Conheça o adoçante Moon Sugar e saiba se ele faz bem à saúde
O Moon Sugar vem ganhando espaço no mercado dos adoçantes, mas ainda gera muitas dúvidas sobre sua qualidade
atualizado
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O mundo dos adoçantes está em constante evolução, e um dos mais recentes produtos a chamar a atenção dos consumidores é o Moon Sugar, feito com a junção de três ativos: stevia, taumatina e base de fibra da mandioca. O Moon Sugar é um produto natural, sem índice glicêmico e zero carboidratos.
Uma das características mais atraentes do Moon Sugar é o seu sabor. Ao contrário de alguns adoçantes artificiais que podem deixar um gosto residual amargo ou metálico, o Moon Sugar, ao combinar os três ativos, oferece uma doçura suave e equilibrada que se assemelha muito ao açúcar comum.
A taumatina é responsável por evitar o retrogosto. Mas a grande questão que surge é: ele faz bem à saúde?
Em recente pesquisa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou esses produtos não fossem utilizados como substitutos de açúcar visando o controle do peso corporal ou a redução de doenças crônicas não transmissíveis.
As pesquisas apontam para a ausência de evidências de que o uso prolongado dos adoçantes diminua a gordura corporal em adultos ou crianças.
A OMS concluiu que há potencial de efeitos indesejáveis na utilização prolongada de adoçantes, como um risco aumentado de diabetes tipo 2.
A Coluna Claudia Meireles conversou com o nutricionista e farmacêutico bioquímico Alessandro Palatucci Bello, que explicou as principais características desse novo produto e quais as vantagens e desvantagens do consumo. Ele também comenta os dados apontados pela OMS.
O Moon Sugar
O Moon Sugar vem se destacando em relação a outros adoçantes no mercado por vários motivos. Além de ser natural, não apresenta retrogosto, aquele sabor amargo indesejado que muitos adoçantes oferecem. O grande diferencial, porém, é o poder de caramelizar, muito parecido com o efeito alcançado com o açúcar.
O efeito de caramelização dos alimentos com esse adoçante não altera a cor, o que contribui em receitas, com a vantagem de não ter índice glicêmico, algo interessante para as pessoas diabéticas.
O nutricionista e farmacêutico Alessandro Palatucci Bello explica que a junção dos três elementos que o forma o Moon Sugar contribuíram para o sucesso que ele vem alcançando. “O que vai adoçar mesmo é a stevia, mas como ele pode deixar um retrogosto, usaram também a taumatina, um adoçante natural, para diminuir o gosto ruim”, ensina o profissional.
“Ele é mais natural, ele não contém nenhum poliol, nome dado aos adoçantes que promovem uma fermentação intestinal e que podem provocar inflamação no intestino”, destaca Palatucci Bello.
É recomendado usar o Moon Sugar?
Ao consumir adoçantes, as papilas gustativas entendem que foi ingerido algo doce, ou seja, alguma substância rica em glicose ou carboidrato. Isso faz com que o cérebro mande um sinal para o pâncreas produzir insulina. “Essa insulina não vai achar nenhuma glicose, então, se não tem glicose, a insulina vai ficar na corrente sanguínea”, comenta Palatucci Bello.
O nutricionista e farmacêutico afirma que esse hábito pode criar no indivíduo a resistência à insulina, o que é capaz de culminar em diabete tipo 2.
“O uso de adoçantes para quem não precisa dele é perigoso, a pessoa tem que ter cuidado. Dentre todas as formas de adoçar, eu recomendaria não adoçar, ou usar frutas maduras, naturalmente doces”, exemplifica Alessandro.
Para quem não consegue tirar 100% , uma pequena colher de chá de açúcar no dia não irá causar tanto mal. “O ideal mesmo é zero açúcar e zero adoçante. O problema não é o açúcar, mas o excesso. De modo geral, ele não deveria ser usado“, pondera.
O profissional afirma que, por ser um produto muito novo, ainda não existem pesquisas que possam analisar os prós e contras do Moon Sugar a longo prazo.