Especialista em antienvelhecimento explica sobre como cuidar da pele
Aprenda a cuidar da pele com o dermatologista Rafael Arpini, mestre em medicina cosmética e envelhecimento pela Universidade de Barcelona
atualizado
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Enquanto a fórmula milagrosa de reverter o envelhecimento da pele não chega às prateleiras de farmácias, supermercados e lojas de beleza, vale atentar-se aos conselhos dados por profissionais especialistas no tópico anti-idade. Em busca de novidades sobre o assunto, a coluna Claudia Meireles deparou-se com o dermatologista Rafael Arpini, mestre em medicina cosmética e envelhecimento fisiológico pela Universidade de Barcelona.
À frente da Clínica Unique, na cidade gaúcha de Erechim, o expert esclareceu algumas dúvidas a respeito de como ocorre o “amadurecimento” da cútis. Embora o processo vá acontecer de forma natural, há alguns hábitos que irão acelerar o surgimento de rugas, flacidez, manchas em excesso, linhas de expressão e presença de olheiras. Mas, existem atitudes capazes de retardar a “chegada da idade” na derme facial.
Arpini deixa avisado que os profissionais da dermatologia e da cosmética têm se movimentado para oferecer, em breve, soluções inovadoras nos consultórios. “Estamos experimentando uma revolução de tecnologias embarcadas nas formulações cosméticas que prometem tratar desde queixas mais simples, por exemplo, as manchas, até as mais complexas, como o temido melasma”, endossa o médico.
Segundo Arpini, a inovação não para de chegar aos consultórios médicos e até mesmo ao consumidor final, principalmente aos aficionados pelo universo da beleza. “Novas tecnologias simplificam e democratizam a rotina de cuidados, com excelentes resultados e preços justos”, ressalta. O especialista atua como CEO da Scientific Skin Technology, startup focada em séruns dermocosméticos e veganos. Uma das clientes é a influenciadora digital Jade Seba.
Envelhecer
Como todo médico, Arpini bate na tecla da questão de adotar hábitos saudáveis por refletirem na saúde do organismo e, consequentemente, na beleza da pele. Dentre os agentes prejudiciais à cútis, encabeça a listagem o sol e, na segunda posição, aparece o envelhecimento. “Podemos dividir em dois, foto e cronoenvelhecimento. São os dois principais macrofatores”, conta. Seguindo a lógica, também integram o rol, condições inflamatórias, como o tabagismo, má alimentação e luz azul.
“Muitos fatores estão envolvidos, como sol, radicais livres e estilo de vida. O estresse também atua na pele, sendo assim, uma vida saudável e equilibrada é essencial”, recomenda o médico. Após ver alguns tópicos da lista de fatores maléficos à derme e ver que está enquadrado na maioria ou todos, fica a pulga atrás da orelha sobre como reverter a situação negativa.
Citados no início da reportagem, alguns sinais de envelhecimento da cútis estão na ponta da língua. Quem nunca se irritou com uma ruguinha após olhar-se no espelho? Entretanto, com o passar do tempo a derme tende a perder o viço e luminosidade. O envelhecimento traz o afinamento e processo inicial da perda de estrutura, no caso, a flacidez. Mais adiante, a pele apresenta alterações de cor gerando “manchas e lesões (benignas e não)”.
Mudanças
Arpini sustenta a tese de que “higiene e proteção são os cuidados básicos” na corrida anti-idade da derme. Ele orienta tirar um tempinho para fazer uma rotina de limpeza da cútis e usar o filtro solar diariamente. Caso não siga um ritual de tratamento nem aplique filtro solar no dia a dia, tenha conhecimento que as atitudes funcionam como uma agressão à cútis, conforme explica o especialista.
“Com a evolução dos ativos dermocosméticos, é interessante pensar em uma rotina de skincare para prevenção do envelhecimento, proteção celular e defesa dos principais vilões da pele. Os cosméticos estão cada vez mais potentes, mas também naturais. Assim, a derme com cuidados ao longo da vida chega à maturidade com muito mais saúde, dermatológica e esteticamente falando”, instrui Rafael Arpini.
Independentemente de seguir ou não um ritual de cuidados com a cútis, o médico aconselha ficar de olho na hora de adquirir os produtos de skincare. Na avaliação de Rafael Arpini, a estrela da vez da beleza chama-se peptídeos, moléculas de alta performance, com muita penetração e sem agressão. “Essas moléculas, associadas com vitaminas e antioxidantes, permitem resultados superiores aos ácidos”, destaca o dermatologista.
Os prebióticos são mais uma inovação a ganhar espaço na composição dos cosméticos a serem levados para casa, segundo instrui o expert: “As substâncias equilibram a pele sem agredir, além de diminuir tanto a oleosidade quanto a sensibilidade”. Falando em fórmulas benéficas à cútis, Arpini sugere adquirir produtos com o resveratrol, composto com propriedades antioxidantes e detoxificantes da derme.
Sobre o especialista
Graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 2005, Rafael Arpini tem pós-graduação em medicina estética. Depois, ele tornou-se mestre em medicina cosmética e envelhecimento pela Universidade de Barcelona. Atualmente, o dermatologista atua como CEO da Scientific Skin Technology. Categorizada como beautytech, a marca foca na personalização, realidade virtual e uso da inteligência artificial nas criações do mercado da beleza.
“Sempre trabalhei com o conceito de ‘plano de beleza’. Cuidar do paciente de forma global, com o máximo de resultado e o mínimo de intervenção. Hoje, o mais importante é a individualização do diagnóstico e tratamento. Tecnologias, como inteligência para avaliação da pele, estão para ajudar. Considero fundamental evitar o agrupamento de pessoas em idade ou gênero, por exemplo. Foco em individualizar e tratar cada pele em suas necessidades”, finaliza o dermatologista Arpini.
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