De Harry a Diana: saiba quem renunciou à realeza por conta do amor
Saiba as razões que levaram os integrantes a abdicarem aos cargos na monarquia e o que houve com cada um deles após sair da realeza
atualizado
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Ver o recuo de membros da realeza por motivos de aposentadoria ou estar envolvido em polêmicas não é novidade para quem acompanha a história das monarquias do mundo. Algumas renúncias estão relacionadas ao amor, conforme fez o neto da rainha Elizabeth II, o príncipe Harry. Ele abdicou do cargo com a mulher, Meghan Markle. Antes do casal, o rei Edward VIII deixou o comando do trono britânico para selar a união com Wallis Simpson.
Nem sempre os integrantes rompem com a realeza por amor a um companheiro de vida. Recentemente, Catarina, duquesa de Kent, trocou a vida de “alteza real” em nome da própria realização. Ela resolveu tornar-se professora de música em uma escola, deixando as obrigações como membro da família real. Mãe de Harry, a princesa Diana é uma das figuras mais emblemáticas que decidiu se afastar dos deveres da dinastia Windsor.
A Hello! Magazine analisou as razões que levaram os membros da realeza a tomarem a drástica decisão e o que houve cada um deles após deixar a vida sob os pilares do palácio. A coluna Claudia Meireles te conta a seguir!
Por amor
Rei Edward VIII e Wallis Simpson
Quando o avô da rainha Elizabeth II, o rei George V morreu em 1936, ficou claro que o primogênito dele, Edward, não pretendia seguir alguns protocolos tradicionais da Coroa britânica. Ao ascender ao trono, o herdeiro escandalizou os parentes e súditos por querer se casar com a amante, Wallis Simpson. Ela era uma socialite norte-americana divorciada. Detentor do título de príncipe de Gales, ele ficou conhecido por ser moderno e relaxado com as regras reais.
Ao saber do desejo do rei, o então primeiro-ministro Stanley Baldwin avisou Edward de que o governo não apoiaria a união. Sem pestanejar, ele abdicou do ofício e resolveu se exilar com Wallis na França, onde moraram por toda a vida. Como a coroa de rainha consorte não foi dada à norte-americana, o ex-chefe da monarquia costumava compensar a mulher com joias. De acordo com a ex-funcionária da dupla Johanna Schutz, o integrante da família real se declarava diariamente à companheira, principalmente quando ela saía de casa.
Príncipe Harry e Meghan Markle
Ao contrário do tio-bisavô, o príncipe Harry conseguiu selar a união com a mulher, Meghan Markle, também divorciada. Os dois se casaram em maio de 2018. De origem afro-americana, ela viveu maus bocados enquanto integrava a família real. Antes mesmo de subir ao altar, a então atriz de Hollywood sofreu com os ataques da cobertura racista e machista feita pelos tabloides britânicos. Para agravar o cenário conturbado, nem todos os integrantes da dinastia Windsor a recepcionaram bem, como a princesa Anne.
Em entrevista à Oprah Winfrey, os duques de Sussex contaram que renunciaram aos ofícios no alto escalão da Coroa por não verem uma solução para os problemas. Por ordem de colaboradores da monarquia, a ex-atriz foi obrigada a ficar em silêncio diante das falsas acusações da imprensa. “Tive de mentir para proteger os outros membros”, confessou. A situação chegou a um nível “insuportável” e ela disse que tentou cometer suicídio. Para não perder a mulher, Harry tomou a decisão em conjunto com Meghan de se afastar dos deveres reais e ir morar nos EUA.
Princesa Patricia de Connaught e Alexander Ramsay
Considerada uma das princesas mais famosas da Europa, Patricia de Connaught era bonita, elegante e bastante popular. Com ideias empoderadas, ela adiou o casamento até aos 30 anos para poder apoiar instituições de caridade. “Era uma princesa trabalhadora, papel que desempenhou e fez bem”, disse Alexandra Kim, ex-curadora do Historic Royal Palaces. Em 1911, precisou acompanhar o pai, o príncipe Arthur, durante a mudança para o Canadá. Ele foi enviado como forma de assumir o posto de governador-geral.
Pouco tempo depois, Patrícia teve contato com o ajudante de campo Alexander Ramsay, comandante naval, que mais tarde serviu com distinção na Primeira Guerra Mundial. Por ele não ter linhagem real, a família dela desaprovou o romance. Mesmo com a proibição, os dois permaneceram fiéis um ao outro. Em 1919, o rei George permitiu o casamento, entretanto, a princesa precisou abrir mão do título. A noiva entrou na Abadia de Westminster como “alteza real” e saiu como Lady Patricia Ramsay.
Por realização pessoal
Duquesa de Kent
Nem todos desistiram dos deveres reais em nome do amor a alguém. É o caso de Katharine, a duquesa de Kent, casada com o príncipe Edward, primo da rainha Elizabeth II. Após receber a bênção do marido, em 2002, ela resolveu seguir a vocação profissional de ensinar música para crianças da Escola Primária Wansbeck. Na instituição, a professora ficou conhecida por “ajudar os alunos a florescer”. “Por meio da música, um ou dois deles podem sair e se destacar na vida”, explicou ao entrevistador Alan Titchmarsh.
Lady Di
Assim como a nora Meghan Markle, a princesa Diana não conseguiu lidar com a falta de privacidade. Após se separar do marido, o príncipe Charles, ela fez um apelo para ter uma vida particular e, por isso, anunciou que ficaria um ano longe dos holofotes. O casal pôs fim ao relacionamento em 1993. Na época, a Hello! Magazine definiu o ano de Lady Di como “horrível”. “Por trás do sorriso que ela exibe para o público, a ansiedade tornou-se cada vez mais óbvia aos amigos mais próximos”, publicou o jornal.
Ao término do período sabático, Diana retornou em grande estilo e mais radiante do que nunca, em 1994. A “princesa do povo” prestigiou uma festa de gala para arrecadar fundos no Palácio de Versalhes, em Paris. Deslumbrante, Lady Di optou por usar no evento um vestido com costa nua. Ela almejava virar uma humanitária global itinerante, entretanto, teve o sonho interrompido por um acidente de carro. Diana morreu em 1997, deixando os dois filhos, William e Harry.
Por escândalo
Albert da Bélgica
Em 2013, o então rei Albert da Bélgica abdicou ao trono e, na ocasião, citou problemas de saúde. Entretanto, o afastamento veio em meio a um caso de paternidade movido por Delphine Boel. Fruto de um caso extraconjugal do monarca com a baronesa Sibylle de Sélys Longchamps, ela entrou na Justiça para ter a paternidade reconhecida. O fim do processo só ocorreu no ano passado. Atualmente, a herdeira detém o título de princesa do país europeu como os irmãos paternos.
Duques de York
Antes de Elizabeth aceitar a renúncia do filho, o príncipe Andrew, por estar associado ao abusador Jeffrey Epstein, outro duque de York foi expulso da vida pública devido a um escândalo com a amante. Em 1809, Mary Clarke testemunhou no Parlamento a respeito do companheiro, o príncipe Frederick, vender comissões do exército britânico. Embora inocentado de qualquer irregularidade, ele abdicou do posto de chefe das forças armadas do país.
Dois anos depois, descobriram que a concubina de Frederick havia recebido pagamento do principal acusador do integrante da dinastia Hanôver. O duque de York retornou ao cargo de comandante-chefe após descobrirem a verdade.
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