Dermatologista elege os melhores tratamentos para pele jovem e natural
Danglades Eid, da clínica Dermanuance, é a favor dos tratamentos preventivos para que pacientes não precisem recorrer a cirurgias plásticas
atualizado
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Ter a pele radiante, com viço e, o principal, com aspecto natural. Estes são os principais desejos dos pacientes que procuram pela dermatologista Danglades Eid, responsável pela clínica Dermanuance, em Brasília. A médica é uma defensora convicta dos tratamentos preventivos e menos invasivos, para que seus clientes alcancem resultados mais orgânicos, sem intervenções que considera exageradas.
“Eu entendo que o envelhecimento é um processo natural, que acontece ao longo do tempo. A minha ideia é acompanhar os pacientes para tornar esse envelhecimento mais suave”, revelou a médica em entrevista à coluna Claudia Meireles.
Aposta para 2021
A dermatologista aponta os tratamentos para o estímulo do colágeno como as grandes apostas para 2021. Na visão da médica, esta deve ser a primeira etapa daqueles que buscam por uma pele mais firme.
“Quando a gente estimula o colágeno e, consequentemente, firma a pele, os outros tratamentos vêm complementando o efeito de rejuvenescimento e embelezamento, porque a qualidade da pele já está melhor”, explica.
A tática é um coringa para equilibrar a quantidade dos produtos durante procedimentos de preenchimento, por exemplo, e oferece mais naturalidade. Para este resultado, Danglades recomenda a associação do ultrassom microfocado com bioestimuladores injetáveis, uma tendência oferecida pelos grandes laboratórios. Isso melhora a flacidez e a qualidade da pele sem deixar o rosto muito cheio ou com efeito exagerado”, completa.
“Vários laboratórios estão investindo em bioestimuladores. Antes a gente tinha apenas o Sculptra e o Radiesse. Depois veio o Ellansé e o HarmonyCa, fórmula que combina ácido hialurônico com hidroxiapatita de cálcio em uma única injeção. Mais recentemente veio outro ácido polilático concorrente do Sculptra. A indústria está trabalhando essas opções”, observa.
Ao contrário dos lasers, o ultrassom microfocado não danifica a pele. Ele faz micropontos de coagulação para trabalha a flacidez e o estímulo de colágeno na profundidade – na região de cobertura muscular. O pico de efeito desse tratamento aparece dentro de três meses. Ele pode ser refeito de seis meses a um ano após a primeira aplicação.
Para as regiões que os injetáveis não podem ser aplicados – ao redor dos olhos, próximo da boca e área entre as sobrancelhas – a dermatologista indica os fios lisos de PDO (polidioxanona). O produto estimula o colágeno à medida que é absorvido pelo organismo. Já para combater a flacidez, o mais indicado é o fio de tração de PDO e ácido polilático, o mesmo componente usado no Sculptra.
Estética preventiva
A dermatologista incentiva os pacientes a entenderem que quanto mais cedo os primeiros sinais de envelhecimento forem tratados, melhores serão os resultados. Em geral, eles começam a aparecer aos 30 anos. Nesta faixa etária, o tratamento mais procurado e indicado é o botox (toxina botulínica) na parte superior da face, para aliviar a ruga entre os olhos e as sobrancelhas, os pés de galinha e as rugas da testa.
O uso precoce evita a aprofundamento, marcação definitiva e a progressão das rugas. A toxina butolínica também contribui com a abertura do olhar e o progressivo arqueamento das sobrancelhas.
“A minha expectativa é que, com os tratamentos dermatológicos menos invasivos, sendo iniciados logo nos primeiros sinais de envelhecimento, futuramente não haja a necessidade das pacientes procurarem por tratamentos mais agressivos, como cirurgias plásticas ou lifting“, diz Danglades.
Os mais procurados
O preenchimento labial, para deixar os lábios mais hidratados, volumosos e sensuais, está entre os procedimentos de embelezamento mais procurados pelas mulheres de 30 anos na Dermanuance. Também aumentou o interesse pela rinomodelação, com o preenchimento do nariz.
A partir dos 40 anos é mais fácil perceber as consequências da diminuição da produção de colágeno. Nesse caso, além do tratamento com toxina botulínica e a correção de alguma imperfeição que já incomodavam a paciente, uma das indicações é investir na estruturação da face tanto com bioestimuladores – Sculptra, Radiesse e Ultraformer 3 – quanto com a aplicação de ultrassom microfocado.
A partir dos 50, é importante associar tratamentos e intensificar a frequência das aplicações. Caso a paciente tenha investido no banco de colágeno e em tratamentos preventivos anteriormente, o rejuvenescimento fica menos complexo e efetivo.
Precauções
Mesmo que a paciente tenha indicação, a médica tenta evitar tratamentos intensos logo de cara, optando sempre por procedimentos em etapas para não fazer uma mudança muito brusca da aparência. “Por mais que fique legal, pode ser estranho se olhar no espelho e ver algo muito diferente de um dia para o outro, podendo gerar problemas de autoconhecimento”, avalia.
“Cada uma de nós é única. Valorizar as nossas particularidades, os nossos pontos fortes, nos torna mais felizes e seguras para os desafios do cotidiano. No final das contas a estética é um caminho poderoso para que a gente se sinta mais feliz”, conta.
Outro ponto levado em consideração é a resposta inflamatória provocada por maiores volumes de produtos. “Como são tratamentos estéticos, eu procuro ter cuidado para ter também segurança”, explica Danglades Eid.
“Não sou a favor da busca por padrões de beleza que terminam deixando todos semelhantes, prefiro olhar os detalhes e a individualidade de cada paciente e contribuir para que ao se olharem no espelho gostem do que está refletido. Sem dúvida, esse sentimento é transformador e nos deixa seguras e confiantes”, finaliza.
Formação
Danglades é formada em medicina pela Universidade de Brasília (UnB). Depois de concluir a graduação, em 2004, ela se especializou em clínica médica, com residência de dois anos no Hospital Universitário de Brasília (HUB); e em dermatologia, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Em maio de 2018, depois de ter consolidado o sonho de aumentar a família e ter dois filhos, Sofia e Davi, a médica se viu pronta para dar o passo seguinte na carreira e abrir a Dermanuance.
“Hoje eu não sou só médica. Acabei virando empresária porque administrar um consultório requer muita dedicação”, conta a dermatologista.
Danglades também se dedica ao trabalho como dermatologista na policlínica do Núcleo Bandeirante. A experiência dá à ela uma vivência rica em dois mundos: nos procedimentos estéticos oferecidos no consultório particular, e nos cuidados de doenças dermatológicas, como o câncer de pele, recorrentes no trabalho na Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
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