Nonagenária mais famosa do mundo, a rainha Elizabeth assustou os súditos nos últimos dias. Embora tenham brincado com a revelação, os admiradores da realeza ficaram surpresos com a decisão médica de impedir a soberana de consumir bebidas alcoólicas. Alguns dias depois, os especialistas em saúde proibiram a matriarca da dinastia Windsor de viajar e ordenaram que ela descanse. Nessa quinta-feira (21/10), o Palácio de Buckingham anunciou que a monarca teve de ser hospitalizada para “investigações preliminares”.

Com 95 anos, Elizabeth é dona de uma saúde de ferro, conforme descrevem em livros os colaboradores e especialistas reais. Chocólatra assumida, a monarca não comia grandes quantidades do doce a fim de manter o corpo esguio. As medidas de saúde tornaram-se frequentes e obrigatórias após a rainha aparecer em eventos públicos usando uma muleta. A atitude acionou o alerta dos médicos, que não tiram os olhos da soberana nem por um segundo. De acordo com a mídia, ela tem relutado em ouvir as ordens.

Enquanto a rainha Elizabeth se encontra de repouso no Castelo de Windsor após a internação, a coluna Claudia Meireles fez uma trajetória das vezes que a soberana foi forçada a “abdicar” da presença nos compromissos reais em razão de algum problema de saúde.

Confira a lista dos problemas de saúde que pararam a comandante do trono britânico!

Outubro de 2021

Na quarta-feira (20/10), dia em que deveria desembarcar na Irlanda do Norte, a soberana foi barrada pelos médicos de começar a viagem. A monarca não visita o país integrante do Reino Unido desde 2016. Na última ida, Elizabeth cumpriu a agenda de compromissos ao lado do marido, o príncipe Philip. Casado com a rainha por mais de sete décadas, ele faleceu aos 99 anos, em abril. “Sua majestade está de bom humor e desapontada por não poder mais visitar a Irlanda do Norte”, anunciou o porta-voz do Palácio de Buckingham.

Com a notícia do cancelamento da viagem, a preocupação se instalou entre os súditos. Afinal, quando confirmada em eventos, a rainha raramente deixa de seguir a agenda. Algumas pessoas especularam um possível diagnóstico de Covid-19, mas fontes do palácio refutaram a hipótese. Diante do burburinho sobre o estado de saúde de Elizabeth, mais um episódio causou alarde, no caso, sua internação no Hospital Rei Edward VII, em Londres. O endereço fica a 32 quilômetros da casa da soberana, em Windsor.

A rainha passou a madrugada de quinta-feira (21/10) no hospital e voltou na manhã do mesmo dia. A hospitalização ocorreu por “questões práticas”. A Coroa britânica não divulgou o real motivo da internação. À Reuters um informante próximo da realeza definiu o pernoite como uma “medida de precaução”, e contou que Elizabeth executa “tarefas leves”. “Após aconselhamento médico de que deveria descansar por alguns dias, a rainha foi ao hospital na quarta-feira para investigações preliminares”, anunciou o porta-voz.

Janeiro de 2020

Na data, a rainha deveria fazer uma visita agendada à filial do Women’s Institute, em Sandringham, porém, devido a problemas de saúde, precisou faltar ao compromisso. O evento consistia em tomar um chá e provar bolos com as voluntárias da instituição. A notícia de que Elizabeth não compareceria foi dita 30 minutos antes do início. À época, um integrante da equipe de segurança afirmou que a monarca não se sentia bem, já outro informante real descreveu a doença como um “leve resfriado”.

Junho de 2018

Realmente, Elizabeth não gosta de desmarcar os compromissos. Em junho de 2018, os médicos a obrigaram a cancelar a participação em uma cerimônia religiosa, em Londres. Mesmo indisposta, ela queria ir à ocasião. “A rainha está se sentindo mal hoje e decidiu não comparecer ao culto desta manhã na Catedral de São Paulo que marca o 200º aniversário da Ordem de Miguel e São Jorge”, frisou um porta-voz do palácio. Primo da monarca, o duque de Kent a representou na solenidade.

Maio de 2018

Um mês antes da indisposição, a comandante do trono britânico passou por uma operação ocular em segredo. Considerada um sucesso, a cirurgia removeu uma catarata. O procedimento ocorreu no período matutino no Hospital Rei Edward VII, em Londres. De acordo com a agência Press Association, a monarca não precisou cancelar compromissos oficiais após o tratamento, contudo, apareceu nos eventos usando óculos escuros. A imprensa descobriu a respeito da intervenção cirúrgica 30 dias depois da realização.

Dezembro de 2016

O Natal da família real britânica é um acontecimento cheio de protocolos. A ceia da realeza tem como sede a propriedade em Sandringham House, refúgio rural de Elizabeth. Dentre as tradições, está o culto anual anglicano na Igreja de Santa Maria Madalena na manhã do dia 25. Em 2016, pela primeira vez em quase 30 anos, a soberana não compareceu ao culto natalino por causa de um “forte resfriado”. O Palácio de Buckingham comunicou que a monarca permaneceu em repouso para se recuperar da doença.

Março de 2013

Antes de ser hospitalizada na madrugada dessa quinta-feira (21/10), a última vez que Elizabeth passou uma noite em um hospital ocorreu em 2013, quando teve um problema estomacal. À época com 86 anos, a rainha apresentou sintomas de gastroenterite. Segundo colaboradores do palácio, a decisão de levá-la ao hospital foi uma “medida de precaução”. Por ordens médicas, ela precisou cancelar a agenda da semana, incluindo uma turnê real pela Itália.

Janeiro de 2003

Oficialmente, a última vez que a líder da Coroa britânica ficou internada foi em outubro de 2003. A rainha passou por uma pequena operação no Hospital Rei Edward VII, onde removeu uma cartilagem rasgada no joelho direito. Na nota, os especialistas disseram que a intervenção bem-sucedida durou em torno de 1h15 e envolveu duas equipes de cirurgiões. O médico da soberana, Richard Thompson, acompanhou o procedimento. Elizabeth deixou o local no dia seguinte.

“Espera-se que a rainha esteja totalmente ativa novamente dentro de algumas semanas. Sua Majestade descansará em Sandringham durante as próximas duas semanas e, então, retomará um programa limitado de compromissos até que ela tenha se recuperado totalmente”, escreveu o Palácio de Buckingham em um comunicado.

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