Daniel Moreira recebe convidados para lançamento da exposição no CCBB
A mostra, nomeada de trilogia Limítrofe, apresenta 72 fotografias realizadas ao longo de 15 anos de pesquisa pelo artista visual mineiro
atualizado
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A última sexta-feira (28/8) marcou a abertura da exposição Trilogia Limítrofe, do artista visual Daniel Moreira, na galeria 4 do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). A ocasião foi marcada por uma visita guiada, na qual foram apresentadas 72 fotografias que trazem à tona a importante temática sobre a moradia e a inserção do homem no espaço. A mostra fica aberta para visitação até 23 de outubro.
O fotógrafo pesquisou durante 15 anos as bordas das grandes cidades da região de Belo Horizonte e assim, retratou a vida e as complexidades das relações sociais. As obras, que possuem curadoria de Cinara Barbosa, são um recorte de três séries.
A primeira é a Paisagem ambulante 381, que mostra fotografias de andarilhos na rodovia que liga a capital mineira ao Espírito Santo e Bahia. Em seguida, Desencanto aborda locais à beira da estrada. E por fim, Sob o Mesmo Céu, que traz o reflexo das ocupações urbanas.
“Quando eu estava na rodovia, eu comecei a perceber como os andarilhos se vestem e todo o processo de contaminação pela estrada, vejo que é muito mais ligada a escultura do que a fotografia. Para mim é quase que um profeta do Aleijadinho. São quase fotografias escultóricas. Agora, quando venho para a parte das ocupações, a minha influência é praticamente na pintura. É foto, mas eu trabalho outros elementos que me influenciaram na história da arte.”
Daniel Moreira, artista visual
Veja algumas obras:
Mineiro, o profissional veio a Brasília apenas à trabalho, mas conta que sentiu um diferencial no CCBB da capital federal como em nenhum outro lugar. O espaço acolhedor deu a ideia de expor as fotografias na área externa da galeria.
“Independentemente das pessoas serem ligadas à cultura ou não, elas ocupam como um espaço de diversão. Percebi que muitas famílias fazem piquenique aqui e isso me interessou bastante. Então, pensei na experiência de levá-las para fora. Se essas famílias ocupam esses espaços, eu gostaria que as pessoas que eu fotografei ocupassem também”, explica o artista.
Para a gerente geral do CCBB Brasília, Fernanda Gasque, receber a trilogia Limítrofe tem sido muito gratificante, principalmente por todo o contexto. “O trabalho do Daniel é lindo e com muito valor agregado. Toda a história por trás e a construção tem muito a ver com o propósito do CCBB. Estou muito feliz de abrir essa exposição”, conta.
Confira os cliques:
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