Conheça a bebida que ajuda na saúde imunológica e do intestino
A nutricionista Leticia Gasparetto conta os benefícios da bebida para a saúde, as formas de consumi-la e as contraindicações. Veja!
atualizado
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O kombucha é uma bebida de origem chinesa feita à base de chá, açúcar e cultura simbiótica de bactérias e leveduras (SCOBY, em inglês). Ele vem se popularizando por oferecer benefícios ao equilíbrio da flora intestinal, ajudando a melhorar a saúde do intestino e a fortalecer o sistema imunológico.
A nutricionista Leticia Gasparetto conta que, por meio do processo metabólico, o líquido transforma a cafeína e o açúcar em probióticos. Após a fermentação, vira um líquido abundante em nutrientes naturais.
“Por ser fermentando a partir de chás — pode ser preto, verde ou mate — o kombucha é rico em compostos bioativos, como antioxidantes e anti-inflamatórios, além de vitaminas e minerais. Associados a uma alimentação saudável e redução no consumo de produtos industrializados, são boas opções para regular o trânsito intestinal e reequilibrar a microbiota, o que favorece também o sistema imunológico”, explica.
Pode ser encontrado pronto em lojas de produtos naturais e de nutrição, no sabor tradicional ou em variações de frutas e especiarias.
“O SCOBY, responsável pela fermentação, pode ser encontrado em sites na internet. Como a cada fermentação uma nova cultura simbiótica de bactérias e leveduras é formada, os consumidores de kombucha costumam doar para outras pessoas que desejem fazê-la em casa”, pontua a especialista em endometriose e nutrição clínica e esportiva.
Formas de consumo
Leticia afirma que não existe um regra definida para consumi-lo. Pode ser ingerido no café da manhã, nos lanches e também como energético natural antes ou depois de atividades físicas. “O ideal é tomar bem gelado, para realçar o sabor e ficar mais refrescante”, aconselha.
Mas ela recomenda comprar o kombucha pronto por questão de segurança envolvendo higiene. “Para fazer em casa é preciso receber a doação da cepa (a colônia de bactérias e levedura) e tomar todos os cuidados necessários, seguindo as orientações do local e do tempo de fermentação, assim como as precauções com a higienização do local e dos utensílios.”
Como é fermentada a partir de chá mate, preto ou verde, a bebida contém cafeína e o consumo exagerado deve ser evitado. “Ele pode afetar pessoas mais sensíveis a esse estimulante, causando ou agravando sintomas de ansiedade, agitação, estresse e insônia”, alerta Gasparetto.
Além disso, a expert revela que o kombucha pode atingir concentrações superiores a 0,5% de teor alcoólico e, embora não traga problemas a maioria das pessoas, alguns grupos devem ficar atentos.
“Gestantes; menores de 18 anos; pessoas que tenham hipertensão, doenças hepáticas, câncer, transtornos psiquiátricos; ou que fazem uso contínuo de medicamentos… O consumo, nesses casos, é contraindicado, já que a recomendação para esses grupos é de álcool zero”.
Contraindicações
O kombucha deve ser evitado pelos diabéticos, por causa do açúcar presente. “Mesmo que a maior parte seja consumida pelas leveduras e bactérias, o resultado final da bebida ainda apresenta níveis de açúcares, além de outros ingredientes que podem ser adicionados ao final do preparo”, salienta a nutricionista.
Além da quantidade de álcool, as gravidades não são aconselhadas a consumi-lo devido ao alto risco de contaminação por bactérias prejudiciais ao corpo. ” O preparo inadequado da kombucha pode possibilitar a contaminação por bactérias e fungos nocivos à saúde, além de que os chás utilizados para o preparo podem ter potencial efeito abortivo”, alerta Gasparetto.
Por fim, pessoas com distensão abdominal ou que sofrem com a Síndrome do Intestino Irritável devem evitar ou consumir com moderação, pois o líquido ser gaseificado apresenta compostos que podem causar irritação intestinal.
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