Como protesto, artista venderá livro de Harry com sangue de afegãos
A nova criação de Andrei Molodkin foi concebida após Harry dizer que matou 25 pessoas no Afeganistão. As obras terão valor exorbitante
atualizado
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Cópias de Spare, o livro de memórias do príncipe Harry, com sangue de doadores afegãos serão colocadas à venda como parte de uma exibição de arte de Andrei Molodkin. A ideia veio após o duque de Sussex revelar ter matado 25 pessoas no Afeganistão, à época em que servia ao Exército britânico.
O artista russo planeja colocar suas versões alternativas da obra em exibição em uma loja em Windsor, na Inglaterra, a partir deste sábado (8/4). A expectativa é de que os itens comecem a ser vendidos em 2 de maio, quatro dias antes da coroação de Charles III. Mas, ao contrário da edição normal, que custa R$ 195, os exemplares de Molodkin estarão disponíveis pelo exorbitante valor de 8 mil libras, o equivalente a R$ 50 mil.
Segundo o Express, o dinheiro arrecadado pelo artista será doado a instituições de caridade que ajudam o povo afegão.
Em comunicado, o artista radicado na França declarou ter batizado as peças de “Dinheiro de Sangue” como um protesto contra a participação do filho caçula do rei Charles na guerra. “O príncipe Harry se vangloria de matar pessoas no Talibã como se fossem bandidos em um videogame, diminuindo a vida humana e depois lucrando com a triste história para vender livros sobre seu consumo excessivo de drogas, façanhas sexuais e conquistas assassinas”, disse.
Andrei contou, ainda, que o sangue usado por ele veio de doadores afegãos da França e do Reino Unido. O fluido foi coletado por uma enfermeira e mantido em baixa temperatura antes de ser “bombeado” para as obras de arte.
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