Dermatologistas ensinam como escolher o protetor solar corretamente
As médicas esclarecem que o protetor solar ideal depende de algumas variáveis, como o tipo de pele, necessidade, presença de acne e idade
atualizado
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Ir a uma farmácia ou loja de cosméticos para comprar protetor solar. Ao chegar na seção dedicada ao produto, encontra um leque de fórmulas na prateleira e, ao se deparar com as opções, fica em dúvida sobre qual filtro solar deve levar para casa. Caso passe pela situação com frequência, duas dermatologistas vão te ensinar a fazer a melhor escolha.
Segundo a médica Ana Carolina Sumam, do Rio de Janeiro, como escolher o protetor solar corretamente é “uma pergunta ampla”, pois selecionar o produto ideal depende de algumas variáveis, como o tipo de cútis, necessidade, presença de acne e idade. Quanto ao último fator, ela explica que a pele de um adolescente costuma ser mais oleosa, enquanto a de uma pessoa mais velha, mais seca.
Tanto Ana Carolina quanto a dermatologista Michele Kreuz, do Rio Grande do Sul, enfatizam sobre escolher um produto com fator de proteção solar (FPS) de, no mínimo, 30. “Idealmente melhor ser maior do que isso, bem sabemos que os pacientes acabam não passando a quantidade adequada de filtro solar na pele e, com isso, o fator de proteção solar tende a reduzir”, ressalta Ana Carolina.
A dermatologista gaúcha elucida que protetores solares com FPS 30 geralmente são recomendados para uso diário. Já os produtos com fator mais alto, a exemplo de 50 e 60, costumam ser melhores para exposições prolongadas ao sol. “Também mais indicados para os pacientes com pele branca”, prescreve Michele.
Ana Carolina destaca a respeito do “UFPS ter relação contra a radiação ultravioleta B”. Ela esclarece que outra maneira de escolher o protetor solar é “avaliando a proteção” contra o raio ultravioleta A. Segundo Michele, as fórmulas capazes de proteger conta raios UVA e UVB são de “amplo espectro”.
“Tem de ser de, pelo menos, um terço do valor do UFPS. Um filtro, por exemplo, de 60 tem que ter a proteção contra o VA de 20, pelo menos. Isso seria um produto ideal”, argumenta a dermatologista do Rio de Janeiro.
A médica do Rio de Janeiro aconselha optar por protetores com antioxidantes na composição por oferecer mais benefícios à cútis: “Esses produtos vão ajudar a prevenir os danos que a radiação ultravioleta causa na pele, gerando radicais livres, contribuindo para o processo de envelhecimento e, também, para a formação do câncer de pele”.
Michele aponta ser relevante adquirir filtros solares com resistência à água: “Importante para atividades aquáticas ou transpiração intensa”. Ela esclarece que as peles oleosas podem se beneficiar de fórmulas oil-free ou em gel, enquanto as cútis secas tendem a precisar de protetores com ingredientes hidratantes.
Quanto à consistência do produto, Ana Carolina sugere que deve ser “agradável”: “O paciente compra um produto com uma textura [ruim] que ele não vai gostar e, por isso, não usar”. A dermatologista prossegue: “Existem um conjunto de fatores na hora de escolher um protetor solar ideal”.
“O FPS é fundamental, a proteção contra UVA. Um paciente com melasma, por exemplo, ou outras doenças pigmentares, tem de ter muita atenção e optar por um filtro solar com cor e pigmento, porque hoje em dia o que protege contra a luz visível é o pigmento. A luz visível é uma radiação do espectro solar que está relacionado ao surgimento das manchas”, conclui Ana Carolina Suman.
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