“Amor” é a primeira palavra que vem à cabeça de 63% dos usuários do TikTok quando se fala em mães. Por outro lado, 93% concordam que o Dia das Mães é para relembrar a importância de demonstrar gratidão, cuidado e afeto. A pesquisa, encomendada pela rede social e conduzida pela Offerwise, é mais uma comprovação de que a figura materna merece todos os bons pensamentos e referências.

Neste domingo (8/5), em homenagem a todas as mamães, a coluna Claudia Meireles te apresenta uma história extraordinária. Trata-se da família Feitosa, conhecida pelas mulheres de seis gerações vivas. Isso mesmo. Se você acha difícil encontrar uma bisavó por aí, vai se surpreender com a árvore genealógica bastante rara e peculiar.

A começar com Maria Theresa Feitosa, a matriarca de 100 anos. Nascida no Acre, a dona de casa mora com uma das filhas em São Luís, no Maranhão. Mãe de cinco filhos, ela é tataravó.

Entre os cinco filhos de Maria Theresa, está a também dona de casa Maria de Lourdes Feitosa, de 76 anos. Trisavó, a moradora de Brasília é mãe de três filhos, sendo uma deles Solange Esteves.

Aos 59 anos, Solange mora em Brasília. A secretária executiva, por mais que seja bem nova, já é bisavó. Ela é mãe de duas filhas. Uma delas é Cinthia Amaral.

Cinthia tem 40 anos e é avó. A empresária já morou no Canadá e em Florianópolis, mas neste domingo (8/5), se muda, definitivamente, para a capital federal. “Estou chegando de surpresa em Brasília. Minha mãe ainda não sabe. Tem seis anos que moramos longe uma da outra. Será um presente de Dia das Mães muito especial”, fala.

A empresária tem dois filhos, Julia Lima, de 23 anos, e Lucca Amaral, de 4 anos. A diferença de idade entre os irmãos chama atenção. “A maternidade da Julia foi um desafio. Eu era muito nova. Enquanto minhas amigas estavam se formando e viajando, eu estava trabalhando. Já a maternidade do Lucca foi mais madura, segura e tranquila”, lembra ela.

Mamãe de primeira viagem, Julia Lima deu à luz, em dezembro de 2021, Maitê, uma bebê encantadora. A criança, de 4 meses, é a integrante mais nova das seis gerações — com diferença de 100 anos de sua tataravó, Maria Theresa. Ela nasceu em Toronto, no Canadá.

Amor sem fronteiras

O clã Feitosa não é composto somente por mulheres, e cada geração reside em um lugar diferente, em Brasília, em São Luís ou no Canadá. O que importa, no final das contas, é o amor e o laço entre elas.

Mãe de Julia e Lucca e avó de Maitê, Cinthia Amaral compartilha com a coluna que todos que conhecem a história de sua família se interessam por essa particularidade. “Quando eu falo que sou avó, e que são seis gerações de mulheres, todo mundo assusta”, diz ela.

De acordo com a empresária, embora morem longe uma da outra, todas são muito unidas. “Nosso último encontro foi em 2015, no meu casamento. Mas organizei outro agora, no dia 18 de março, quando a Julia veio ao Brasil. Fomos para São Luís, onde está a minha bisavó, Maria Theresa”, conta.

Cinthia faz questão de ressaltar que a matriarca, aos 100 anos, encontra-se muito bem. “Ela é uma pessoa lúdica e muito vaidosa”, frisa.

“Nem minha própria bisavó, Maria Theresa, acredita que tem 100 anos. Ela sempre fala: ‘Como o tempo passou e eu nem vi’. Ela não se sente com 100 anos, e sim bem mais nova”, afirma Cinthia Amaral.

Julia trouxe Maitê para conhecer a família, visto que a tataravó não pode viajar. “Ficamos todas na casa dela. Foi um encontro muito esperado pela família toda. Todos os filhos estavam muito felizes e queriam ver esse momento”, comenta a empresária.

“Quando descobrimos que Maitê era menina, a primeira coisa que combinamos foi trazê-la para o Brasil, para um encontro das seis mulheres”

Cinthia Amaral

Exemplo de vida

A raiz da possibilidade de unir seis gerações de mulheres em uma mesma família é, decerto, que cada uma delas foi mãe mais cedo que o convencional. E essa característica passou de geração para geração. “Nós brincamos que a Julia, minha filha, foi a mãe da família que teve filho mais tarde”, demonstra Cinthia.

Para a empresária, as mulheres Feitosa são referências em maternidade. “Todas são amorosas. A distância nunca foi empecilho para sermos presentes uma na vida da outra. Hoje, a tecnologia é nossa maior aliada, fazemos muitas chamadas de vídeos”, fundamenta.

Cinthia associa a imagem de sua amada família à palavra gratidão. “Somos muito gratas por ter tido oportunidade de convivermos, e de ver a tataravó pegar Maitê no colo. Foi muito bonito ver ela brincando com a minha neta”.

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