Coquetel marca abertura da mostra Jardim de Amilcar de Castro no CCBB
A coluna Claudia Meireles marcou presença no coquetel de inauguração e mostra os detalhes
atualizado
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Na última terça-feira (22/2), a capital federal foi contemplada com a abertura do projeto O Jardim de Amilcar de Castro: Neoconcreto sob o céu de Brasília. A exposição em tributo ao premiado artista brasileiro ocupa o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A coluna Claudia Meireles marcou presença no coquetel de inauguração e mostra os detalhes.
Com curadoria de Marília Panitz em uma área de 20.000 m², a mostra apresenta as obras monumentais do artista com a proposta de criar um grande jardim de esculturas nos gramados da cidade, permitindo ao público uma visita a céu aberto. A iniciativa também tem o objetivo de mostrar o que teria sido o encontro da arte neoconstrutivista de Amilcar com a arquitetura e urbanismo da capital federal.
Para realização do projeto, foram destinadas 12 carretas para transportar 67 esculturas de grande porte do artista a Brasília, numa viagem de 907 km. As obras são parte do legado deixado pelo mineiro Márcio Teixeira, maior colecionador privado do consagrado artista.
“Márcio era um amigo que conheci em uma exposição de outro colecionador, na qual eu fiz a curadoria. Ele me falou que gostaria que trabalhássemos juntos e fizéssemos uma mostra do acervo dele. Trabalhamos nisso há seis anos, mas só conseguimos fazer agora”, afirma Marília Panitz.
De acordo com a curadora, a coleção apresentada começa em um momento em que o colecionador e o artista se tornam amigos próximos, entre o final dos anos 1980 e o início dos anos 1990. “Márcio, que também era visionário, começa a financiar, de certa forma, a produção do Amilcar, no sentido de matéria-prima”, explica.
Marília acrescenta que, na época, a dupla pensou em fazer um museu do artista em Dom Silvério, pequeno município de 5 mil habitantes em Minas Gerais. “É uma cidade do século 19, mas com matriz barroca”, informa. “O museu não chegou a ser feito, mas Márcio começou a espalhar as obras por Dom Silvério”, completa.
Márcio Teixeira faleceu em outubro de 2021, sem ter a oportunidade de ver sua coleção exposta na capital do país. “Ele faria 75 anos”, ressalta a curadora. No entanto, ele estaria orgulhoso de ver o sonho ser concretizado. “Brasília tinha que ter Amilcar de Castro. A obra dele tem tudo a ver com arquitetura da cidade. Eu acredito que, agora, a exposição está em casa, que é aqui”, finaliza Marília.
Sobre o artista
Nascido em Paraisópolis, em Minas Gerais, Amilcar de Castro foi escultor, artista plástico e designer gráfico brasileiro. Além das obras plásticas, a personalidade contribuiu para a diagramação e os projetos gráficos de jornais na década de 1950.
Em 2022, completa-se 20 anos da morte do artista, cuja obra é marcada pelos processos denominados corte e dobra, corte e deslocamento e sólidos geométricos, além do uso de ferro e aço como principal matéria-prima.
Gratuita, a mostra seguirá aberta ao público por pelo menos dois anos.
Veja os cliques do evento:
Amador Outerelo
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