Conheça todos os tipos de adoçantes, suas funções e dosagens
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma nova revisão e sugeriu limites de consumo dos adoçantes por quilo
atualizado
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Um estudo publicado na revista Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics revelou que, na busca pela substituição do açúcar, o consumo de adoçantes cresceu significativamente nos últimos anos. Os números revelam um aumento de 200% entre as crianças e 54% entre os adultos norte-americanos.
O desenvolvimento dessa sustância surgiu, de acordo com a nutricionista esportiva funcional Lilian Lima, “como uma alternativa para indivíduos que têm diabetes e acabou tornando-se popular entre aqueles que desejam emagrecer ou manter o peso”. No entanto, ela afirma que o uso continuo pode contribuir para alguns problemas de saúde.
“Sabe-se que o uso dos adoçantes têm sido causa de piora nos quadros de doenças como diabetes, esteatose hepática e disbiose intestinal. A melhor escolha é não adoçar e se adotar ao paladar natural dos alimentos e preparações, mas, em casos que são necessários, sempre escolha os naturais e respeite a dose prescrita na tabela nutricional do fabricante”, alerta a pós-graduada em nutriendocrinologia funcional.
Dentre as opções disponíveis no mercado, a nutricionista do Metrópoles Thaiz Brito conta que a “grande maioria representa produtos artificiais, variado pelo seu poder de adoçar”. Ainda segundo a expert, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma revisão em relação ao aspartame — adoçante artificial que tem capacidade de adoçar 200 vezes superior à sacarose — e a preocupação cresceu em relação a margem de consumo.
“Os limites deles são determinados pelo peso, por isso, para uma criança exceder a dose de alguns deles é mais fácil. O ciclamato de sódio, por exemplo, apresenta um limite diário mais baixo. Para uma criança de 30kg, basta uma lata de refrigerante zero para que seja extrapolado”, exemplifica Brito.
Confira as principais dosagens e contraindicações estabelecidas pela OMS após a nova revisão:
Sacarina
Extraído do ácido toluenossulfônico, derivado de petróleo, é um dos adoçantes sintéticos mais antigos. A substância é contraindicada para hipertensos. O limite diário é de 5mg/kg.
Ciclamato de sódio
Composto à base de um derivado de petróleo, chamado ácido ciclo hexano sulfâmico, o ciclamato de sódio é, segundo Thaiz Brito, contraindicado para hipertensos. O limite diário é de 11 mg/kg.
Aspartame
“Formulado a partir da junção de aminoácidos, é amplamente encontrado em alimentos”, ensina a expert. De acordo com Thaiz, é contraindicado para fenilcetonúricos, doença relacionada a uma alteração genética rara que causa acúmulo do aminoácido fenilalanina no corpo. O limite diário é de 40 mg/kg.
Sucralose
Um tipo de açúcar não metabolizado pelo nosso organismo, isento de calorias. Não possui contraindicações. O limite é de 15 mg/kg.
Acessulfame-k
“Sintetizado pela família do ácido acético, o acessulfame-k não recomendado para indivíduos com problemas renais”, pontua a expert. De acordo com a OMS, o limite diário é de 15 mg/kg.
Stevia
Derivado das folhas da planta Stevia rebaudiana, é típica da América do Sul. Não existe restrição de consumo e o limite diário recomendado é de 5,5 mg/kg.
Sorbitol
“Faz parte dos adoçantes do grupo dos polióis, ou seja, álcoois de açúcar obtidos pela redução da glicose que não são absorvidos pelo organismo. Podem causar diarreia, principalmente se consumido em excesso”, alerta a especialista do Metrópoles. O limite diário é de 15 mg/kg.
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