Embaixada da Itália lança estátua para homenagear Pier Luigi Nervi
O evento contou com a presença da secretária da Sejus, Marcela Passamani, e da ministra-chefe da Segov, Flávia Arruda
atualizado
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A Embaixada da Itália sedia diversos eventos a fim de apresentar a cultura do país europeu e aproximá-la dos brasileiros. O último ocorreu na noite de segunda-feira (29/11), quando aconteceu o lançamento do livro Embaixada italiana em Brasília – Poéticas da arquitetura italiana no Brasil, e a inauguração da escultura de Pier Luigi Nervi, criada pela artista tupiniquim Christina Motta.
Além do anfitrião, o embaixador Francesco Azzarello, participaram da noite de tributo ao famoso engenheiro e arquiteto a ministra-chefe da Secretaria de Governo (Segov), Flávia Arruda; e a secretária de Justiça e Cidadania (Sejus), Marcela Passamani. Dentre os convidados, estiveram parlamentares, sociedade civil e integrantes do corpo diplomático de outros países, como a França.
Estátua
Em entrevista à coluna Claudia Meireles, Azzarello destacou que a escultura de Pier Luigi Nervi é a primeira a ser apresentada fora de território italiano. O embaixador sentiu-se agraciado por fazer parte do importante momento. O arquiteto italiano foi responsável por projetar a embaixada e o edifício que a integra, inaugurado em 1977. Ele é considerado o engenheiro italiano mais celebrado do mundo despois da Segunda Guerra Mundial.
“Nesta noite de inauguração da estátua, eu considero como a noite mais importante da minha missão diplomática no Brasil. Defino o livro como uma pequena joia por ter várias contribuições inéditas dos netos de Pier Luigi. Eles ouviram as histórias dentro de casa, do seio familiar e ninguém tinha conhecimento do conteúdo”, afirma o embaixador.
“Queríamos celebrar o gênio arquitetônico Pier Luigi Nervi e o valor histórico e cultural daquela que todos afirmam ser a mais bela Embaixada de Brasília”, disse Azzarello ao longo do discurso. De acordo com o anfitrião, o evento foi uma celebração em dose tripla. Além dos dois lançamentos, a cerimônia marcou a estreia da exposição multimídia do Museu MAXXI, de Roma, sobre o ilustre profissional e as dependências da embaixada.
“Estamos particularmente satisfeitos com este pacote comemorativo da embaixada e de Nervi, com o lançamento simultâneo de um importante livro sobre o edifício da sede, que o projeta até os dias atuais e que está disponível para todos como e-book, e com a belíssima exposição multimídia do Museu MAXXI de Roma sobre o engenheiro e a embaixada, que copatrocinamos”, ressaltou Francesco Azzarello.
Discurso
Ministra-chefe da Secretaria de Governo (Segov), Flávia Arruda aproveitou o espaço para reforçar a contribuição de Pier Luigi Nervi no desenvolvimento de Brasília. Na avaliação dela, o engenheiro e arquiteto integra o time de profissionais que reinventou o conceito de cidade, deixando-a mais moderna por meio das construções.
Com essa bela estátua em frente a essa obra futurista, que ele [Pier Luigi] concedeu, tem o seu nome escrito definitivamente em uma galeria onde estão Lucio Costa e Oscar Niemeyer, Burle Marx, Athos Bulcão, Marianne Peretti, e muitos outros que acreditaram na utopia de Juscelino Kubitschek e construíram a partir de Brasília um novo Brasil. Um novo Brasil mais contemporâneo, urbano, mais industrializado e que soube conquistar o seu próprio território
Flávia Arruda
À frente da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus), Marcela Passamani tem ascendência italiana. No discurso, ela lembrou das histórias contadas pelo bisavô sobre a chegada no Brasil. “Tenho certeza de que sentiram uma emoção, uma sensação de pertencimento”, salientou. Segundo a política, “a Embaixada da Itália é uma das mais bonitas e emblemáticas”.
Na avaliação da secretária, Pier Luigi estaria feliz com o tributo. Ele morreu em 1979. “Tenho certeza que o Pier Luigi ficaria muito feliz com essa homenagem na capital do Brasil, exemplo de urbanismo e arquitetura moderna. Eu como ítalo-brasileira me sinto em casa nesta noite”, finalizou Marcela Passamani.
Livro
Publicado pela Editora Brasil, o livro traz um estudo de historiadores e profissionais de arquitetura. São eles: Sylvia Ficher, Andrey Rosenthal Schlee e Danilo Matoso Macedo. No recheio da obra, há um texto de Clara e Irene Nervi, neta do homenageado e filha de Antonio Nervi. Ele colaborou com o pai, Pier Luigi, na construção das dependências da embaixada. No escrito, as parentes refletiram a respeito dos princípios arquitetônicos do patriarca da família.
“Os netos [de Pier Luigi] não pesquisaram as informações em documentos escritos, mas sim ouviram as histórias em casa. Isso não tem preço. A importância do livro é o conteúdo inédito, extraído de dentro do seio familiar”, enfatiza Francesco Azzarello, em conversa com a coluna.
Em outra parte, o livro engloba uma contribuição de João Candido Portinari, filho do maior pintor brasileiro do século 20. Os Irmãos Campana – Humberto e Fernando – também colaboraram com a publicação. Os convidados presentes na solenidade em tributo a Pier Luigi Nervi receberam a edição Embaixada italiana em Brasília – Poéticas da arquitetura italiana no Brasil.
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