Em brunch, galeria Casa Albuquerque lança mostra Acervo em Exposição
“Ter uma vida longa em Brasília e poder auxiliar as pessoas na aquisição de suas obras” são os objetivos do sócio, Lúcio Albuquerque
atualizado
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Há oito meses, os irmãos Lúcio e Flávia Albuquerque abriram as portas da Casa Albuquerque na capital federal. Os sócios almejam ir além do conceito do que vem a ser uma galeria de arte. Nesse sábado (21/11), lançaram a Acervo em Exposição, mostra coletiva com as obras de inúmeros artistas, desde jovens a personalidades já consideradas históricas pelo mercado. Os convidados admiraram os trabalhos expostos no endereço, localizado na QI 5 do Lago Sul, em um delicioso brunch.
Obras de pintores, escultores e designers conceituados sempre têm espaço nas paredes da Casa Albuquerque. Conhecidos para além das fronteiras brasileiras, Eduardo Sued, Amilcar de Castro e Waltércio Caldas são alguns dos nomes que integram a exposição. Jovens talentosos também participam da mostra. São eles: F. Godoy, Pedro Motta e João Castilho. Como o corpo da galeria é focado nos anos 1980, compõem ainda a exibição os artistas José Bento, José Bechara, Nuno Ramos e Leda Catunda.
O lançamento da exposição teve como foco os arquitetos brasilienses. Na inauguração da Casa Albuquerque, os sócios promoveram uma iniciativa com os profissionais. Eles foram convidados a participar da iniciativa que consistia em enviar um livro do artista plástico José Bechara. “Nossa ideia é instruir o arquiteto e ser parceiro na colocação de obras relevantes do artista na casa dos clientes. Entendemos que engrandece o projeto”, destaca Lúcio em entrevista à coluna Claudia Meireles.
Em Brasília
“Queremos ser marcantes. Entendemos que a galeria não pode ser só um depósito de quadros. Tem de abrir espaço para os artistas, envolver a comunidade, contar com a parceria das outras galerias, pois, sozinho, ninguém modifica o mercado. Se as outras galerias começarem a pensar do mesmo jeito, abrir espaço, todos nós teremos um futuro muito melhor”, endossa o sócio. Durante a conversa com a coluna, Lúcio definiu a vinda da Casa Albuquerque para Brasília com a palavra respeito.
O empresário caracteriza a Casa Albuquerque como um lugar de consideração com os artistas e o público. “Não só respeito por quem nós estamos expondo, oferecendo um local bom para mostrar os trabalhos, e respeito com o espectador. Aqui, você não vai ver uma obra sobre a outra, mas a maneira como o artista a concebe e deseja mostrá-la. Vamos sempre respeitar as decisões do artista”, pondera.
Os irmãos Flávia e Lúcio começaram a pensar em aterrissar na cidade após a experiência satisfatória da SP-Arte Brasília. A primeira edição da feira na capital ocorreu em 2014. “Ao fim, avaliamos que poderia ser uma alternativa vir para cá. Desde então, nós pensamos muito nisso. Analisamos que o mercado de Brasília era carente de uma galeria com atuação mais nacional e focada em dar a oportunidade para artistas mostrarem o seu trabalho”, rememora o empresário.
“Ter uma vida longa aqui em Brasília e poder auxiliar as pessoas na aquisição de suas obras”, anseia Lúcio Albuquerque.
Futuras exposições
Em 2021, a Casa Albuquerque de Brasília terá uma grande exposição de Amilcar de Castro. Por enquanto, os trabalhos do artista encantam os visitantes da unidade da galeria em Belo Horizonte. A mostra celebrará os 100 anos de nascimento do escultor e designer gráfico mineiro. “É um artista que redefine a arte. Ele foi aluno de Guignard e de Weissmann. Pouco tempo atrás, a coleção Cisneros deu algumas obras dele para o MoMA. Iremos comemorar os colecionadores que o acompanham e a internacionalização do Amilcar”, disse Lúcio.
Parte da mostra exposta em BH deveria ter desembarcado na capital em setembro, conforme contou Lúcio. Entretanto, a família de Amilcar preferiu alterar o cronograma devido à pandemia. Se depender das mentes à frente da Casa Albuquerque, dois trabalhos do artista farão parte do cenário nos arredores da galeria. “Como a produção dele foi focada em obras monumentais, pretendemos trazer duas ou três esculturas que dialoguem com a paisagem na região próxima, sendo uma obra de sete metros de altura”, revela.
Confira os cliques:
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