O que são NFTs? A sigla em inglês significa “non fungible token”, ou “token não fungível”. Ele é uma representação de algo que não pode ser substituído, que é individual e específico.

Um token, por sua vez, nada mais é do que uma representação digital de um ativo,  como dinheiro, uma propriedade, obra de arte ou uma roupa virtual. Ele é registrado em uma Blockchain, um banco de dados coletivo, distribuído e imune a alterações.

De acordo com o Código Civil Brasileiro, “bens fungíveis são aqueles que podem substituir-se por outros da mesma espécie.” Um exemplo disso: uma nota de R$ 100, que poderia ser trocada por duas de R$ 50. Já a pintura Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, por outro lado, não é fungível, pois não poderia ser trocada por outra igual.

Mas, então como saber se alguém possui o direito aquela obra de arte, sendo que, superficialmente, são apenas figurinhas? É figurinha de macaco, de coruja e assim vai… Eu tiro um print do meu celular e voilà! Eu também possuo a imagem!

Calma lá, “pequeno gafanhoto”, quem te disse que ter apenas um print da imagem de um NFT te dá direito a alguma coisa?

Vamos entender como funciona? Como falei anteriormente, a posse real das NFTs será apenas daquele indivíduo que possui o token não fungível dela, e esse comprovante de autenticidade é basicamente um código de computador que fica registrado dentro da Blockchain, fazendo gerar, assim, a sua escassez. Assim que eu compro um NFT em um marketplace, recebo uma chave privada (código de computador) e, com apenas essa chave, eu poderei desfrutar das exclusividades deste NFT.

Lembram daquele macaco da coleção Bored Ape Yatch Club (BAYC), um dos mais valiosos e populares, comprado pelo Neymar por R$ 6 milhões? Além da permissão de quem compra poder explorar comercialmente a imagem, a marca organizou um encontro com os proprietários das peças em eventos superexclusivos na cidade de Nova York, Hong Kong e Reino Unido, contando com a presença de cantores famosos, a exemplo de Chris Rock, Aziz Ansari e The Strokes.

E aí, ainda arriscaria uma entrada no show só com o print da figurinha do macaco? Melhor não, não é mesmo, pequeno gafanhoto?

Quer aprender mais sobre essa coleção sobre NFTs e essa coleção superirreverente que está dando o que falar? Continue acompanhando a Coluna Claudia Meireles, na qual escreverei semanalmente sobre o tema, e veja mais informações no meu livro Metaverso Simplificado.

(*) Caroline Kalil é consultora de direito digital, investidora de criptomoedas, colecionadora de NFTs com certificação em KYC Blockchain Professional pela Blockchain Council, e blockchain development pela Consensys, além de autora do e-book O Metaverso Simplificado