A Embaixada de Portugal no Brasil celebrou os 50 anos da Revolução dos Cravos, que deu fim à ditadura no país, com a exposição Arte no Jardim, inaugurada na última terça-feira (7/5). Em um elegante coquetel, o embaixador Luís Faro Ramos apresentou aos ilustres convidados a mostra que reúne obras de arte contemporânea nos jardins da Embaixada de Portugal, em Brasília. Entre os invitados, estava a ministra da Cultura, Margareth Menezes. 

A seleção de arte foi realizada pelos curadores Benjamin Weil, diretor do Centro de Arte Moderna Gulbenkian de Lisboa (CAM), e Marcelo Gonczarowska Jorge, representante do Museu de Arte de Brasília (MAB). Eles escolheram esculturas, montagens e obras literárias de 11 artistas portugueses e brasileiros. As peças serão expostas ao público dos dias 9 de maio a 17 de outubro, mediante agendamento.

Fatos da revolução

A partir das obras escolhidas, Benjamin Weil e Marcelo Gonczarowska Jorge estabeleceram uma narrativa singular, que detalha a Revolução dos Cravos a partir do desenrolar do movimento, fugindo do conceito de uma exposição documental.

Brasília (DF), 07/05/2024. Abertura da exposição Arte no Jardim na Embaixada de Portugal.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Detalhes das obras expostas no Arte no Jardim Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Brasília (DF), 07/05/2024. Abertura da exposição Arte no Jardim na Embaixada de Portugal.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Detalhes das obras expostas na mostra Arte no Jardim Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Brasília (DF), 07/05/2024. Abertura da exposição Arte no Jardim na Embaixada de Portugal.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Detalhes das obras expostas na mostra Arte no Jardim Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Brasília (DF), 07/05/2024. Abertura da exposição Arte no Jardim na Embaixada de Portugal.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Detalhes das obras expostas na mostra Arte no Jardim Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Brasília (DF), 07/05/2024. Abertura da exposição Arte no Jardim na Embaixada de Portugal.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Detalhes das obras expostas na mostra Arte no Jardim Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Brasília (DF), 07/05/2024. Abertura da exposição Arte no Jardim na Embaixada de Portugal.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Obra Perda de Identidade Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Brasília (DF), 07/05/2024. Abertura da exposição Arte no Jardim na Embaixada de Portugal.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Obra Pendurado Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Brasília (DF), 07/05/2024. Abertura da exposição Arte no Jardim na Embaixada de Portugal.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_

Obra Plateia Wey Alves/Metropoles@weyalves_

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“Começamos falando das causas da revolução, depois do desenrolar e, por último, trazemos a instalação dos resultados da Revolução do Cravos. Na verdade, as obras não retratam os episódios que aconteceram durante o movimento, mas, sim, remetem aos fatos, as questões, aos valores que marcaram a história e deram fim à ditadura”, explica Marcelo Gonczarowska Jorge.

Ainda segundo o curador, a exemplo da linha editorial baseada nos fatos da revolução, um dos destaques da exposição é o trabalho de Paulo de Paula, que mostra a participação do povo português na queda da ditadura.

“Apesar da revolução ter sido um um movimento liderado por militares, ela também contou com a partição da população, que saiu para rua mesmo quando a ordem era de ficar em casa. A teimosia dos portugueses foi o que deu o nome da revolução, uma vez que as pessoas que saiam para se manifestar entregavam flores de cravos aos soldados que se dispuseram a derrubar a ditadura”, explica. 

Exposição Arte no Jardim

A vernissage da exposição contou com a presença de figuras importantes como a ministra da Cultura, Margareth Menezes; o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos; o CEO da EDP Brasil, João Marques da Cruz, além de embaixadores, autoridades do Governo Federal e convidados. 

Em entrevista à coluna Claudia Meireles, o embaixador de Cabo Verde no Brasil, José Pedro de Oliveira, destacou a importância da exposição para a preservação cultural e relembrou sua participação na luta contra a ditadura portuguesa.

“À época, eu era estudante universitário em Lisboa e estava no centro da revolução, próximo ao Largo do Carmo. Foi um dos dias mais emocionante e mais emotivos de toda a minha vida. Rever a história nessa exposição é uma sorte que só o investimento na cultura oferece. Se a humanidade tivesse juízo, grande parte dos orçamentos gerais dos estados seria para essa área, porque, na minha opinião, a cultura é o que promove a paz”, comenta.

Música, arte e cultura

Além de conhecer a exposição, os convidados desfrutaram da apresentação do cantor português Dino d’Santiago e da participação especial do grupo de capoeira Formigueiro de Angola. À coluna, o cantor Dino d’Santiago falou sobre a honra em participar do evento e, por meio da música, celebrar a liberdade alcançada após 50 anos da revolução.

 “De repente estamos aqui, 50 anos depois, cantando os ritmos censurados que tratavam sobre a revolta do povo de Cabo Verde, em relação ao que acontecia ainda durante um período colonial. Ter a chance de poder ressignificar a história e cantar para a embaixada é como realizar o sonho dos meus ancestrais”, celebra. 

Confira os cliques de Wey Alves:

Serviço 

Arte no Jardim

De 9 de maio a 17 de outubro. Entrada franca. Visitação às quintas e sextas, das 11h30 às 16h30; e os primeiros sábados de cada mês, das 11h30 às 16h30. Mais informações no e-mail ccp-brasilia@camoes.mne.pt e no perfil do Instagram

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