Além do que comer na hora do jantar, uma dúvida comum é sobre o melhor horário para fazer a refeição e garantir a perda de peso, além de conseguir manter uma boa noite de sono. Como um forma de sanar essas questões, um estudo publicado pela Cell Metabolism descobriu que pessoas que se alimentavam entre às 17h e às 19h queimavam mais calorias do que aquelas que jantavam mais tarde.

Para entender como o horário que nos alimentamos influencia o organismo, a coluna conversou com o nutricionista Matheus Maestralle.

Embora o especialista entenda que o resultado da pesquisa faça sentido e de que é preciso estar atento ao momento da refeição, ele acredita que não há necessidade de jantar tão cedo.

Afinal, como o horário do jantar influencia no perda de peso?

Segundo Maestralle, não basta definir um horário para realizar a refeição. É preciso, também, entender qual tipo de alimentação a pessoa está acostumada a fazer.

“Se for uma refeição maior, com grandes quantidades de carboidratos e gorduras, é interessante dar um intervalo de digestão entre 1 a 2 horas antes de dormir. Se for uma refeição rápida, como um iogurte natural com abacate, uma porção de castanhas ou uma dose de proteína, podemos esperar uns 30 minutos e ir para cama”, revela.

Apesar de não ter um horário fixo, o especialista chama atenção para os prejuízos de quem opta por comer tarde da noite. “Deixar para jantar perto da madrugada implica em alguns prejuízos, como um sono nada tranquilo, por conta do aumento da insulina e do impacto da produção de melatonina.”

Outra desvantagem em comer muito tarde está na forma como o corpo entende a fome. Para Maestralle, o organismo acaba tendo uma maior tendência em “armazenar a comida em forma de gordura do que utiliza-la como energia dentro do gasto diário”, alerta.

O que comer durante à noite?

Além da preocupação com o horário, o especialista pede que as pessoas não “pulem” o jantar como uma estratégia de emagrecimento. “É importante ressaltar a importância da refeição no período da noite, uma vez estamos em baixa do teor de glicogênio no sangue devido aos esforços físicos e mentais realizados ao longo do dia. Outro ponto é que precisamos manter o corpo alimentado para iniciar o dia seguinte com saúde”, explica.

Para quem ainda fica em dúvida do que é melhor comer no jantar, Maestralle indica algumas opções — tanto para quem prefere lanches quanto para aqueles que optam por comer um prato de comida.

“Aos adeptos de uma refeição completa, um filé de frango grelhado, batata inglesa e salada não tem erro. Podemos pensar também em opções com peixe, como filé de tilápia grelhada, arroz com brócolis e purê de batatas”, indica.

Aos que preferem um lanchinho, o especialista oferece duas receitas de dar água na boca. “Hambúrguer de patinho com pão integral e muçarela light é uma ótima opção para finalizar o dia. Também podemos incorporar um pão integral com atum e creme de ricota light”, explica.

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