Dante: Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Francesco Azzarello abrem mostra
A exposição dedicada a Dante Alighieri reuniu os presidentes da Câmara, do Senado e o embaixador da Itália no Congresso Nacional
atualizado
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O Salão Negro do Congresso Nacional foi palco do lançamento da exposição Dante 700 anos: os olhos de Beatriz. A cerimônia de abertura da mostra dedicada ao escritor italiano Dante Alighieri ocorreu nessa terça-feira (19/10). Marcaram presença na ocasião os presidentes da Câmara, Arthur Lira; e do Senado, Rodrigo Pacheco. Como a iniciativa foi desenvolvida em parceria com a Embaixada da Itália, o embaixador Francesco Azzarello representou o país europeu.
Dentre os convidados estiveram deputados, jornalistas, patrocinadores e líderes políticos. A exposição contou com a curadoria de Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL). O poeta brasileiro é um grande estudioso da obra de Dante. Também à frente dos preparativos da mostra, o deputado Enrico Misasi abriu a sessão de discursos. De origem italiana, ele fez uma relação entre o trabalho do Parlamento e a obra do escritor homenageado. Das obras do autor italiano, a Divina Comédia é um marco da literatura.
“Tanto a Divina Comédia como o Parlamento têm a sua preocupação central que é o homem. Se o poder não servir para ajudar o homem na sua organização, para que vai servir? Se a poesia não servir para a companhia do homem em seu caminho, para que vai servir? A Divina Comédia é um dos maiores símbolos que a humanidade já recebeu para ajudar a compreender a jornada nesta terra”, salientou Misasi no discurso.
Em seguida, a palavra ficou com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Na mensagem, ele definiu que a casa parlamentar estava em “enorme contentamento” por sediar a exposição. Na data de estreia, comemorava-se a semana da língua italiana no mundo e, na avaliação do deputado, Dante Alighieri é a personalidade ideal para celebrar a cultura do país europeu. “A obra de Dante se espalhou pelo mundo. Se a sua comédia não fosse divina, não teria recebido esse merecido título póstumo”, declarou.
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco ressaltou a importância de o escritor ter sido um político com a vida pautada na Divina Comédia. No discurso, o senador mirou na explicação dos olhos de Beatriz. Ele disse que espera um Brasil com mais deputadas e senadoras, além de fazer a seguinte conexão: “Os olhos de Beatriz são os olhos do futuro, de uma mulher, que é a República”. Segundo o parlamentar, a mostra permitiu a “volta de Dante ao próprio lugar”.
Em entrevista à coluna Claudia Meireles, o embaixador da Itália, Francesco Azzarello, revelou estar relaxado após a inauguração da mostra. Ao longo da cerimônia de abertura, o diplomata doou um fac-símile da obra Codice Palatino 313. A peça passará a englobar o acervo da Biblioteca da Câmara dos Deputados. Quem visitar a exposição ganhará uma cópia do livro Dante 700 Anos: os olhos de Beatriz. Com a ação, os idealizadores almejam mostrar aos brasileiros os estudos do renomado escritor.
“Espero que eles entendam o quão importante é este projeto. É uma contribuição para todas as pessoas que estudam os mundos da Divina Comédia, de Dante”, enfatiza Azzarello. Quem decidir visitar a mostra será levado a viajar pelo trabalho e pela obra do poeta italiano, principalmente pelo principal livro do escritor. Considerada um clássico, a Divina Comédia traz mais de 14 mil versos com temáticas atuais, por exemplo, amor, mal, moral, perdão e política.
No discurso, o deputado Enrico Misasi destacou que a maior comunidade de italianos fora do país está no Brasil. “Quantos costumes políticos são dos nossos antepassados imigrantes? Tantos hábitos à mesa, nomes dados aos nossos filhos até a forma de se despedir. A Itália vive em nós, deste lado do Atlântico”, descreveu o parlamentar. Ele pontuou a comunicação entre Itália e o Brasil ser o fio condutor da exposição recém-lançada.
Confira os cliques:
Serviço
Exposição Dante 700 anos: os olhos de Beatriz
Aberta ao público mediante agendamento até o dia 17 de dezembro, às segundas, quintas e sextas-feiras, das 9h às 17h, no Salão Negro do Congresso Nacional. Terças e quartas-feiras para o público interno do Congresso Nacional. Entrada gratuita.
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