Conheça uma modalidade que é verdadeira “máquina” de queimar gordura
O educador físico Bruno Mendes e a psicóloga Tatiana Casilo explicam os benefícios incríveis dessa modalidade que queima gordura e faz bem
atualizado
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Dentro ou fora do Carnaval, dançar é uma atividade incrivelmente favorável para a saúde como um todo. Seus efeitos são benéficos tanto para a fisionomia do corpo quanto para o bem-estar mental. Tem algo melhor do que se divertir, e, ao mesmo tempo, ter um momento de auto-cuidado?
Afinal, quanto podemos aproveitar dessa modalidade tão querida pelas pessoas? Como, de fato, a dança ajuda a melhorar o corpo e a mente?
Para educador físico Bruno Mendes, a dança é uma atividade física divertida e prazerosa, e uma aula intensa de dança contribui para que o cérebro libere dopamina, endorfina e serotonina, aliviando a tensão e proporcionando a sensação de prazer. “Para aquelas pessoas que ainda não criaram coragem para fazer uma atividade física, dançar é uma excelente opção para que você comece a gostar de se exercitar”, afirma o professor.
A ideia, segundo Bruno, não é apenas ter que fazer exercícios, mas fazer com que ele integre a rotina e seja constante.
“Durante a aula de dança, as pessoas se concentram nos passos, na música e nos comandos do professor, o que permite a melhora da coordenação motora, da noção espacial, da consciência corporal, da flexibilidade, da postura, da concentração, da memória, do condicionamento físico e da aptidão cardiorrespiratória”, destaca o educador físico.
Além de melhorar a saúde e contribuir para o emagrecimento, a prática é excelente para espairecer, fazer novas amizades, cultivar as antigas, aumentar o seu convívio social, dar boas risadas e melhorar a autoestima, conforme lista o profissional.
Queima de calorias e tônus muscular
De acordo com o especialista, as aulas de dança costumam ter um gasto calórico elevado. “Mas claro que vai depender bastante da intensidade da aula, da velocidade das músicas, da quantidade de pausas entre as músicas, do condicionamento do aluno e das coreografias realizadas”, alerta.
Bruno é fundador da modalidade Burndance, uma aula de dança intensa voltada ao alto gasto calórico. “Nas minhas aulas, os alunos chegam a gastar até 600 calorias. A média é de 400 calorias. Essa aula, além de ser um exercício físico intenso, só pode ser ministrada por profissionais da área de Educação Física capacitados por mim. E emagrece mesmo!”, diz ele.
“Mas não se enganem! Existem diversas aulas de dança com um gasto calórico elevado também”, acrescenta.
Dançar frequentemente contribui significativamente para a perda de gordura e para a melhora da composição corporal. “Com uma maior ênfase na movimentação de membros inferiores, as aulas de dança podem garantir uma maior definição dessas musculaturas. Além disso, seus movimentos dinâmicos e repetitivos exigem o trabalho constante da musculatura abdominal”, conta o professor.
Entretanto, assim como diversas outras modalidades, para uma maior hipertrofia muscular, essas aulas devem sem complementadas com exercícios de musculação.
Bem-estar mental
Na concepção da especialista em psicanálise, neurociência e comportamento humano Tatiana Casilo, dançar é uma “maneira leve de entrarmos em contato com a música, com o nosso corpo, com a nossa mente”.
“Seja fora ou dentro de uma sala de aula, o prazer que dançar nos promove é comprovado cientificamente e, além de liberarmos diversos hormônios que estão diretamente ligados a sensação de bem estar, podemos também nos conectar com os nossos sentimentos, com o nosso emocional, bem como nos permitirmos realizar uma movimentação consciente do nosso corpo, coisa que, por mais óbvia que pareça, estamos cada vez mais automatizando, devido à tantas demandas que temos em nosso cotidiano”, declara a psicóloga.
Tatiana lembra que, além da endorfina, a prática é capaz de liberar diversos outros hormônios que também são muito benéficos, como a dopamina, ocitocina, serotonina e cortisol. Ela explica que essas liberações se dão a partir das trocas neurais que as pessoas vivem nas experiências.
De acordo com a profissional, o que faz com que os neurônios sejam conectados a um significado são as sequências de ativações, ou seja, quanto mais se repete as atividades que geram bem-estar, mais o ser humano estará conectando seus neurônios e, por consequência, liberando mais hormônios que proporcionem bem-estar para o organismo.
A psicóloga comenta, ainda, que ao realizar atividades que promovam a liberação desses hormônios, o indivíduo gera uma “corrente de bem estar”, o que muitos estudiosos atribuem como um “combo de felicidade”.
“Vivemos tempos estressores, em que cada vez mais temos mais demandas, responsabilidades e exigências a cumprir. Quando falamos de estresse, podemos compreender como um conjunto de fatores externos a nós, que ao nos causarem impacto, nos geram exigências e, por conseguinte, acabam por promover alterações em nosso organismo. Quando ele nos atinge, promove uma inflamação em nosso corpo e essa inflamação está diretamente ligada à quadros de adoecimentos emocionais, como a ansiedade e a depressão”, esclarece.
“Nosso corpo sempre está nos dando sinais, mas nós tendemos a ignora-los. Não silenciem os desconfortos que os corpos de vocês mostram. Eles estão carregados de importantes mensagens”, finaliza.
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