É vantajoso fazer investimentos mesmo endividado? Especialista explica
O assessor de investimentos Charlles Di destaca as situações em que vale a pena aplicar dinheiro
atualizado
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Vale a pena investir mesmo endividado? Diante das recompensas proporcionadas pelo mercado financeiro, potenciais investidores se perguntam se, ainda que tenham uma ou outra dívida não quitada, deveriam aplicar parte do salário todos os meses. A resposta para esse dilema, segundo o assessor de investimentos e educador financeiro Charlles Di, depende principalmente do quanto é possível ganhar no mercado.
O especialista lembra que, em geral, as linhas de crédito mais acessíveis, como o cartão de crédito e o cheque especial, cobram taxas de juros elevadas. Dessa maneira, quando se tem uma dívida desse tipo, a recomendação mais frequente é quitá-la. “A melhor saída é trocar uma dívida mais cara por uma mais barata. Por exemplo, adquirir um empréstimo pessoal para pagar o débito do cartão de crédito”, esclarece.
Nessa situação, Di sinaliza que, para avaliar se vale a pena investir mesmo tendo déficit, é preciso comparar as taxas de juros. “Não é comum aplicações financeiras oferecerem uma remuneração superior aos juros cobradas em dívidas. Então, na maioria dos casos, dificilmente vai valer a pena mantê-la e direcionar os recursos para aplicações financeiras”, analisa.
No entanto, caso alguma aplicação ofereça taxas mais altas do que os incidentes em linhas de crédito ou em dívidas pendentes, o investidor pode optar por aplicar o dinheiro. “Se a diferença entre as taxas for favorável à aplicação, pode ser uma boa ideia optar por investir. Ao mesmo tempo, é bom pagar parcelas ou parte dos déficits para amortizá-la. Nesse caso, a dívida não vai ser coberta integralmente, mas, pelo menos, vai diminuir, ao passo que o investimento trará rendimentos ao investidor”, elucida.
Charlles, por fim, destaca que o raciocínio apresentado não vale para investimentos em renda variável. “O valor das ações pode variar de forma brusca. Então, não dá para fazer a comparação entre os juros de aplicações de renda fixa e os cobradas em dívidas”, pontua.
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