pessoa que dispõe de um repouso de qualidade, conforme argumenta o psiquiatra: “Quando a pessoa dorme bem muito rápido e em qualquer lugar ou situação, isso é uma fonte indício de que seu sono é de péssima qualidade”. O profissional destaca para o ponto “não importa o quanto o indivíduo durma, nunca se sentirá completamente recuperado”.

“Seu organismo nunca se regenerará o suficiente e a pessoa vai estar sempre querendo dormir”, evidencia o psiquiatra com aprimoramento em medicina do sono na Universidade de Pittsburgh (EUA).

Foto colorida de mulher, branca e de óculos, dormindo em um sofá - Metrópoles
Dormir em qualquer lugar não é um bom sinal de sono de qualidade

2. Caso não consiga tirar a soneca, ficar na cama pode ser um grande equívoco. Na avaliação de Gallinaro, a maioria das pessoas vai dormir em condições desfavoráveis para o sono. Ele cita como exemplos: dirigir-se ao quarto quando o parceiro vai se deitar, acreditar que já está tarde ou após assistir um programa favorito. “Só deveríamos ir para a cama com sono porque forçá-lo é prejudicial e pode desencadear ansiedade e tensão”, aponta.

Mulher deitada na cama mexendo no celular. Um gato está deitado nos pés dela - Metrópoles
Tente ir para a cama somente quando for dormir. Forçar o sono é prejudicial, atesta o médico

3. Quando ouvir que roncar não faz mal à saúde, lembre-se que é uma mentira. “O ruído está ligado a doenças cardiovasculares e metabólicas, pode ocasionar sonolência durante o dia, baixa libido e dores de cabeça ao acordar, sendo a necessária a investigação de um especialista”, justifica o psiquiatra.

Quem ronca, mas ainda não procurou ajuda profissional, João Gallinaro deixa claro que o barulho pode ser um sinal de apneia destrutiva do sono. Ele recomenda buscar o quanto antes um expert. O ruído resulta de um distúrbio provocado pela pausa na passagem de ar pelas vias aéreas superiores, assim, causa diversos despertares ao longo da noite e queda da quantidade de oxigênio.

Foto colorida de homem branco, com barba, rocando enquanto dorme - Metrópoles
Roncar é um sinal de apneia destrutiva do sono

4. Já ouviu a alegação a respeito de ser necessário dormir 8 horas por noite? Segundo o médico, um adulto requer de 7 a 9 horas de sono para ficar bem. “Se uma pessoa descansa por menos que 8 horas, mas acorda com disposição e sensação de reparação do corpo, isso já é suficiente”, detalha João Gallinaro.

5. Com o tempo, o corpo se acostuma a dormir menos do que precisa. Pode até ser verdade, contudo atrapalha o bom funcionamento do organismo, conforme elucida o psiquiatra: “Dormir menos traz inúmeros problemas consequentes da privação de sono, entre eles: sonolência, desatenção, mau humor e falta de concentração, além de prejudicar o sistema imunológico, aumentar o risco cardiovascular e as doenças metabólicas”.

Foto colorida de relógio dormindo com uma coberta - Metrópoles
Dormir pouco pode desencadear problemas de saúde

Gallinaro reforça que uma criança precisa de mais horas de sono para se sentir bem em comparação com um adulto.

O médico sustenta que quando um indivíduo dorme pouco por um tempo prolongado, o organismo se adapta a viver com 60% de sua capacidade máxima de repouso, embora o corpo necessite dessa pausa.

6. Segue o lema de conseguir recuperar o sono perdido nos finais de semana? Se a resposta for sim, o psiquiatra faz o alerta: “Quando não se dorme o suficiente, hormônios deixam de ser produzidos e o corpo acaba não passando pelo sistema de reparação que ocorre à noite”.

“À noite, o organismo elimina algumas toxinas produzidas durante o dia. Quem não dorme bem perde esse processo”, endossa Gallinaro.

Foto colorida de mulher branca e loira dormindo com vários despertadores ao redor - Metrópoles
Quando não se dorme o suficiente, hormônios deixam de ser produzidos, explica o expert

7. Já escutou que ingerir álcool antes de dormir tende a melhorar o sono? De acordo com o especialista, a resposta pode ser positiva, dependendo da quantidade. Entretanto, o lado negativo do consumo da substância é que afetará a qualidade do descanso. A pausa tende a ser fragmentada, tornando-a “conturbada para o corpo”.

“O álcool também relaxa a musculatura, inclusive as estruturas das vias aéreas, fazendo com que o ronco seja mais frequente e desencadeando outros distúrbios. Também há o aumento da incidência de pesadelos, a desestruturação do sono e leva à dependência”, conclui João Gallinaro, expert em sono pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Foto colorida de homem dormindo no sofá segurando uma garrafa de cerveja. No chão, há várias garrafas - Metrópoles
O consumo de álcool impede o indivíduo de desfrutar de uma noite de sono de qualidade

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