Cru ou cozido: qual a forma mais saudável de comer o espinafre?
Por conta de sua alta densidade nutricional e extensa lista de benefícios, o espinafre é considerado um superalimento; veja mais detalhes
atualizado
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Rico em ferro, cálcio, potássio e vitaminas B6, C e K, o espinafre é uma boa fonte de antioxidantes luteína, que podem reduzir o risco de muitas doenças, incluindo a degeneração macular, segundo a Harvard Health Publishing.
Sem dúvidas, colocá-lo na alimentação é importante, mas você já se perguntou qual é a melhor forma de aproveitar os nutrientes desse superalimento?
O portal da escola de medicina da renomada universidade norte-americana avaliou um estudo da Food Chemistry. No texto, eles sugere que a a melhor maneira de obter o máximo de luteína é não cozinhá-lo.
Os pesquisadores mediram o teor de luteína do espinafre depois de frito, fervido e cozido no vapor. Após quatro minutos de fervura, a hortaliça perdeu 40% dos níveis de antioxidantes; depois de 90 minutos, 90%. Com apenas 2 minutos de fritura, os níveis diminuíram em mais de 60%. No cozimento a vapor, perdeu cerca de 50% depois de quatro minutos, conforme relatou o portal de medicina de Harvard.
Dessa forma, os estudiosos concluíram que a melhor maneira de obter o máximo desses antioxidantes é não cozinhá-lo.
Apesar ser melhor comer o espinafre cru, eles recomendam picá-lo no liquidificador para fazer um smoothie ou no espremedor de frutas, pro exemplo, pois essas formas liberam mais luteína das folhas.
Controvérsia
Por outro lado, uma pesquisa do departamento de ciência alimentar e nutrição da Universidade Babasaheb Bhimrao Ambedkar, na Índia, assegura que consumir a hortaliça crua em excesso pode gerar pedra nos rins, dor abdominal, pressão arterial baixa e vômito.
Confira, aqui, o estudo completo.
Ao portal indiano The Indian Express, a nutricionista Neha Sahaya explicou que o espinafre contêm um composto chamado ácido oxálico, que podem causar os efeitos colaterais.
“Ele pode se ligar ao cálcio e outros minerais no corpo e formar cristais insolúveis. Quando consumido cru, esse ácido não é decomposto pelo cozimento e pode interferir na absorção de cálcio, ferro e outros minerais importantes no organismo”, explicou.
Ela observou que, além das pedras nos rins, o consumo cru do vegetal em demasia pode resultar em um risco maior de síndrome do intestino irritável, gota, inchaços e gases.
Já a nutricionista integrativa Karishma Shah não aconselha pessoas com problemas gástricos ou intestinais consumi-lo sem ser cozido.
“O espinafre pode causar acidez ou dores de estômago. Na verdade, comer qualquer tipo de folha verde crua pode causar esses efeitos colaterais. O melhor é testar antes de consumir em proporções inteiras e verificar se está causando náusea ou inchaço”, alertou.
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