Correr faz mal para os joelhos? Veja o que Harvard diz sobre isso
Algumas pessoas têm dúvidas sobre a possibilidade de o exercício fazer mal aos joelhos ou piorar a artrite. Saiba o que os estudos dizem
atualizado
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Correr é uma atividade que dá prazer a muitas pessoas. Além disso, proporciona vários benefícios à saúde e ao bem-estar, incluindo a melhora do metabolismo, a ativação da queima de gordura e a liberação de endorfina. Mas, como nem tudo são flores, alguns “corredores de plantão” têm uma preocupação em comum: será que a prática faz mal aos joelhos ou piora a artrite, como muita gente supõe?
De acordo com o Ministério da Saúde, a artrite é a inflamação das articulações (juntas). Os principais sintomas são: dor e rigidez articular, restrição do movimento das articulações, inflamação e edema (inchaço) articular e calor/vermelhidão da pele ao redor da articulação. Esse conjunto de sintomas e sinais são resultantes de lesões causadas por diversos motivos.
Embora a relação entre a doença e a corrida venha sendo debatida há anos, cada vez mais surgem evidências que indicam que correr, de fato, não é a causa do desenvolvimento de doenças articulares. E várias pesquisas apoitam essa premissa.
Um estudo publicado em 2017 examinou corredores recreativos, corredores competitivos e pessoas que não correm. A pesquisa encontrou taxas mais baixas de osteoartrite (desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas) de quadril e joelho em corredores recreativos (3,5%) em comparação aos competitivos (13,3%) e aos não corredores (10,2%).
Outro estudo, este de 2018, analisou 675 pessoas que correm maratona e descobriu que elas tinham metade da taxa de artrite no quadril ou joelho em comparação com a população geral dos EUA.
O que Harvard diz sobre isso?
Segundo Robert H. Shmerling, da Harvard Medical School, as evidências médicas atuais sugerem que o esporte não desgasta as articulações, ou não a ponto de causar osteoartrite.
Logo, o recomendado é que as pessoas que gostam do exercício não deixem de praticá-lo por medo de machucar os joelhos. E mais: quem não gosta de fazê-lo, não vale mais usar essa “teoria” como desculpa para praticar.
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