Nesta sexta-feira (31/5), é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, instituído em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 12,8% da população é fumante, segundo os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. Apesar do índice ter diminuído quando comparado com os números de 2013, de 14,8%, a preocupação em torno do hábito nocivo e as consequências de fumar  ainda  se faz necessária. 

Em apoio aos esforços globais para conscientização dos riscos do uso de produtos à base de nicotina e tabaco, a coluna Claudia Meireles recorreu à uma pesquisa da Universidade de Duke, que trata dos efeitos de alguns alimentos populares em quem quer passar longe do tabagismo.

Veja alguns deles:

Laticínios

Os autores da pesquisa da Universidade de Duke, Joseph McClernon, Eric C Westman, Jed E Rose e Avery M Lutz, revelaram que consumir leite, queijo e iogurte são ótimos aliados quando o assunto é deixar o sabor dos cigarros intragável.

Os resultados encontrados por eles sugerem que a interação entre a lactose e a fumaça do tabaco deixa um gosto desagradável na boca, fazendo com que as pessoas evitem consumir os dois juntos.

Apesar da descoberta, a causa exata da reação entre os dois ainda necessita de mais investigação. Ainda segundo os estudiosos, o leite é o componente que mais garante esse efeito, entretanto, para aqueles que não tem o costume de tomar da bebida, o queijo e o iogurte também podem resolver o problema.

Chicletes e balas sem açúcar

Mascar chicletes e balas ajuda a diminuir a ansiedade de quem mantém o costume de fumar. De acordo com o levantamento, manter as mãos e a boca ocupadas distrai e tira a vontade de fumar ao longo do dia.

Mas há, ainda, uma observação para quem deseja usar os doces como forma de evitar o tabagismo. Os autores alertam que é importante escolher chicletes e balas sem açúcar, uma vez que esse ingrediente é considerado um agente que intensifica a vontade de fumar, como alerta a American Cancer Society.

Gengibre

Ainda segundo a pesquisa da Universidade de Duke, o gengibre também pode ser uma peça-chave pra quem luta contra o vício da nicotina e tabaco.

A investigação sugere que o ingrediente pode diminuir a vontade de ingerir nicotina, por revelar um gosto menos satisfatório, quando é consumido antes de fumar um cigarro. Para quem não gosta de comer o gengibre in natura, o chá pode ser uma boa escolha a fim de garantir o abandono dos cigarros.

Alimentos integrais

Outro ponto levantado pelos autores é a necessidade dos fumantes em ter que controlar o apetite quando estão no processo de deixar o cigarro. De acordo com o site britânico The Mirror, uma das formas utilizadas para driblar a fome depois de fumar é implementar alimentos ricos em fibras na dieta. Na lista, entram pão integral e cereais.

Pipoca

As pessoas que buscam parar de fumar, muitas vezes, esbarram com a preocupação de ganhar alguns quilos durante o processo.

O site britânico The Mirror listou a pipoca como um agente com poucas calorias e que contribui para abandono dos cigarros. Segundo a publicação, um truque para deixar de lado o vício é “manter as mãos e bocas ocupadas”, fazendo com que lanches, como a pipoca, seja uma ótima aliada no processo de parar de fumar.

Quais alimentos aumentam a vontade de fumar?

Para além dos alimentos que podem ajudar a abandonar o vício em nicotina e tabaco, o site Tobacco Free Life revelou aqueles que têm efeito inverso. De acordo com a publicação, ao perguntar para quem fuma o que melhorava ou piorava o sabor dos cigarros, a carne foi identifica como uma opção que ressalta o sabor da nicotina.

Álcool e cafeína

Para quem fuma, tomar um gole de álcool aumenta potencialmente a vontade de fumar. Segundo o Tobacco Free Life, reduzir a quantidade de bebidas alcoólicas pode evitar a necessidade de fumar “mais um” cigarro. Além do álcool, o site também listou a cafeína como um agente que torna o sabor dos cigarros mais saborosos.

Fumar aumenta as chances de declínio cognitivo

Em entrevista ao site Yahoo!Life, a neurologista do Houston Methodist Willowbrook Hospital, Amy Naquin-Chappel, revelou que o hábito de fumar está associado a diversos problemas ligados ao cérebro. “Fumar apresenta maior risco de declínio cognitivo do que outros hábitos ou fatores”, alertou.

Um estudo publicado pela National Librery of Medicine demonstrou que fumar pode aumentar o risco de demência, esquizofrenia, depressão e ansiedade.

Em outra análise, pesquisadores revelaram que pessoas que fumam têm volume cerebral total menor do que os não fumantes, o que diminui a memória, o processamento de emoções e o controle de movimentos.

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