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Conheça três galerias que representam Brasília na 20ª da Sp-Arte

Até este domingo (7/4), a Sp-Arte ocupa o Pavilhão da Bienal em São Paulo com uma mostra importante de trabalhos nacionais e internacionais

atualizado

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Sp-Arte 2023
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Por mais um ano — desta vez celebrando duas décadas de existência — o Festival Internacional de Arte de São Paulo, conhecido como SP-Arte, ocupa o Pavilhão da Bienal, na capital paulista, com um recorte significativo da produção artística nacional e internacional. 

Ao todo, são mais de 180 expositores e milhares de artistas representados por galerias, estúdios de design, editoras e instituições culturais. Com selo nacional, o evento, criado em 2004 por Fernanda Feitosa, se tornou a maior feira de artes da América do Sul e tem um papel significativo na divulgação da arte nacional — sendo responsável, inclusive, por contribuir para a formação de acervos de grandes museus, bem como de relevantes coleções particulares

Entre esculturas, instalações, peças de design, pinturas e outras linguagens artísticas, a feira, que ocorre até este domingo (7/4), conecta galerias, artistas e apreciadores de arte, sendo uma vitrine tanto para nomes renomados, quanto para talentos emergentes. Dentro desse continente chamado Sp-Arte, é possível localizar aqueles que representam a produção do Centro-Oeste do país.

Cerrado

A Cerrado é o mais recente passo da trajetória de três galeristas – Lucio Albuquerque, Antônio Almeida e Carlos Dale – que vieram de diferentes lugares do Brasil, com muita bagagem, e que acreditam no amadurecimento, na profissionalização e na descentralização do mercado e do acesso à arte.  

A partir de seu DNA, a galeria impulsiona a expansão geográfica do sistema de arte brasileiro, tendo como norteador o potencial do centro do país. Para a 20 da Sp-Arte, a curadoria não poderia seguir por outro caminho. Apesar de enxuta, a seleção engloba 12 artistas dentro da expografia da área principal do estande. A ideia, segundo a diretora da galeria, Luiza Vaz, é permitir que cada obra e artista tivessem o devido destaque e fossem apresentados com cuidado e bem contextualizados. 

obra de Raylton Parga
Raylton Parga é um dos artistas brasilienses apresentados pela Cerrado na Sp-Arte

“Nosso desejo e expectativa é apresentar com o devido destaque e cuidado a produção do Centro-Oeste – tanto consolidada quanto mais recente –, criando diálogos entre os artistas radicados na região e outros já bastante estabelecidos nacionalmente, como José Bento e Amilcar de Castro”, detalha Vaz. 

Além desses nomes, integram a curadoria: Adrian Vignoli e Matias Mesquita – dois artistas que integram a exposição Terra Concreto em cartaz no Centro Cultural TCU, em Brasília -, Estevão Parreiras, Manuela Costa Silva, Miriam Inez da Silva, Paulo Pires, Raylton Parga, Siron Franco e Talles Lopes. 

“A feira é um importante momento para nos apresentarmos e posicionarmos, criando laços com o público de fora dos locais em que a galeria tem seus espaços físicos, bem como apresentando nossos artistas a curadores, diretores de instituições museológicas e outros agentes do sistema das artes”, concluiu Vaz. 

Karla Osório

Desde o seu ano de criação, em 2016, a galeria Karla Osório participa da Sp-Arte. Nesta edição, o estande apresenta uma seleção exclusiva de obras de artistas brasileiros de várias gerações.

“É uma síntese do programa e da essência poética da galeria com obras de 8 artistas: Almandrade, Iah Bahia, Matheus Marques Abu, Moisés Patrício, Selva de Carvalho, Siwaju, Thiago Costa e Verena Smith”, detalha a galerista Karla Osório. 

obra de Matheus Marques
Obra do carioca Matheus Marques representado pela galeria brasiliense Karla Osório

À frente da empresa homônima, Karla está acostumada a viajar pelo mundo com os artistas representados pela galeria. Contudo, destaca o papel propagador da Sp-Arte. “É muito importante participar da feira para projetar a galeria e incrementar a visibilidade dos artistas, nacional e internacionalmente. A feira traz muitos retornos para a galeria, inclusive institucionais e no exterior”, afirma.

Referência Galeria de Arte

Entre as galerias brasilienses, a Referência Galeria de Arte é a veterana quando o assunto é Sp-Arte. Ao todo, são 18 anos participando do evento. “A Sp-Arte é a maior feira da América do Sul. É um hub importante para as galerias de arte brasileiras e estrangeiras. É também um espaço de troca de experiências, onde podemos conhecer novos artistas e trocar ideias com outros galeristas”, comenta Onice Oliveira, nome à frente da galeria. 

obra Raquel Nava
Obra da brasiliense Raquel Nava

Este ano, a Referência aterrissou em São Paulo com um recorte significativo e robusto de seu acervo, composto majoritariamente por artistas da região Centro-Oeste, além de nomes renomados de outras regiões do país. 

“A multiplicidade de linguagens, técnicas e temas presentes no acervo da galeria, formado tanto por obras de artistas representados como adquiridas, proporciona aos visitantes do estande um panorama da produção das artes visuais brasileiras dos últimos 40 anos, como as obras de Rubem Valentim, artista que morou em Brasília e se relacionou de forma intensa com a cidade e seus contemporâneos”. 

obra de Rubem Valentim
Trabalho de Rubem Valentim

Além de Rubem Valentim, é possível ver de perto trabalhos que levam a assinatura de: Alessandra França, Alex Cerveny, André Santangelo, Camila Soato, Carlos Vergara, Clarice Gonçalves, Claudio Tozzi, Daniel Perfeito, Evandro Soares, Galeno, Gu da Cei, José Roberto Bassul, Josiane Dias, Karina Dias, Léo Tavares, Luciana Paiva, Marcelo Camara, Márcio Borsoi, Osvaldo Gaia, Patrícia Bagniewski, R.Godá, Rafael Vicente, Raquel Nava, Rogério Ghomes, Rubem Valentim, Samantha Canovas, Valdson Ramos, Veridiana Leite e Virgílio Neto.

Ainda nesta edição comemorativa dos 20 anos da feira, a Referência participou, pela primeira vez, do programa de performance da Sp-Arte com um trabalho inédito da artista visual brasiliense Samantha Canovas. “Uma das funções da galeria é apresentar as várias linhas de pesquisa dos artistas representados. Apresentamos nesta edição a proposta deste performance da Samantha Canovas por ser uma artista que, dentro de sua pesquisa poética, trata do tecido como matéria do tensionamento com o corpo e com o gênero”, justifica Onice. 

Assista ao vídeo neste link.

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