Dermatologista elenca 7 hábitos terríveis para a pele no inverno
A médica Caroline Anjo ensina truques para evitar os efeitos do ressecamento cutâneo e maneiras de aprimorar os cuidados com a pele
atualizado
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A próxima quinta-feira (20/6) marca a chegada oficial do inverno brasileiro, estação queridinha para alguns, mas nem tão agradável para os friorentos. Em Brasília, os agasalhos já começaram a sair dos guarda-roupas, mas há um fator importante que nem todo mundo se lembra durante a temporada: os cuidados com a saúde da pele.
Em conversa com coluna Claudia Meireles, a dermatologista Caroline Anjo ressalta que a baixa umidade e o frio fazem com que a pele fique mais seca nesse período. A boa notícia é que existem truques para evitar os efeitos do ressecamento cutâneo e maneiras de aprimorar os cuidados dessa região.
De acordo com a médica, durante o inverno, é muito comum que os banhos passem a ser mais quentes. Essa prática, porém, tem consequências. “Isso faz com que o manto lipídico da derme seja removido, deixando-a ainda mais ressecada. Notamos, portanto, a pele mais esbranquiçada, mais sensível, e muitos pacientes se queixam de coceira mais frequente nessa época do ano”, pontua.
Além disso, ela comenta que existem diversas doenças que são mais comuns na temporada devido a essas alterações, a exemplo da dermatite atópica, da dermatite seborreica e da psoríase.
Confira, a seguir, 7 hábitos terríveis para a pele no inverno, segundo a dermatologista Caroline Anjo:
1 – Não beber muita água
A água é imprescindível para a hidratação do corpo e, consequentemente, da cútis, conforme lembra a especialista. “Quando não bebemos água o suficiente, a pele fica ainda mais ressecada”, frisa.
O ideal, segundo a profissional, é a ingestão de 35 ml de água por quilo de peso para que tanto o organismo quanto a pele não fiquem prejudicados.
2 – Banhos quentes e demorados
Os banhos muito quentes e demorados removem a camada de proteção da derme que é composta por lipídios. Consequentemente, isso torna a região mais ressecada e sensível, prejudicando sua saúde. “No inverno, indico sempre banhos rápidos, mornos e seguidos de aplicação de hidratantes potentes”, compartilha Caroline.
3 – Banhos com bucha
A bucha promove uma esfoliação da camada externa da pele, portanto, seu uso em excesso prejudica a proteção e pode causar até mesmo danos e irritação cutânea, ainda mais no inverno.
“Nunca indico uso de buchas durante o banho, em nenhuma época do ano. O ideal é sempre lavar corpo e rosto somente com sabonete e enxaguar”, diz a médica.
4 – Não usar hidratantes corporais, faciais e labiais
A hidratação é uma etapa crucial da rotina de cuidados com a pele. “Precisamos hidratar a pele do rosto, corpo, pés, mãos e face. Porém, como possuímos menos glândulas sebáceas no corpo do que no rosto, ele tende a ressecar ainda mais”, destaca.
“Por isso, normalmente indicamos um hidratante específico facial (que pode ser usado em face, pescoço e colo) e um hidratante corporal para corpo e mãos”, acrescenta a dermatologista.
Já os pés podem ser hidratados com cremes ainda mais potentes e específicos, já que são áreas mais ressecadas, conforme argumenta a profissional.
5 – Não utilizar o filtro solar
Visto que o inverno apresenta temperaturas mais frias, muitas pessoas têm uma falsa impressão de que não é necessário passar o filtro solar. Porém, Caroline afirma que a incidência da radiação continua e a recomendação é de aplicá-lo até mesmo dentro de casa. “Isso deve ser feito corretamente 2x ao dia”, diz.
A longo prazo, o não uso de protetor solar gera envelhecimento cutâneo, manchas e pode predispor ao câncer de pele.
6 – Alta ingesta de bebidas alcoólicas
As bebidas alcoólicas causam desidratação do organismo, o que piora ainda mais o ressecamento do corpo. Caroline orienta reduzir o consumo de bebidas alcóolicas e, sempre que possível, associá-lo à ingestão de água.
7 – Uso em excesso de ácidos
Para a médica, os ácidos e peelings devem ser melhor avaliados durante o inverno, evitando que prejudiquem ainda mais a hidratação da derme. “Eles devem ser escolhidos para cada tipo de pele, finalidade e devem ser usados sempre com acompanhamento do dermatologista, para que não cause irritação e sensibilidade, ainda mais nesse período de menor umidade”, ensina.
Afinal, com a mudança de estação, deve-se trocar a rotina de skincare?
Caroline Anjo assegura que não, porém, normalmente, é necessário adaptá-la. Isso pode ser feito trocando produtos muito secativos por alternativas mais leves ou aumentando o nível de hidratação dos cremes.
Ela acrescenta: “Ter uma maior atenção com relação às aplicações e reaplicações do protetor solar e , muitas vezes, ajustar a quantidade e os tipos de ácidos e retinóides que estão sendo utilizados, para que não ressequem e sensibilizem muito a pele”.
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