Dermatologista alerta sobre riscos das cabines de unha em gel à pele
Cabines utilizam radiação UVA, que penetra na pele e pode causar danos ao DNA, alerta a dermatologista Danglades Eid
atualizado
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Se não foram utilizadas com os devidos cuidados, as cabines necessárias para a secagem das unhas em gel podem representar um risco à saúde. Em 2023, a Academia Nacional de Medicina da França emitiu um alerta no qual destacava que “essas lâmpadas emitem raios ultravioleta conhecidos por acelerar o envelhecimento e, sobretudo, por favorecer o desenvolvimento de câncer de pele.” No mesmo ano, um estudo publicado na revista científica Nature defendeu que o uso frequente dessa tecnologia pode elevar os riscos de ter a doença.
De acordo com a dermatologista Danglades Eid, o aparelho precisa ser utilizado com moderação. Isso porque, como constatou a academia francesa, esses aparelhos utilizam radiação UVA, ultravioleta do tipo A, que penetra na pele e pode causar danos ao DNA, se for feita a manutenção com muita frequência e sem proteção solar.
A emissão da luz ultravioleta é necessária durante a secagem das unhas em gel, que podem durar de duas a três semanas.
As cabines emitem raios UVA, semelhante à radiação UVA gerada pelo Sol — mas, por ser localizada, tem uma penetração profunda na pele, salienta Danglades Eid. “É uma dose maior do que uma exposição solar geral”, diz a profissional da saúde.
Segundo a dermatologista, alguns sinais podem indicar os problemas causados pela frequente exposição das mãos à radiação, como manchas amarronzadas no dorso da mão.
“Têm algumas lesões pré-câncer, chamadas ‘ceratoses actínicas’, que são manchinhas mais avermelhadas e descamativas”, comenta.
A especialista destaca que ainda não existe um consenso a respeito da recomendação formal, mas que uma exposição esporádica poderia diminuir o risco de desenvolver problemas de pele ou câncer. Uma delas é fazer a manutenção no máximo uma vez por mês.
Danglades Eid sugere, ainda, a aplicação de protetor solar com proteção eficaz contra raios UVA e UVB meia hora antes do procedimento. “Luvas de proteção com espaço para as pontas dos dedos também podem ser utilizadas”, afirma.
Além do risco de câncer, a dermatologista destaca o envelhecimento da pele causado pela radiação da cabine, que degrada o colágeno e a elastina. Danglades Eid também emenda sobre os riscos de desencadear algum tipo de alergia relacionada à exposição à luz.
Quem tem histórico pessoal ou familiar de câncer, vitiligo e doenças que são fotossensibilizantes, como lúpus, precisam ter um cuidado redobrado com a radiação. De acordo com Danglades Eid, esses pacientes não devem se submeter ao procedimento “de forma alguma”.
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