Conheça o Espaço Sênior, lar de idosos que terá segunda unidade no DF
Os proprietários partilharam as novidades da nova unidade e revelaram detalhes do trabalho dedicado à terceira idade
atualizado
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Refúgio, abrigo ou lugar onde se está em segurança. Essas são algumas definições da palavra asilo. Mesmo com os conceitos positivos contidos no dicionário, algumas pessoas carregam a concepção de que os espaços somente hospedam idosos desassistidos pelos familiares. Ledo engano. Quem tenta desestereotipar o julgamento em torno da temática é o casal Jacilene Vieira e Luiz Carlos Lima. Mentes à frente do Espaço Sênior, os enfermeiros criaram um ambiente de hospitalidade e acolhimento dedicado a quem tem 60 anos ou mais.
Em 2013, Carlos e Jacilene inauguraram a primeira unidade em Vicente Pires. Nove anos se passaram e no dia 6 de março, os empresários irão abrir as portas de mais um Espaço Sênior, agora fixado em Águas Claras. Em conversa com a coluna Claudia Meireles, os proprietários partilharam as novidades do novo lar e revelaram detalhes do trabalho dedicado à essa faixa etária. Antes de comandar o atual negócio, o casal dava aulas de geriatria em instituições com o “modelo antigo de asilo que se arrasta na cabeça das pessoas”.
Incomodados com a referência, Jacilene e Carlos idealizaram o Espaço Sênior, primeira “casa lar” do DF. “Já temos nove anos de caminhada, com sucesso e bons resultados de acordo com o que pensávamos, ideais que tínhamos e ajustando sempre algo em prol de melhorar o nosso serviço”, destaca a empresária. O casal ministrava cursos em asilos onde os parentes deixavam o idoso por não ter um responsável em casa para cuidar. No local, o paciente não tinha ocupações e, por isso, ficou “limitado e definhando”. “Isso afetava o nosso psicológico e emocional”, rememora.
Águas Claras
Segundo Jacilene, a unidade de Águas Claras é o complemento do sonho de Vicente Pires. Ao longo de nove anos, os donos registraram o que as pessoas procuravam em um espaço focado no bem-estar dos idosos. Os empresários fizeram um levantamento e chegaram à conclusão que individualidade liderou a busca. Com o objetivo de mudar os padrões, os enfermeiros desenvolveram ambientes apropriados e um leque de atividades e serviços. Tendo em vista a segurança em primeiro lugar, cada cômodo é acompanhado 24 horas por dia via câmeras.
Na unidade de Águas Claras, os hóspedes da terceira idade terão à disposição esmalteria, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, massagista, preparador físico, tratamento de pele e corpo, momentos ecumênicos, atividades lúdicas, dias de seresta, aulas de dança e ioga. Há também o formato hotel, em caso de apenas diárias. Integram a gama de serviços reabilitação na residência, atendimento ambulatorial pelo plano de saúde e “leva e traz” a consultas ou shopping.
No espaço reservado à moradia, serão ao todo 28 leitos, com sala, copa e um quarto para cada paciente, sem contar a área comum, aberta aos moradores e “visitantes”. Nesse ambiente, funcionará em breve o centro de convivência, das 8h às 19h. Na modalidade, mais ou menos 20 hóspedes poderão desfrutar das práticas realizadas pelos residentes. Por enquanto, o serviço está suspenso em razão da pandemia da Covid-19. Jacilene explica que um cartão controla a entrada de quem participa das atividades.
“O hóspede fica durante todo o dia e não dorme no Espaço Sênior. Ia ser uma rotatividade. Claro que a família procura ao máximo cuidar do parente com idade avançada, entretanto, acaba tendo de trabalhar e andar por lugares. Não é um preconceito, mas sim uma atitude de responsabilidade com as famílias, os pacientes institucionalizados e os idosos visitantes que vão para casa”, esclarece a proprietária sobre a interrupção do serviço de centro de convivência.
Outra modalidade oferecida é quando a família quer viajar ou ir a uma festa em que o idoso está limitado a participar, por motivos físicos ou particulares. Ele pode hospedar-se no Espaço Sênior o tempo necessário, conforme afirma Jacilene Vieira. Atualmente, na unidade de Vicente Pires, moram 19 pessoas e 20 trabalham em prol do bem-estar e qualidade de vida dos residentes. “Uma proporção muito boa”, salienta a dona.
Barreiras
Geralmente, quando os parentes de um idoso procuram os serviços e atividades, chegam com uma cobrança social, frisa a mente à frente do local. “Você vai colocar a sua mãe no asilo? Quem tem de tomar conta dela é você”, relatou Jacilene sobre um pensamento frequente. Segundo a empresária, ao deparar-se com essas situações, ela observa uma família desorientada, pois há o valor imposto de proteger, no entanto, muitos não possuem a qualificação especializada.
“Existe o dever de cuidar? Claro que sim. Mas, quem disse que trabalhar o dia inteiro e deixar o idoso dentro de casa com a assistente do lar, vendo televisão e sem se exercitar, é saudável? A mente e o corpo de qualquer pessoa começam a se limitar”, argumenta a empresária. De acordo com Jacilene, uma das propostas do Espaço Sênior é o comprometimento do colaborador com o paciente: “Nunca concordei com a expressão essa parte de dizer para não se envolver, porque depois acaba sofrendo”.
Ao contrário do pensamento, a dona incentiva os colaboradores a darem o melhor de si: “Vamos nos envolver e fazer tudo para que o momento seja o melhor possível. Somos uma família. Todos precisam estar felizes, assim, o lugar fica diferenciado. Neste momento de pandemia, aconteceu algo inesperado que me deixou muito alegre: a confiança da família dos idosos conosco. Não tivemos dificuldade alguma”, reforça Jacilene. Além do casal de sócios, o Espaço Sênior integra 20 funcionários separados em equipes.
A empresária destaca que todos os colaboradores são treinados para lidar com caso de quedas. Os profissionais de enfermagem fazem plantão de 12 por 36 horas. “Nós sabemos que cansa fisicamente trabalhar com idoso devido à pouca mobilidade deles e ter de pegar peso. É importante que trabalhem hoje, descansem e amanhã estejam com bom grau de habilidade”. Por conta da Covid-19 e os idosos pertencerem ao grupo de risco, Jacilene afirma que nem hóspedes nem funcionários foram diagnosticados com a doença.
Na avaliação da proprietária, o resultado é positivo devido às medidas de segurança implementadas: “Desenvolvemos uma escala e cada um tinha uma função. Quem ficava do lado de fora, fazia as compras, deixava na porta. Ali, já tinha uma pessoa para receber que limpava tudo. Os funcionários na hora que chegam se deparam com o armário e guardavam os pertences. Em seguida, tomavam banho e só assim tinham acesso à casa. Tudo é filmado, pois existem câmeras em todos os cômodos.”
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Serviço
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