De suor a overdose: confira 7 histórias bizarras do príncipe Andrew
Fique por dentro de sete detalhes estranhos da vida de Andrew, o filho queridinho da rainha. O príncipe enfrenta acusação de abuso sexual
atualizado
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Considerado o filho predileto da rainha Elizabeth, o príncipe Andrew tem visto o seu passado ser desenterrado nos últimos meses. No dia 13 de janeiro, o duque de York teve os patrocínios e títulos reais retirados pela mãe, pressionada por militares veteranos. A atitude foi ocasionada pelo fato de o integrante da dinastia Windsor responder a um processo de abuso sexual.
Como o duque de York se encontra no epicentro de um dos maiores escândalos da realeza britânica, alguns fatos bizarros sobre o príncipe vieram à tona ou foram relembrados, conforme descreve o portal The Mirror. Como a coluna Claudia Meireles acompanha todos os passos dos membros da dinastia Windsor, confira sete detalhes estranhos da vida de Andrew!
Divórcio nada convencional
De acordo com o The Mirror, o relacionamento não convencional de Andrew com a ex-esposa, Sarah Ferguson, após um casamento infeliz, é um tanto quanto estranho. Eles se casaram em 1986 em um elegante enlace, celebrado na Abadia de Westminster. A dupla se separou em 1991, entretanto, o divórcio oficial veio apenas em 1996. Eles são pais das princesas Beatrice e Eugenie.
Com o caso de abuso sexual tomando novos rumos, Sarah e Andrew foram vistos juntos e, inclusive, uma fonte próxima contou que o príncipe queria casar novamente com a ex-esposa. Antes de tudo ficar bem entre os dois, a duquesa de York disse, em entrevistas, que passou o matrimônio “alugando vídeos” enquanto o marido “brincava com 27 concubinas”.
Em prol das filhas, Andrew e Sarah permaneceram próximos e criaram uma relação incomum. “Somos o casal divorciado mais feliz do mundo.” À Harper’s Bazaar, a duquesa de York contou que passou a primeira gravidez “sozinha”. Segundo informantes, eles se separaram devido às longas viagens de Andrew ao exterior.
Ursinhos de pelúcia
Em um documentário sobre a amiga e possível affair do príncipe Andrew, a aliciadora de meninas Ghislaine Maxwell, um ex-segurança real revelou que o príncipe ficava aborrecido quando uma coleção de 50 a 60 ursinhos de pelúcia era movida por colaboradores do palácio. Conforme confidenciou Paul Page, o duque de York fazia um escândalo, gritava e esbravejava quando cortesãos mexiam ou deslocavam os brinquedos.
“Havia cerca de 50 ou 60 bichinhos de pelúcia e havia uma foto em um armário com todos esses ursinhos em suas posições”, afirmou Page em entrevista ao documentário Ghislaine, Prince Andrew and the Pedophile (Ghislaine, Príncipe Andrew e o Pedófilo, em tradução livre), da ITV. Também integravam a coleção três almofadas batizadas de Papai, Patos e Príncipe.
Especialista em assuntos da dinastia Windsor, Elizabeth Day confessou ter tido acesso à coleção de Andrew em uma visita ao Palácio de Buckingham, em 2019. A escritora descreveu a situação: “Pareceu bastante estranho que um homem adulto se divertisse tanto com um brinquedo de pelúcia”.
Polêmica do suor
Para refutar a acusação de que teria abusado sexualmente por três vezes de Virginia Giuffre, o príncipe Andrew resolveu conceder uma entrevista à jornalista Emily Maitlis, do programa Newsnight, da BBC. A conversa ocorreu em 2019. No bate-papo, o duque de York disse que não conseguia mais suar, tendo em vista que a vítima de assédio afirmou tê-lo conhecido em uma pista de dança de um clube e ele estaria suando intensamente.
Na entrevista, Andrew destacou que parou de suar após atuar como piloto de helicóptero na Guerra das Malvinas. O trabalho o levou a ter uma “overdose de adrenalina” por estar sempre sendo baleado. “Eu não suava na época, porque eu havia sofrido o que descreveria como uma overdose de adrenalina na Guerra das Malvinas, quando fui baleado. Era quase impossível para mim suar”, garantiu o príncipe.
Como Andrew usou de uma condição de saúde para negar as acusações de Giuffre, a equipe jurídica exige que ele prove a suposta incapacidade de suar.
Lapso de memória
Outra forma encontrada por Andrew para se defender da alegação de Virginia Giuffre foi declarar que estava em uma festa infantil em uma pizza express na cidade britânica de Woking. O príncipe defende não ter dormido com ela por estar na comemoração. Diante da afirmação do duque de York, a jornalista Emily Maitlis o questionou sobre uma fotografia.
Na imagem, Andrew está com o braço em volta da cintura de Giuffre, à época com 17 anos. Ao fundo do registro, aparece Ghislaine Maxwell, condenada recentemente pelo crime de exploração sexual. “Não tenho memória de essa foto ter sido tirada. Ninguém pode provar se a fotografia foi adulterada ou não”, contestou o filho da rainha. Em defesa, ele acrescentou que, por ser um membro da realeza, não ter permissão para dar abraços publicamente.
Roupas de viagem
Em busca de reunir mais evidências para provar sua inocência, Andrew contestou a roupa que estava vestindo na imagem. Ao questionar a autenticidade do registro, o príncipe ressaltou sempre “usar terno e gravata” enquanto está em Londres. Ele sugeriu que a foto foi alterada, porque o traje exibido é composto apenas por camisa e calça. Após a declaração, vieram à tona cliques dele sem as “vestimentas oficiais” em eventos por Londres.
Desastre
Embora o príncipe Andrew se sinta otimista após estar no programa de tevê da BBC, a mídia e os súditos consideraram a participação um naufrágio, conforme sustenta o portal The Mirror. À época da transmissão, o The Sunday Times definiu a entrevista como “um dos piores momentos de relações-públicas da história recente”.
Segundo a jornalista, o duque de York não percebeu o quão ruim se saiu na entrevista. Ele orientou que, no próximo bate-papo, Maitlis ficasse hospedada no Palácio de Buckingham. Após a transmissão do programa, Andrew deixou as funções públicas. Na participação, ele não demonstrou tristeza pelas vítimas de Jeffrey Epstein nem se arrependeu da amizade com o acusado de pedofilia.
Playboy
No documentário da ITV, o ex-segurança real Paul Page deu a entender que Andrew teve um envolvimento amoroso com Ghislaine Maxwell, namorada de Epstein, responsável por aliciar as vítimas para o esquema de exploração sexual. De acordo com o ex-oficial, a socialite e o príncipe eram amantes, “porque ela ia e vinha em seu apartamento à vontade”.
Segundo Page, Ghislaine e outra amiga do príncipe raramente assinavam na entrada quando o visitavam. No ponto de vista do ex-oficial, a atitude levantou mais suspeitas. Não passou despercebido da imprensa o fato de Andrew estar o tempo todo cercado por mulheres bonitas e elegantes. Embora seja integrante da família real, a imprensa o descreveu como desinteressado com os deveres da Coroa britânica.
“Ele rapidamente passou de uma espécie de príncipe solteiro para alguém que não tem utilidade, não tem propósito, gasta muito dinheiro, pega vários voos, recebe um apelido ruim, se casa, se divorcia. Ele passou de príncipe dourado a tio constrangedor, em uma série de passos inevitáveis. Isso foi antes de se tornar tão constrangedor quanto é agora”, escreveu Catherine Mayer em um artigo do The Guardian.
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