Conheça a história de luta da nova marquesa de Bath, vítima de racismo
Emma Weymouth é casada com Ceawlin Thynn, marquês de Bath. Mãe de dois filhos, ela é modelo, colaboradora da Vogue e administra um safári
atualizado
Compartilhar notícia
Não foi só Meghan Markle que enfrentou comentários racistas antes de entrar para a realeza. Primeira marquesa negra da história britânica, Emma Weymouth sentiu na pele o preconceito da mãe do próprio marido, Ceawlin Thynn, o oitavo marquês de Bath. Ao lado da mulher, ele precisou assumir o posto quando seu pai, Alexander Thynn (conhecido como Lord Bath), morreu aos 87 anos vítima de coronavírus em abril.
Com Ceawlin sucedendo o pai no título aristocrático, Emma tornou-se marquesa, embora sempre tenha transitado no universo glamouroso de Londres, cidade onde nasceu. Ela é filha do nigeriano magnata do petróleo Oladipo Jadesimi e da socialite britânica Suzanna McQuiston.
Atualmente com 34 anos, Emma acumula diversos ofícios. Considerada uma das socialites mais admiradas do Reino Unido, ela atuou como modelo da Dolce & Gabbana, comanda um site de lifestyle, organiza eventos majestosos, além de ser colaboradora da Vogue britânica. Uma cozinheira de mão cheia, a marquesa se aventura na cozinha com frequência.
“Sempre gostei de divertir e criar experiências culinárias para outras pessoas”, escreveu a personalidade em seu site. Outra paixão de Emma é a dança, motivo para entrar no time de estrelas do Strictly Come Dancing, em 2019. O reality show da BBC é um dos favoritos da duquesa de Cambridge, Kate Middleton.
Discriminação
A marquesa de Bath conheceu o futuro marido aos 4 anos quando era dama de honra em um enlace matrimonial. Meio-irmão de Emma, Iain McQuiston casou-se com a tia de Ceawlin, Lady Silvy. Em entrevista à Tatler em 2013, ela contou que sempre via o futuro marido em reuniões familiares na Páscoa e no Natal. Com diferença de 12 anos entre eles, o amor só surgiu décadas depois.
O clima de romance contagiou Emma e Ceawlin quando se encontraram no restaurante luxuoso Soho House, em Londres. Após o namoro, eles anunciaram o noivado em 2012 e, em junho do ano seguinte, casaram-se em Longleat House, palácio do clã Thynn, em Wiltshire.
O dia de subir ao altar foi marcado por tensões familiares. Pai do noivo, Lord Bath boicotou o casamento após brigar com o filho devido a mudanças feitas na propriedade. Ceawlin baniu a mãe da cerimônia, Anna Thynn, por conta de comentários racistas feitos à Emma. Segundo o DailyMail, a matriarca se opôs à escolha e chegou a questioná-lo: “Você tem certeza do que está fazendo com os 400 anos de linhagem?”.
Para evitar que a mãe atrapalhasse o casamento, Ceawlin colocou seguranças na entrada do palácio. À época, os marqueses de Bath, Alexander e Anna Thynn negaram os acontecimentos, posteriormente confirmados por Suzanna McQuiston. A mãe da noiva concedeu uma entrevista ao DailyMail em 2015. Na conversa, a socialite disse que a filha sofreu racismo, esnobismo e chegou a ser intimidada em algumas situações.
“Por que alguém diria uma coisa dessas se não fosse racista? Ela teria dito isso sobre uma garota branca? Anna é simplesmente horrível. E ela é húngara, pelo amor de Deus. Somos mais britânicos do que ela”, contou Suzanna na entrevista em referência à fala da marquesa sobre prejudicar a linhagem Thynn. Devido às críticas, Anna ficou proibida de ver os netos.
Vida
Do relacionamento de Emma e Ceawlin nasceram dois frutos, John Alexander Ladi Thynn e Henry Richard Isaac Thynn. O casal teve o segundo filho por meio de uma barriga de aluguel. Atualmente, a família vive em Longleat House, imponente mansão com 130 cômodos. Na casa, há portas secretas escondidas atrás de estantes de livros, de acordo com o site norte-americano especializado em alta sociedade Guest of a Guest.
Mas não é só isso que chama atenção na propriedade com mais de 3 mil hectares. Administrado por Ceawlin desde 2010, o local ficou famoso por ter um parque de safári e santuário com mais de 500 animais, criado pelo avó de Ceawlin. Quando não está cuidando dos filhos ou diante dos holofotes, Emma assume o papel de alimentar algumas espécies.
Em um vídeo da revista britânica Hello!, Emma faz carinho em um coala, brinca com lêmures e alimenta uma girafa. Na entrevista à publicação, a marquesa revelou que a tarefa mais prazerosa é dar um banho de lama nos rinocerontes do santuário animal. Ela também ajudado em um programa de conservação para pandas-vermelhos ameaçados de extinção, conforme explicou à Vogue.
Na rotina da marquesa, ainda há espaço para a prática de atividade física matinal. “Eu geralmente acordo por volta das 6h45. Começo o dia com treinamento feito em intervalos ou minha bicicleta”, disse ao jornal The Daily Telegraph.
Confira um pouco do safári no vídeo abaixo:
Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.