Confira sete lições de sustentabilidade aprendidas durante a COP26
Embora o evento tenha sido encerrado em Glasgow, há quem diga que o pacto climático esteja longe de ser unanimidade. Confira sete lições
atualizado
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No início do mês, a coluna Claudia Meireles orientou os leitores a colaborarem com a batalha contra o aquecimento global. A pauta veio à tona com a 26ª Conferência do Clima (COP26), ocorrida em Glasgow, na Escócia. Durante o evento, líderes de potências mundiais se encontraram para traçar medidas a fim de combater as mudanças climáticas.
Um grupo de 196 países assinou o texto final da conferência, com previsão inédita de redução gradativa dos subsídios aos combustíveis fósseis e do uso do carvão. O documento avança em medidas que podem ajudar o planeta a ampliar as promessas de cortes de emissão dos gases de efeito estufa.
Embora o evento tenha sido encerrado em Glasgow, há quem diga que o pacto climático esteja longe de ser unanimidade. O texto só foi aprovado depois de entraves que estenderam o fechamento da versão final do acordo, com mais de um dia de atraso e muitas ressalvas de países em desenvolvimento. Diante desse cenário, podemos aprender alguns ensinamentos sobre responsabilidade climática.
Confira sete lições que a COP26 pode nos ensinar, segundo a edição britânica da Vogue:
1 – Os eventos atuais não são bons o bastante
De acordo com o portal, apesar da grandiosidade da Conferência do Clima e de sua capacidade de reunir líderes de potências mundiais, as metas de emissão atualmente estabelecidas não são boas o suficiente para manter o aquecimento global em 1,5 °C, alvo estabelecido no Acordo de Paris.
Um relatório alarmante divulgado pelo Climate Action Tracker mostrou que o mundo está a caminho de atingir 2,4 °C de aquecimento até 2100, apontando o quão longe temos de ir para amenizar os impactos das mudanças climáticas.
2 – A indústria da beleza precisa combater o greenwashing
A expressão greenwashing significa “maquiagem verde”, e se trata da ação de marcas para criar uma aparência de sustentabilidade para si, mas não aplicar essas ideias na prática. Empresas que apresentam produtos com selos “eco”, mas não especificam se o significado do termo se refere à “ecologia”, e aquelas que se utilizam de expressões como “amiga da natureza”, mas não explicam como a marca age para tal, são alguns exemplos.
Além da moda, a indústria da beleza firma seu papel na questão do greenwashing. O Sustainable Beauty Coalition, formado e financiado pelo British Beauty Council, é um guia para ajudar a resolver o enigma. A recomendação foi lançada para auxiliar os consumidores a navegarem pelo mundo da beleza sustentável sem que caiam em enganos, como os termos “natural”, “orgânico”, “vegano” ou “livre de crueldade”.
3 – O evento reuniu rostos famosos, mas quem realmente merece atenção são os ativistas
Leonardo DiCaprio, Emma Watson e membros da realeza compareceram à COP26. Contudo, jovens ativistas que estavam presentes na conferência merecem os aplausos. Thunberg, Vanessa Nakate, Mikaela Loach, Xiye Bastida e Emi Mahmoud são alguns dos nomes.
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Segundo a Vogue britânica, dezenas de milhares de jovens foram às ruas em Glasgow, durante o encontro, pedindo uma ação climática radical dos líderes mundiais antes que seja tarde demais.
4 – Criatividade e colaboração são grandes ferramentas
Além dos debates a respeito da limitação das emissões de gases de efeito estufa, outros dois temas foram abordados na conferência: criatividade e colaboração. Em um painel de discussão sobre o sucesso climático, a diretora criativa da Chloé, Gabriela Hearst; o chef e proprietário do restaurante Eleven Madison Park, Daniel Humm; e o artista e fundador do centro cultural Pioneer Works, Dustin Yellin, falaram sobre a importância de compartilhar conhecimento entre diferentes setores, bem como imaginar um futuro melhor para o planeta.
5 – Justiça climática deve existir
Os ativistas participantes pediram que as nações mais ricas, responsáveis pela maioria das emissões de gases do efeito estufa, paguem pelas perdas causadas aos países mais pobres que já estão sentindo os efeitos da mudança climática.
Até hoje, o acordo da COP26 se compromete apenas com um diálogo sobre esses danos, enquanto os US$ 100 bilhões (quase R$ 550 bilhões) em financiamento climático prometidos aos países em desenvolvimento até 2020 ainda não foram cumpridos.
6 – A moda tem papel crucial
A moda foi um assunto muito comentado durante a 26ª Conferência do Clima, de tal maneira que foi anunciada a nova e aprimorada Carta da Moda das Nações Unidas. O texto vê, por exemplo, as marcas se comprometendo a reduzir suas emissões pela metade até 2030.
O príncipe Charles e o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se pronunciaram por mensagem de vídeo a respeito do papel da moda no combate à crise climática.
7 – Ainda há muito o que fazer
Embora as últimas semanas tenham rendido toda uma discussão a respeito das mudanças climáticas, um grande e custoso trabalho ainda está por vir. Há uma necessidade de os países reduzirem suas emissões, abandonarem os combustíveis fósseis e apoiarem aqueles que já sofrem com o impacto da crise climática.
Clique neste link para conhecer ações diárias que ajudam no combate ao aquecimento global.
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