“Derreteram meu cabelo”, desabafa a arquiteta Letícia Hammerschmidt
Um ano atrás, arquiteta perdeu 50% do cabelo após permuta com hair stylist paulistano que tinha salão na capital
atualizado
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Um imbróglio envolvendo a pintura de cabelo da arquiteta Letícia Hammerschmidt e um hair stylist paulistano que possuía salão em Brasília completou um ano no mês de maio. Inconformada com a situação, a loira fez um post e desabafou nas redes sociais sobre a indiferença que, segundo ela, o profissional de beleza teve após o incidente com suas madeixas.
Segundo a arquiteta, ela fez uma permuta com o dono do salão em troca de uma reforma. A obra custaria aproximadamente R$ 20 mil. A loira clareou as mechas com o cabeleireiro algumas vezes, mas, em uma determinada ocasião, foi surpreendida com a queda das madeixas durante o procedimento de pintura.
“Eu disse que meu couro cabeludo estava ardendo e ele lavou. Estava distraída conversando com uma amiga e não vi muita coisa. Ele derreteu meu cabelo. Mais de 50% dos fios ficaram ali no lavatório”, alegou Letícia à coluna Claudia Meireles, meses após o incidente. “Quando olhei para o espelho, meu cabelo estava no ombro”, relembra. Em estado de choque, ela prossegue o relato dizendo que o profissional reconheceu a falha e se desculpou, prometendo que arcaria com o problema.
O cabeleireiro, segundo Letícia, logo encomendou um aplique para suprir o problema inicial. A loira, porém, procurou um médico para investigar o que poderia ter acontecido. Ao ver a situação, o especialista consultado pela loira informou que houve queimadura no couro cabeludo e que, em hipótese alguma, um aplique poderia ser colocado.
Tal notícia abalou a arquiteta. Para confirmar, ela procurou os cabeleireiros dos salões Helio Diff e Du Nunes em busca de uma avaliação capilar e, quem sabe, uma solução para o problema estético.
O tratamento seria pago pelo paulista. Ele chegou a desembolsar R$ 5 mil para cobrir algumas despesas durante quatro meses. Letícia, entretanto, garante que os custos dos reparos totalizariam R$ 300 mil. E, mesmo assim, acredita que as madeixas saudáveis dificilmente voltarão a existir.
Ao passar a informação de que precisaria de meses de cuidados, como uma possível alternativa aos danos, Letícia recebeu a notícia de que o salão sofreria uma reforma. “Fiquei com medo dele me deixar na mão e desesperei”, lembrou. O hair stylist se defendeu, pedindo que a arquiteta procurasse a Justiça. Foi o que ela fez.
“Estou muito abalada com essa história, tanto moral quanto física e psicologicamente. Espero que outras mulheres não passem por essa injustiça”, reclamou a loira.
Depressão
Na quarentena, com os salões fechados, Letícia se viu impossibilitada de continuar a cuidar das mechas. Com a autoestima baixa e sem conseguir se olhar no espelho, ela comentou que precisou iniciar tratamento com medicamentos para depressão.
Inaugurado em abril de 2018, o salão de beleza onde a situação aconteceu ficava em uma quadra comercial do Lago Sul. O empreendimento fechou as portas em meados do ano passado, dando lugar ao renomado D Concept.
Como agir
A coluna conversou com o cabeleireiro Helio Diff, que acolheu a arquiteta no momento de desespero. Ele orienta quem passar por situação semelhante.
Para Diff, esse caso, em específico, envolveu erro de diagnóstico e ruptura dos fios. “Eu disse a ela para evitar qualquer processo químico na época e que aguardasse mais alguns dias para prosseguir. Há muitos caminhos nessa circunstância”, explica o especialista.
O hair stylist ainda enfatizou o quanto é importante que a cliente confira com o profissional qual produto será utilizado para determinada técnica.
“É necessário ter esse diálogo. Há muitas informações no mundo, mas pouco conhecimento”, encerra.
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