Popularizada no início dos anos 2000, a dieta cetogênica, também conhecida como keto, pode não ser a melhor opção. De acordo com estudo publicado na edição de março de 2024 da revista Current Problems in Cardiology, o padrão alimentar, que se concentra em alimentos ricos em gorduras e pobres em carboidratos, não tem os efeitos esperados e, a longo prazo, pode gerar malefícios para a saúde.

De acordo com a nutricionista Thaiz Brito, as pessoas seguem a dieta cetogênica por acreditarem que a diminuição da ingestão de carboidratos acarretará em uma queima de gordura mais eficiente. No entanto, o artigo, publicado por Joanna Popiolek-Kalisz, encontrou diversos problemas, inclusive alguns relacionados à perda de peso.

Muitas pessoas que seguem o regime alimentar tiveram um emagrecimento rápido, mas não obtiveram mudanças positivas permanentes no corpo. “A dieta cetogênica não preenche os critérios de uma dieta saudável”, afirmou Popiolek-Kalisz no artigo.

De acordo com a publicação, “o padrão de baixo teor de carboidratos é mais benéfico do que o de muito baixo teor de carboidratos” para a saúde geral do coração. Inclusive, as pessoas que aderem à dieta, que tem como mantra “a gordura não é o inimigo”, costumam apresentar taxas elevadas de colesterol ruim, que pode desencadear doenças cardiovasculares.

O hábito de consumir poucos carboidratos também pode gerar deficiências de vitaminas e minerais, que são encontrados em abundância em vegetais, frutas, legumes e grãos integrais. Além disso, a dieta keto também está associada ao aumento do risco de pedras nos rins.

Por isso, é sempre válido fazer um acompanhamento com profissionais especializados para traçar a melhor estratégia para cada indivíduo.

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