Certamente você já conhece um pouco sobre as saunas. A prática de suar dentro de um espaço aquecido não é recente e remonta há centenas de anos. Dos tempos romanos aos antigos gregos e russos, como também os nativos americanos, não faltam exemplos de pessoas que se beneficiaram da prática. Usado com objetivos terapêuticos há cerca de 1.500 anos, o método remonta à temazcal, uma espécie de sauna seca construída em rocha vulcânica e em forma de cúpula utilizada pelos antigos maias. Atualmente, essas cabines de suor ainda são muito usufruídas pelos indígenas na América Central.

Quando o tema é desintoxicação, muito se fala do suor. A pele é o nosso maior órgão, e esse é um dos principais canais de eliminação de toxinas. De olho nisso, a esfera do bem-estar tem procurado se inovar para criar novas tecnologias a fim de melhorar a qualidade de vida. No ramo das saunas, a novidade é a versão com tecnologia infravermelha.

Mundo afora, o conceito já conquistou muitas pessoas, como biohackers e até mesmo famosos, incluindo o campeão de boxe peso-pesado Anthony Joshua, além de celebs como Gwyneth Paltrow, Oprah, Leonardo DiCaprio e Michelle Williams. O equipamento se diz peculiar e eficaz.

O médico e escritor Alejandro Junger afirmou ao portal Goop que o calor infravermelho produz benefícios significativos. Mais que relaxar, foi demonstrado que os níveis de endorfina aumentam após uma sessão de sauna. “É comprovado que é benéfico para doenças músculo-esqueléticas, desintoxicação de metais pesados e aumento do fluxo sanguíneo e da atividade celular do sistema imunológico”, disse.

Quando surgiu a sauna infravermelha?

De acordo com o site In Form, a nova trend foi desenvolvida por meio de uma tecnologia da Nasa, na década de 1960, que produz raios infravermelhos distantes, uma região específica do espectro infravermelho da radiação eletromagnética que não causa danos à pele humana. Em 1965, um médico japonês chamado JH Kellogg foi o primeiro a receber a patente de um aquecedor de infravermelho. Ele começou a usá-lo para a cura de algumas enfermidades.

Quais são as diferenças entre a sauna tradicional e a infravermelha?

A sauna infravermelha faz o corpo suar em temperaturas mais baixas do que as necessárias para as saunas tradicionais. Com isso, os usuários toleram melhor o efeito de aquecimento. Como o infravermelho penetra mais profundamente – até sete centímetros – ele mobiliza e queima gordura (isso mesmo, possibilita a perda de peso) e auxilia na desintoxicação.

Pessoas com dificuldades de respirar em saunas úmidas podem comemorar, pois as cabines desse tipo são secas. As saunas infravermelhas também são menores, mais fáceis de instalar e mais acessíveis do que as saunas regulares.

Benefícios

O equipamento do qual estamos falando é uma grande aposta no ramo do bem-estar. Pessoas que já experimentaram relataram terem ficado relaxadas, mas com energia; mais leves e felizes; com um sono profundo durante a noite; e, ao amanhecer, com uma pele linda.

A especialista Maria Ensabello, fundadora do centro de tratamento e paraíso de bem-estar LondonCryo, declarou ao In Form que à medida que a temperatura interna do corpo aumenta, desencadeia processos como desintoxicação, melhora da circulação sanguínea e redução do estresse. “Isso é tecnicamente conhecido como condicionamento hipertérmico e ocorre quando a temperatura corporal aumenta durante um curto período de tempo”, comentou.

“Dentro da sauna infravermelha, sua frequência cardíaca aumenta e os vasos sanguíneos se dilatam, levando a um aumento da circulação sanguínea e da sudorese, como se você tivesse se exercitado. As glândulas sudoríparas oferecem um dos poucos mecanismos que o corpo tem para eliminar toxinas, portanto, há inúmeros benefícios à saúde”, citou a expert.

Segundo o site, um estudo de 2015 realizado por pesquisadores finlandeses descobriu que a penetração profunda do calor infravermelho com temperatura amena (35-50 °C) e umidade leve (25-35 %) ajudou na recuperação muscular e diminuiu a dor após uma sessão de alta resistência de exercício. Outro estudo do mesmo ano, feito pela Universidade de Kagoshima, no Japão, descobriu que pessoas com síndrome de fadiga crônica se beneficiaram com o uso de uma sauna infravermelha como parte de seu tratamento geral.

Ao Goop, o médico Alejandro Junger revelou que tenta entrar na sauna todos os dias até começar a suar. “Isso não precisa ser mais que 15 minutos. Sessões mais longas, de 30 minutos, 3 a 4 vezes por semana também são um ótimo plano. Mas, em geral, faça isso sempre que puder”, sugeriu.

Adeus, calorias!

Um artigo de 2016 da revista Glamour apontou que a sauna infravermelha é capaz de queimar entre 200 a 600 calorias apenas em uma sessão de meia hora. De acordo com o veículo, diferentemente do suor meio salgado de quem passa por uma sauna comum, o suor em uma sauna de infravermelho tem uma textura mais oleosa, pois o calor infravermelho ajuda a eliminar toxinas do corpo, segundo o médico de Gwyneth Paltrow, Frank Lipman. O profissional acrescentou que a radiação infravermelha também ajuda no rejuvenescimento da pele, pois o calor estimula a circulação sanguínea, aumenta a produção de colágeno e elimina toxinas e restos celulares.

No Brasil, a tecnologia ainda é recente. Em busca de opções de compra, a coluna descobriu a marca Royal Saunas, voltada à venda de cabines individuais ou duplas com infravermelho.

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.