Conheça o fotógrafo mais requisitado nas festas bombadas de Brasília
Allan Rrod enaltece a beleza das brasilienses. O fotógrafo detalha momentos da trajetória, o amor por Brasília e lista inspirações
atualizado
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“Aprendi que fotografar é uma engenharia de arte que combina o olhar atento do fotógrafo com a beleza do mundo ao redor”. As palavras são de Allan Rrod, fotógrafo que conquistou — e conquista — as brasilienses desde o primeiro clique.
Mais do que buscar o melhor ângulo, enquadramento e foco, ele se dedica a ir além do significado de escrever um momento com a luz. Em cada imagem, o mestre das câmeras e lentes busca traduzir a essência de uma pessoa, lugar ou objeto.
Familiares, amigos e a clientela definem Allan como fotógrafo, ele confessa não se considerar como tal, e “muito menos técnico”. Na avaliação do profissional mais requisitado da capital federal, o melhor termo para descrevê-lo é retratista. “Muitas vezes, o objetivo é capturar a essência, a personalidade e as emoções. Em algumas situações, consigo enxergar o lado psicológico por meio do olhar e semblante de quem está diante das câmeras”, detalha em entrevista à Coluna Claudia Meireles.
Para Allan, uma fotografia de retrato de qualidade tem o potencial de contar uma história; transmitir uma súplica ou gratidão; revelar a beleza única de cada pessoa; ou até mesmo a capacidade de ser de alguém. De acordo com o profissional, os cliques, que seguem esse estilo, visam “captar a conexão, expressão e autenticidade que fazem da imagem uma representação poderosa do indivíduo fotografado”.
Trajetória
O início da história de Allan com as câmeras, lentes e cliques iniciou como hobby. Antes de transformar o passatempo em profissão, ele transitou por outras áreas bem diferentes. “Comecei a faculdade de direito no UniCeub, porém percebi que não era o que queria”, recorda. O jovem mudou a graduação para jornalismo e, eis que no decorrer do curso, aconteceu a mágica: “Me apaixonei pela fotografia. Mesmo se tratando na época de fotos jornalísticas”.
“Aprendi que a imagem fala e impacta mais do que a escrita. Também que eu já tinha um olhar para registrar algo”, reitera. Ao se deparar com a paixão profissional, Allan Rrod resolveu fazer cursos particulares, entretanto salienta quanto ao autodidatismo. “Nada foi mais eficaz, pois tentei fazer de uma forma peculiar e, às vezes, até meio assimétrica e fora dos padrões técnicos”, declara.
Embora tivesse internamente admiração por arte e fotografia, Allan jamais imaginou atuar no segmento. “A minha trajetória foi acontecendo naturalmente. Eu comprei a primeira câmera para fotografar como hobby”, relembra. Como “operar” o equipamento profissional exige um pouco de domínio, ele viu a necessidade de “mergulhar” em cursos. “Foi aí que me apaixonei de vez! Comecei a entender de lentes e luz”, complementa.
Mudanças
Ao aprender a “brincar com luz e sombra”, “criar contrastes e atmosferas únicas” e “capturar essência, personalidade e emoções”, Allan viu a vida mudar — para melhor. Ele passou a fotografar as amigas, que se encantaram com o resultado das imagens e decidiram indicá-lo a conhecidos. Na entrevista, o retratista aproveita para agradecer a três mulheres, sendo elas, Janaína Mendonça, Anna Paola Frade e Kamila Marrise: “Elas confiaram no meu dom e se entregaram aos meus primeiros cliques e aventuras estéticas”.
Atualmente, Allan Rrod circula em diversos círculos sociais e faz questão de mostrar o trabalho executado, em especial os cliques postados no Instagram. “Acho fundamental e foi exatamente isso que fez com que eu me tornasse tão conhecido em tão pouco tempo”, alega. Segundo o mestre das câmeras e lentes, o seu diferencial está no conhecimento adquirido com um dos “maiores maquiadores”, no caso, Karlos Beethowen. “Sou grato por ele ter me ensinado tanto”.
Ensaios
Antes de clicar as brasilienses e mulheres de outras localidades, Allan Rrod segue à risca o protocolo de conversar com a cliente para entender o que ela deseja. Depois, define a produção, locação e maquiagem.
“No momento das fotos, procuro deixá-las mais soltas e menos tensas. Às vezes, alguns exercícios são necessários como forma de ajudá-las a relaxar e a encarar a câmera com mais naturalidade”, elucida. Como esses pontos acertados perfeitamente, ele prossegue com o “restante”: “Procuro o melhor ângulo e luz”.
“Para mim, as brasilienses representam a junção de todas as mulheres do Brasil. Na capital federal, temos mulheres de todos os estados, de todas as raças e culturas. Não existe apenas um biótipo. Sou grato por ter sido bem acolhido, e receber tanto carinho em todos os âmbitos sociais da cidade. Para um fotógrafo, isso é maravilhoso”, reconhece o baiano de coração brasiliense. A família dele é das cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.
No ponto de vista de Allan, os ensaios executados contribuem para a melhoria da autoestima das pessoas e as faz se sentir “belas”. “Recebo muitas mensagens de gratidão, elogios à relevância do meu trabalho e como as imagens impactaram positivamente a vida delas. Sou bem remunerado, mas não há melhor pagamento do que a felicidade intrínseca das minhas clientes ao receberem seus registros”, manifesta. A clientela do retratista se divide entre Brasília, Goiânia, Anápolis, Rio de Janeiro e São Paulo.
Ampliar a bagagem
Embora a maioria das clientes esteja na região Centro-Oeste, principalmente em Brasília, o fotógrafo sempre que consegue, abre espaço a fim de encaixar algum trabalho na Cidade Maravilhosa ou na Terra da Garoa. “É fundamental estar em outros centros para renovar o olhar, trocar experiências e aproveitar para aprender e ampliar meus conhecimentos em fotografia”, enfatiza.
Conforme garante Allan, São Paulo abriga grandes laboratórios, cursos e tecnologias do segmento. “Preciso estar conectado com esse universo”, reforça.
Allan compartilha que recebeu o convite para cobrir influenciadores digitais no Paris Fashion Week e na temporada de moda da Europa. Ele não pôde ir por incompatibilidade de agenda.
“O próximo ano reserva grandes novidades”, confidencia. O mestre das câmeras e lentes soma inúmeros projetos futuros, entretanto prefere mantê-los em segredo. O atual e “mais importante” objetivo do profissional é montar o próprio estúdio fotográfico.
Referências
Mesmo tendo concretizado a meta de montar o estúdio particular, Allan Rrod relata não abrir mão de fotografar na capital federal. “Eu amo ter Brasília como cenário. Fazer fotos externas com esse céu azul e luz incríveis. Associado a isso, temos um patrimônio arquitetônico maravilhoso assinado por Oscar Niemeyer. A cidade toda me fascina”, expõe o baiano de coração brasiliense.
Não é só Niemeyer que inspira os cliques de Allan. Ele tem Annie Leibovitz como maior ícone da fotografia: “Ela norteia meu trabalho e sonhos profissionais”. Além da consagrada fotógrafa, o retratista não economiza na lista de profissionais que servem como referência.
“Ansel Adams, Steven Meisel, Henri Cartier-Bresson, Mario Testino e Guy Bourdin”, numera. O mestre em câmeras e lentes também reconhece o poder de Madonna, Katharine Hepburn e Jane Birkin de contribuir com a sua trajetória de muito sucesso pela frente.
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