Embaixador do Paquistão reúne convidados em almoço no Lago Sul
Na segunda-feira (5/8), o embaixador do Paquistão, Murad Ashraf Janjua, promoveu um almoço para convidados na residência oficial
atualizado
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Na última segunda-feira (5/8), o embaixador do Paquistão, Murad Ashraf Janjua, promoveu um almoço na residência oficial da embaixada, no Lago Sul, com objetivo de ampliar o entendimento sobre uma situação histórica vivida pelo povo da Caxemira (IIOJK) e de Jammu, na Índia. Na ocasião, Murad Ashraf Janjua quis relembrar os episódios que marcaram o Dia da Exploração.
Para aqueles que desconhecem a relação dos dois países, a história do Paquistão tem início com a divisão do território da Índia. Em 1946, a Grã Bretanha anunciou que concederia a independência ao pais indiano. Contudo, ao saberem que passariam a ser governados por preceitos hinduístas, os adeptos da religião mulçumana, o povo paquistanês, começaram a delinear um plano de divisão territorial, bem como os hindus.
Contexto
Em agosto de 1947, o funcionário britânico Cyril Radcliffe estabeleceu as fronteiras entre as duas nações, baseando-se em uma divisão de regiões de acordo com a qual existia maior prevalência da população das duas religiões. No entanto, as comunidades hindus e muçulmanas estavam espalhadas por toda a Índia, tornando o contexto de conflito inevitável.
Na repartição, a região da Caxemira, que tem maioria de mulçumanos, ficou administrado pela Índia, e, a partir dai, se tornou um dos alvos de disputa entre os dois países. Em 2003, a Índia e o Paquistão concordaram com um cessar-fogo, mas não demorou muito para outra decisão política dos dirigentes indianos criar um revés para o povo caxemire, de acordo com o embaixador.
A medida fixada em 5 de agosto de 2019, quando o governo da Índia revogou unilateralmente os artigos 370 e 35A de sua Constituição, tornando a situação ainda mais desafiadora. “A medida não apenas anulou o status especial da região, mas também abriu as portas para mudanças demográficas e para a imposição de leis que alteram a estrutura cultural e social da Caxemira”, relembra Murad Ashraf Janjua
Discurso emocionado
Dando mais detalhes sobre a revogação do status especial da Caxemira, Murad Ashraf Janjua conta que a data ficou marcada como Yaum-e-Istehsal, ou o Dia da Exploração.
“As resoluções garantem explicitamente o direito do povo da Caxemira à autodeterminação. Um direito que tem sido sistematicamente negado a eles por meio de ocupação militar, leis repressivas e abusos generalizados de direitos humanos”, detalha.
Almoço com propósito
Apesar do almoço típico paquistanês ter sido proposto para abordar um tema complexo, o embaixador do Paquistão entende que falar sobre o assunto é uma forma de “rememorar os sacrifícios feitos pelo corajoso povo da Caxemira em sua busca pela liberdade e justiça contra as atrocidades cometidas na Caxemira administrada pela Índia”.
Na ocasião, foram servidos diversos pratos típicos do Paquistão, com direito a carne de cordeiro, arroz pulawo e pão sírio. Por fim, o embaixador convidou a todos para uma degustação do chá tradicional do país, feito a partir da flor de hibisco.
“O mundo tem a responsabilidade de apoiar os caxemires em sua busca por dignidade, liberdade da opressão e autodeterminação. O Brasil sempre foi um firme defensor da liberdade, da justiça e dos direitos humanos. A história de sua nação em defender esses valores nos dá esperança de que a situação da Caxemira continuará a ressoar nos corações e mentes do povo brasileiro”, revela Murad Ashraf Janjua.
Confira quem esteve presente no almoço da embaixada do Paquistão, pelo olhar de Nina Quintana:
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