Entenda como o jejum intermitente pode contribuir para a longevidade

Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com quase 38 mil pessoas com mais de 100 anos, inclusive o homem mais velho do mundo tem RG e CPF, no caso, é o cearense João Marinho Neto, de 112 anos. Enquanto algumas pessoas não almejam chegar ao centenário, outras adotam fórmulas eficientes para atingir a longevidade, sendo uma delas o jejum intermitente.

Conforme explica a nutricionista e psicóloga Cibele Santos Nakao, de Brasília, o jejum intermitente pode contribuir para a longevidade por meio de vários mecanismos. “Estudos sugerem que o método tende a promover a outofagia, um processo de limpeza celular capaz de ajudar a remover proteínas danificadas e organelas disfuncionais, colaborando para a saúde celular”, explica em conversa com a coluna Claudia Meireles.

Adepta do jejum intermitente, a especialista em nutrição pontua que essa estratégia alimentar também favorece a redução da inflamação e melhora a sensibilidade à insulina, ambos os fatores estão associados ao envelhecimento e a várias doenças crônicas. “Pode levar ainda a mudanças nos hormônios que ajudam na queima de gordura e na manutenção da massa muscular”, cita Cibele.

“O jejum intermitente potencialmente aumenta a produção de hormônios como o fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), que está relacionado à longevidade”, aborda a profissional.

Benefícios

De acordo com a nutricionista, os benefícios do jejum intermitente a longo prazo abrangem o apoio à saúde cerebral: “Estudos demonstraram que o método pode aumentar a neurogênese [processo de formação de novos neurônios] e ter efeitos neuroprotetores, reduzindo o risco de doenças neurodegenerativas”. Com a estratégia alimentar, a saúde cardiovascular também ganha devido aos estímulos para a redução da pressão arterial.

Um tópico listado pela especialista é o controle de peso. O jejum intermitente colabora para o emagrecimento e na manutenção de um peso saudável. “Isso está diretamente ligado à longevidade”, argumenta. Ela se refere à melhoria da saúde metabólica, ou seja, a redução da resistência à insulina, controle dos níveis de açúcar no sangue e melhoria do perfil lipídico. Cibele ainda destaca sobre o método auxiliar na diminuição de marcadores inflamatórios no corpo.

Adotar a estratégia

Caso queira adotar a estratégia do jejum intermitente a fim de obter os benefícios, Cibele Santos Nakao faz um importante alerta: “Lembre que, antes de fazer qualquer regime de jejum ou alteração significativa na dieta, é aconselhável consultar um profissional de saúde.”

À coluna, a nutricionista dá cinco dicas para quem deseja implementar o jejum intermitente visando a longevidade:

1. Escolha um protocolo que se adapte ao seu estilo de vida

“Existem várias abordagens, como 16 por 8, ou seja, jejum de 16 horas e janela de alimentação de oito horas”, esclarece a profissional de nutrição.

2. Mantenha uma dieta equilibrada

A especialista aconselha que o indivíduo priorize alimentos nutritivos, ricos em fibras, proteínas magras, gorduras saudáveis e macronutrientes.

3 . Hidrate-se

Cibele recomenda “beber bastante água durante o dia, especialmente durante o período de jejum.”

4. Escute o seu corpo

“Se sentir fraqueza ou desconforto, ajuste a abordagem ou consulte um profissional de saúde”, orienta a nutricionista.

5. Combine com atividade física

Segundo Cibele, a prática de exercícios regulares podem potencializar os benefícios do jejum intermitente.

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