Conheça brasileiro que melhora o futuro de milhões de pessoas no mundo
Mario Mendes Jr. transforma o mundo com criações inovadoras na área da saúde, como o robô Dr. Wilson e a plataforma Viver Bem
atualizado
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Eis a questão: você conhece alguém que não mediu — nem mede — esforços para mudar o futuro de milhões de pessoas? Independentemente da resposta ser sim ou não, a partir de agora irá se deparar com a trajetória de Mario Mendes Jr., empresário, visionário e especialista em tecnologia que irá lançar a plataforma Viver Bem, nesta quarta-feira (1º/2), nos Estados Unidos. A iniciativa massiva de saúde é dedicada a atender brasileiros que residem em algum dos 50 estados norte-americanos.
Mario tem o visto estadunidense de pessoas extraordinárias, e não é por acaso. “Entendo que a minha missão nessa terra é exatamente essa questão de redução de problemas de população negligenciada com saúde, saúde mental até a morte”, enfatiza.
Ele conheceu a colunista Claudia Meireles no Hi-Level Mentory. Aos 44 anos, o fundador do Viver Bem trabalha desde os 18 em projetos que visam transformar o planeta para melhor. O profissional começou os trabalhos na África, mais precisamente na Angola.
Viver Bem
Como Mario dará o start no Viver Bem nesta quarta-feira (1º/2), vale contar a história dele de trás para frente. O paulista já desembarcou em vários países e, durante as viagens, sentiu na pele a labuta para dispor de atendimento médico. “Precisar de uma assistência de saúde e, muitas vezes, você até consegue ter uma comunicação não tão eficaz. Só que quando necessita, às vezes, da prescrição de medicamento, começam os obstáculos porque cada país tem a sua regulamentação”, ressalta.
Como cada nação dispõe de uma particularidade do que pode ou não receitar aos pacientes, quem sabe o que deveria consumir ou utiliza fórmulas de uso contínuo com base nas prescrições no Brasil, precisará passar por uma bateria de exames quando em solo estrangeiro.
Segundo Mario, a situação tende a ser mais turbulenta em caso de pessoas indocumentadas. “Grande parte dos brasileiros vão realmente tentar uma vida melhor em outros países, sem visto e com pouco dinheiro”, reforça o expert em comunicação.
Outro ponto que piora a condição dos brasileiros espalhados pelo mundo, na visão do expert, é esbarrar em uma situação de saúde extremamente cara. Nos EUA, a situação está prestes a melhorar graças a Mario Mendes Jr. Por meio do Viver Bem, pacientes terão atendimento às demandas primárias e secundárias, o que pode vir a prevenir doenças. “Para que não se converta em algo mais grave, em torno de 80%, conseguimos resolver esse atendimento via telemedicina mesmo com necessidade de especialista”, detalha.
“Plataforma poderosa”
Uma diferença da iniciativa é que o brasileiro falará português quando buscar o atendimento. Em entrevista à coluna, Mario Mendes Jr. explicou como funcionará o Viver Bem: “Nós desenvolvemos um programa poderosíssimo com uma rede superior a 5 mil médicos dispersos pelo mundo, sendo brasileiros e estrangeiros. A partir do momento em que há a necessidade de uma prescrição, a plataforma transfere todo o prontuário eletrônico, preenchido on-line e em tempo real”.
Após o paciente passar pelo atendimento do médico brasileiro, o profissional estrangeiro se encontra em retaguarda pela Viver Bem para ver se é possível com apenas o prontuário eletrônico emitir o parecer de segunda opinião e validar a prescrição do medicamento.
Também existe a possibilidade do indivíduo passar novamente por uma teleconsulta a fim de que o especialista possa tirar alguma dúvida. Segundo o especialista em tecnologia, a transparência é um dos pilares da plataforma com cinco anos de desenvolvimento.
Plano assistencial
Caso esteja pensando nas situações em que precisa de consulta presencial, Mario pondera: “O nosso foco é demanda primária e secundária, mas temos uma rede parceiros também bastante desenvolvida a fim de direcionar o paciente”.
A plataforma não trata emergências com risco de morte devido existir mecanismos específicos. Ao elaborar o programa, Mario se preocupou em dar uma cobertura maior ao tópico falecimento: “Nos Estados Unidos, familiares precisam desembolsar em torno de US$ 15 a US$ 30 mil para um sepultamento”.
“Imagine o brasileiro que, muitas vezes, está nesse país, às vezes, sem os seus familiares e não tem essa reserva para fazer a repatriação sanitária que é um desejo dessa pessoa falecida. Pensamos nesse sentido também”, garante o visionário.
Ao projetar o Viver Bem, Mario levou em consideração oferecer “dignidade até nos momentos mais difíceis”. O especialista em comunicação tecnológica descreve a iniciativa como “seguro” e “assistência”.
Dentro do plano está incluso toda a parte de telemedicina ilimitada por 24 horas por dia, sete dias por semana. Médicos com atendimentos primários e especialistas, todos de forma on-line e real-time, com prescrição no país se for a vontade dele. Caso tenha a necessidade, poderá desfrutar de oito sessões de telepsicologia por mês. “Tudo embutido dentro desse plano único”, garante o paulista, expert em tecnologia.
Futuro
Grande parte dos indivíduos espalhados pelo mundo não têm acesso à saúde tradicional do país em que está, seja pela própria condição, seja por custo, razão para Mario não querer que a plataforma foque apenas nos brasileiros vivendo nos Estados Unidos.
O próximo passo do Viver Bem é cruzar o Oceano Atlântico rumo a Portugal. “Estamos inclusive em fase final de validação da rede médica para prover essa retaguarda”, revela. O empresário mira outras comunidades negligenciadas, a exemplo dos haitianos e hispânicos.
De acordo com Mario Mendes Jr., o Governo dos Estados Unidos vê a iniciativa como “um conjunto de soluções” para um dos problemas enfrentados pela comunidade brasileira no país norte-americano. “Desafoga muito do que o sistema hoje é carregado”, declara.
Na avaliação do visionário, lançar a plataforma nos EUA possibilita tornar o “projeto global” por dispor do acesso à melhor tecnologia e facilidades de grandes conexões.
Coincidências no caminho
O Viver Bem não é o primeiro projeto de Mario voltado à área da saúde. O start dele no segmento começou ao atingir a maioridade e um tanto quanto distante do solo brasileiro, mas sim na Angola. Embora pareça coincidência, a conexão do especialista em tecnologia com o continente africano teve início bem antes de desembarcar no país, aos 18 anos. Ao contar a própria história, o paulista analisa que o caminho a ser percorrido já estava desenhado desde a infância.
Enquanto o pai de Mario se dedicava aos negócios — como usinagem, ferragens e, depois, com a produção de balanças de pesagens pesadas —, a mãe dele ficou responsável pelos cuidados do lar e com a educação dos filhos.
Na entrevista, o empresário lembrou de ter sido alfabetizado, aos 6 anos, com um livro com a temática África e com “figuras legais”. Entretanto, o momento de aprendizagem com a obra fixou na mente do menino devido a palavra abundância e a imagem de uma “mãe africana fazendo alimentos no chão”.
Mario chegou a trabalhar com o pai e, em seguida, foi estudar processamento de dados. Ele acompanhou de perto o “nascimento” da internet no Brasil. Quando passou a trabalhar com programação, o jovem paulista “caiu dentro do Hospital Israelita Albert Einstein”, em São Paulo. Na ocasião, atuou na manutenção de equipamentos eletromédicos e de equipamentos de informática dos mais variados possíveis. “Fiquei bom nisso”, recorda.
Reviravolta na vida
À época, em meados de 2000, o Albert Einstein havia começado a vender consultorias dos renomados profissionais. “Eles viraram grandes consultores de tecnologia para saúde no mundo e o hospital foi responsável por levar todo o processo para um outro em Angola. Era a Clínica Girassol, que estava para ser construída. Um grande hospital com 300 leitos e duas medicinas nucleares”, rememora.
Aos 18 anos, Mario recebeu o convite para participar do projeto na Angola com alguns territórios em guerra. Até então, ele nunca havia pisado fora de terras brasileiras, inclusive, antes da convocação, ficou na expectativa e sofreu com a síndrome de inferioridade.
“Achava que não iam me chamar com tanta gente boa por aí e eu não era nada”, relembra. Mas o paulista sentiu tanta vontade de ir a ponto de “pedir para Deus”: “Foi a primeira vez que eu coloquei os joelhos no chão na minha vida e pedi essa oportunidade”.
Passada uma semana, o médico responsável pela missão em Angola convidou Mario Mendes Jr. Quando transitou pelo Aeroporto de Johanesburgo rumo à capital angolana de Luanda, o visionário teve uma realidade do que é o mundo. “Foi um choque ver tanta diversidade cultural. Eu só tinha a visão do Ocidente”, sustenta. Ao chegar no lugar em que seria construída a clínica, o brasileiro ficou abismado.
“Ali eu tive certeza e falei: ‘Esse é meu lugar’”, recapitula. O centro de saúde na Angola foi construído para a alta elite africana como forma desse grupo social se sentir confortável e as empresas enviarem ilustres executivos. Com 15 dias no país, Mario se deparou com um desafio que mudou toda a sua vida. Ele deveria trabalhar com prontuários eletrônicos, sistemas e tecnologias, mas aconteceu o contrário. O brasileiro acabou desenvolvendo um projeto premiadíssimo.
Em 2000, uma bolsa de sangue processada na Angola custava em torno de US$ 450, o correspondente a R$ 2,2 mil em cotação atual. No entanto, grande parte do material, no caso, 80% era perdido por conta da coagulação causada pela falta de controle de refrigeração durante o transporte. Conforme explica o expert em tecnologia, o país ficava sem os suplementos sanguíneos e, consequentemente, também havia perda financeira de milhões. A missão de Mario foi desenvolver algo a fim de cessar os prejuízos.
Projeto premiado
Ao saber que o hospital tinha uma adega climatizada, o profissional abriu o equipamento inteiro e descobriu a existência de umas “plaquinhas”, responsáveis pela refrigeração. Pensando no que desenvolver, Mario pegou uma bateria de moto e fez um circuito para controle de temperatura. Em seguida, foi a vez de usar uma caixa invicta e colocar os utensílios já manuseados com a finalidade de fazer um teste. Eis que o sangue não coagulou ao longo do trajeto de Luanda para Ruanda, com 1 mil quilômetro de distância.
Quando o expert em tecnologia percebeu ter elaborado um “negócio interessante”, Mario optou por melhorar a caixa e fazer outros testes: “Jogamos de cima do hospital para ver se as placas soltavam, não descolou”. Eis que o visionário brasileiro desenvolveu a primeira caixa para transporte de hemocomponentes do planeta com controle de refrigeração.
O projeto não só se tornou uma empresa, como também contribuiu com a criação da caixa para transporte de órgãos com temperatura ideal. “Fizemos um processo de gestão logística e sanitária com um padrão internacional até hoje utilizado no mundo inteiro”, salienta.
Inteligência artificial
Incansável, Mário criou em 2017 o Dr. Wilson, premiado assistente virtual com inteligência artificial que integra milhões de frases conversadas. Conforme elucida o empresário da comunicação, o robô é um poderoso orquestrador tecnológico com o objetivo de apoiar comunidades na prevenção e cuidados de mais de 700 doenças, em geral as que mais matam no mundo. A primeira implantação do “androide” ocorreu na Angola. Depois, chegou em outros países, como Haiti, Moçambique e Quênia.
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