Descubra os escândalos de Margaret, polêmica irmã da rainha Elizabeth
Confira a retrospectiva da vida da princesa Margaret, a integrante mais babadeira e rebelde da família real britânica. Ela é irmã da rainha
atualizado
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Quando se imagina a vida de uma princesa, logo vem à mente que ela leva uma vida às mil maravilhas e nunca passou por maus bocados. A história da princesa Margaret renderia um enredo de filme, mas não com a conotação de conto de fadas que a indústria cinematográfica gosta de abordar. A trajetória da irmã da rainha Elizabeth parece ter saído de um livro de drama, com uma pitada de escândalos.
Nas últimas semanas, a coluna Claudia Meireles tem viajado pelo túnel do tempo da vida de personalidades reais polêmicas, como Charlene de Mônaco e Sarah Ferguson (ex-mulher do príncipe Andrew). Neste domingo (13/2), chegou a vez de princesa Margaret ter uma retrospectiva para chamar de sua. Irmã mais nova da rainha Elizabeth, ela não pensou duas vezes quando precisou quebrar protocolos milenares da realeza.
A seguir, “mergulhe” na vida da princesa Margaret, a integrante mais babadeira e rebelde da família real britânica.
“Ser reserva”
O pai de Margaret acreditava que não comandaria a Coroa britânica, pois o seu irmão estava à sua frente na linha de sucessão. Com a renúncia de Edward em 1936, George ascendeu ao posto e, consequentemente, houve uma dança das cadeiras na realeza. Primogênita do rei, Elizabeth passou a atrair os holofotes por ser a herdeira direta, enquanto a irmã “ficava em escanteio”. “Ser reserva é a posição mais difícil”, revelou a princesa.
Por ser a irmã da futura rainha, Margaret foi bastante mimada pelos pais, o rei George VI e Elizabeth Bowes-Lyon. Eles queriam que as duas filhas tivessem o mesmo nível de atenção, por isso, faziam os gostos da caçula para que não se sentisse deixada de lado por conta da relevância da primogênita. Desde a infância, parentes e “todos ao redor” deveriam estar à disposição da princesa “divertida, franca e com reputação de ser difícil”.
“Dona e proprietária” do sucesso do horóscopo
A princesa nasceu em 21 de agosto de 1930, no castelo de Glamis. Inclusive, quem costuma olhar o horóscopo deve prestar reverências à Margaret. Três dias após o seu nascimento, um astrólogo publicou previsões sobre a vida da integrante da família real em uma coluna no jornal The Sunday Express. Com a concretização das profecias, o expert virou uma sensação e revolucionou as publicações referentes a signos.
Amor proibido sem final de feliz
Margaret até achou o “seu príncipe encantado”, entretanto, não pôde ter um final feliz com ele. A princesa se apaixonou pelo piloto Peter Townsend. À época, o oficial era divorciado e 16 anos mais velho que a amada. Os dois namoravam escondidos, porém, o romance não passou despercebido pelos súditos no dia de coroação de Elizabeth. Juntos, eles não só decidiram tornar o relacionamento público, como confirmaram a intenção de se casar.
Pelas normas da monarquia, Margaret não poderia ir ao encontro de Peter no altar. Em 1955, foi vetada a realização de casamentos reais com divorciados. De acordo com a imprensa, esse foi o primeiro grande escândalo da princesa. Caso os pombinhos resolvessem trocar alianças, deveria ser em outro país e, consequentemente, a irmã da rainha perderia títulos e privilégios. Ela preferiu manter as regalias da realeza a dizer “sim” ao amor.
“Gostaria que soubessem que decidi não me casar com o capitão Peter Townsend. Eu sabia que, sujeita à renúncia dos meus direitos de sucessão, poderia ter sido possível ter um casamento civil. Mas, atenta aos ensinamentos da Igreja de que o casamento cristão é indissolúvel; consciente do meu dever para com a comunidade, decidi colocar essas considerações antes de outras”, disse Margaret em um anúncio oficial.
Rotina regrada
Segundo a Vogue, Margaret tinha uma rotina matinal luxuosa e “ridícula”. “Tudo começava com o café da manhã na cama às 9h, seguido de duas horas na cama ouvindo rádio, lendo jornais (que ela invariavelmente deixava espalhados pelo chão) e fumando sem parar”, escreveu o Craig Brown no livro Senhora Querida. Quando o relógio marcava 11h, era o momento de a princesa tomar banho e, uma hora e meia depois, a vez da vodca revigorante.
Primeira celebridade da monarquia
Antes de princesa Diana, Kate Middleton e Meghan Markle causarem alvoroço por onde passaram, Margaret fez escola na monarquia. Ela detém o título de primeira integrante da família real a estar na mira dos tabloides e paparazzi. Viver como se não houvesse amanhã era um dos lemas da princesa, que fazia questão de estampar jornais, revistas e fotos. Não só o estilo de vida da irmã da rainha chamava atenção, mas também o lado fashionista.
De amor a ódio
Depois de escolher os deveres e privilégios reais ao amor Peter Townsend, a princesa conheceu o fotógrafo Anthony Armstrong-Jones. Com a aprovação da rainha, os dois se casaram em 1960. A troca de alianças entrou para a história por ser o primeiro enlace real a ter transmissão televisiva. Ao todo, foram mais de 300 milhões de telespectadores. O matrimônio gerou dois herdeiros, Sarah Chatto e David Armstrong-Jones.
“Garoto de brinquedo”
Ao longo do casamento problemático, Anthony e Margaret colecionaram amantes. O matrimônio estava por um fio, que foi “cortado” após a divulgação de fotos íntimas da princesa com Roddy Llewellyn, jardineiro 17 anos mais novo que ela. Os dois se conheceram na ilha de Mustique. Quando os cliques saíram no jornal News of the World, chamaram o affair de “garoto de brinquedo”.
Divórcio
Deu para perceber que a princesa foi pioneira em vários tópicos importantes. Ela foi o primeiro membro da família real a assinar um divórcio, em 77 anos. Quando o romance de Margaret e Llewellyn vazou na mídia, Anthony Armstrong-Jones decidiu colocar um ponto-final na relação, em 1978. A irmã da rainha descobriu que iria se separar do marido por telefone. Coube ao secretário pessoal avisar e ouvir a seguinte resposta:
“Obrigada, Nigel. Acho que essa é a melhor notícia que você já me deu.”
“Parasita real”
“Quando as fotos vieram à tona, as manchetes dos tabloides apontaram Margaret como uma ladra de berço que gastava dinheiro público festejando. Nessa época, os membros do Parlamento [britânico] até se manifestaram contra ela, chamando-a de ‘parasita real’ que desperdiçava fundos dos contribuintes”, escreveu o History Channel em uma biografia sobre a princesa.
De acordo com a Vogue, a irmã da rainha Elizabeth levou US$ 10 mil em roupas para usar em uma turnê de uma semana nos Estados Unidos. Em cotação atual, o valor equivale a R$ 52,2 mil.
Flertes
No radar amoroso da princesa Margaret, entrou Mick Jagger, o líder dos Rolling Stones. Segundo rumores, a irmã da rainha Elizabeth teve um romance com o cantor. Ela despertou paixões. Como não passava despercebida, quem se apaixonou pela integrante da realeza foi o pintor Pablo Picasso. Há relatos de que o artista espanhol “queria desesperadamente se casar com ela”.
Vícios
Assim como o pai, o rei George VI, a princesa tinha vício em cigarro. Ela começou a vida de tabagista aos 15 anos. Conforme revelaram fontes, Margaret costumava pitar 60 cigarros por dia. Anos depois, ela apresentou graves problemas de saúde, passou por uma cirurgia e teve parte do pulmão removida. “Tentava combinar o fumo e a bebida, colando caixas de fósforo em copos, para poder acender os palitos enquanto bebia”, publicou a revista Madame Darling.
Último suspiro
A morte da princesa Margaret completou 20 anos na quarta-feira (9/2). Ela não resistiu a um derrame. Em casa, a irmã da rainha apresentou problemas cardíacos e, por isso, foi levada do Palácio de Kensington para o Hospital King Edward VII. A integrante da realeza faleceu “pacificamente” enquanto dormia, às 6h30. Os filhos dela, Sarah Chatto e David Armstrong-Jones, estavam presentes no momento da despedida.
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