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Como mães estão lidando com os filhos em tempo de coronavírus

Tamara Gontijo Rudge, Duda Portella Amorim e Valéria Bittar compartilham seus anseios e sentimentos após darem à luz

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Valeria Bittar, Tamara Rudge e Duda Portella
1 de 1 Valeria Bittar, Tamara Rudge e Duda Portella - Foto: Reprodução/Metrópoles

Apesar da pandemia de coronavírus amedrontar pessoas no mundo inteiro, mães de crianças pequenas se recolhem em casa e lidam com a quarentena de uma forma mais “doce”, dentro das possibilidades. Vivem uma maternidade mais íntima e quieta. O amor materno não esfria, portanto, os cuidados com os pequenos herdeiros foram redobrados. Algumas práticas tiveram que ser alteradas na rotina de quem enfrenta o puerpério e os desafiadores primeiros meses de vida de um bebê.

O medo do mundo afora fez com que famílias se recolhessem em casa, respeitando a quarentena. Proteger-se tornou-se quase uma obrigação, e virou sinônimo de solidariedade e amor.

Tamara Gontijo Rudge

Tamara Gontijo Rudge teve o terceiro filho, Henrique José, há cerca de um mês, em São Paulo. A brasiliense, casada com José Rudge Filho desde 2010, deu à luz o caçula em plena crise no Brasil, logo início dos decretos de quarentena, no dia 17 de março.

“A Covid-19 afetou diretamente o meu pós-parto. Minha família, pela primeira vez, não pôde assistir ao nascimento, pois mora em Brasília. No primeiro dia, recebi apenas meus filhos e sogros. No segundo dia, o Hospital Albert Einstein já havia proibido toda e qualquer visita”, revela.

Ela conta à coluna Claudia Meireles que, mesmo a cesárea sendo uma cirurgia que exige cuidados especiais, recebeu alta 48 horas após o parto. Um choque, pois no nascimento dos outros filhos havia permanecido no hospital por pelo menos três dias.

Henrique José Rudge
Henrique José Rudge

O medo de sair de casa fez com que Tamara resolvesse as pendências pelo celular. “Não fui em nenhum retorno médico, nem no pediatra, nem na obstetra. Comprei uma balança de recém-nascido. Peso meu filho e falo com o pediatra pelo WhatsApp”, afirma.

Outro fato bastante curioso é a forma como os papais batizaram Henrique José: pelo Facetime. O bispo que faria a bênção teve que se isolar e por esse motivo realizou a cerimônia via chamada de vídeo. “Sempre batizo meus filhos no segundo dia de nascimento no hospital. Dessa vez, fizemos isso em casa, no quinto dia”, diz.

“Cada dia é único. Em alguns, acordo com medo e ansiosa. Noutros, superotimista. Todos os dias, porém, levanto da cama muito grata. Tenho saúde e o privilégio de poder ficar em casa, com conforto, comida e segurança. Infelizmente, sei que poucas pessoas no Brasil têm a mesma sorte”

Tamara Gontijo Rudge

Cuidados extras entraram para a rotina da brasiliense, que também é mãe de Maria Sofia e Antônio José. As compras, por exemplo, passaram a ser higienizadas com álcool.

Tamara Rudge Gontijo
Tamara Rudge Gontijo

Em relação à Covid-19, Tamara Gontijo explica que tem tentado não pensar muito no assunto. Entretanto, para ela, a doença ensinou ao ser humano que “tudo, realmente, pode mudar de uma hora para outra. Sempre pensamos isso, mas agora estamos vivendo na pele.”

Ela acrescenta que a situação fez com que valorizasse mais o trabalho dos professores. “‘Home school é um desafio!”, desabafa.

Duda Portella Amorim

Duda Portella Amorim lida com a mesma situação. A influencer mineira que adotou Brasília como casa trouxe Joaquim ao mundo no dia 19 de março. “A pandemia me deixou ansiosa e receosa com a chegada dele em meio ao caos. Mas não antecipei o parto, mantive minha fé e calma de que iria dar tudo certo”, alega.

Duda Portella Amorim e Joaquim
Duda Portella Amorim e Joaquim

O caçula veio trazer mais amor à família Amorim. O papai Juliano, a mamãe Duda e o pequeno João Guilherme, de 1 ano, estão felizes com a chegada do novo integrante.

Juliano Amorim, João Guilherme e Duda Portella
Juliano Amorim, João Guilherme e Duda Portella

“Tudo isso tem um propósito muito maior. Com informação correta, internalizando e focando na maternidade e nos meus filhos, sinto uma paz grande. Evito ver os noticiários constantemente e ajudo alguns projetos e instituições destinados aos profissionais de saúde”

Duda Portella Amorim

Duda Portella deu férias aos funcionários que operam em seu lar. Agora, conta com auxílio do marido e da mãe. “Isso me ajuda muito nesse momento pós-parto, e é super importante para a puérpera estar com um grupo de apoio de pessoas que gosta em volta”, ressalta.

A loira ainda frisa a colaboração que tem recebido do motorista, Francisco, que deu assistência, inclusive, na hora de levá-la ao quarto do hospital no dia do parto. “Ele está conosco há muitos anos e é como se fosse da família”, destaca.

Embora as circunstâncias sejam adversárias, Duda Portella Amorim acredita no propósito da união e da conscientização. “Estou otimista e sei que logo tudo vai passar. Não vejo a hora de ver tudo voltar muito melhor do que era. Sairemos todos diferentes”, celebra.

Valéria Bittar

No dia 22 deste mês, Paulo Henrique, primogênito de Valéria Bittar e Paulo Renato Roriz, completará 1 ano. O novo integrante do clã Bittar-Roriz é a alegria da casa. A mamãe, contudo, presume que a maternidade é a função mais privilegiada durante o isolamento social.

“Sem poder sair de casa para trabalhar, a família acaba se aproximando. Não posso reclamar desse tempo que estou tendo ao lado do meu filho e de poder acompanhar de pertinho o seu crescimento”, reflete.

Para se distrair e poder usufruir melhor da quarentena, a advogada procura acompanhar exercícios ministrados em lives, no Instagram. Mas admite que o humor varia. “Tem dias que acordo mais triste e ansiosa, pois não sabemos quando isso vai passar. Na grande maioria dos dias, contudo, acordo grata e feliz pela saúde da minha família”, conta.

Paulo Henrique, Valéria Bittar e Paulo Roriz
Paulo Henrique, Valéria Bittar e Paulo Roriz

Na luta contra qualquer transmissão da Covid-19, Valéria reforçou a atenção no ambiente em que vive: além de sempre lavar as mãos, protege o lar com muito álcool em gel.

Para a advogada, o novo coronavírus tem trazido reflexões abundantes. “A gente repensa a maneira de levar a vida, de usar o tempo com mais qualidade, de pensar como as nossas atitudes podem prejudicar o outro, a se reinventar e aprender coisas novas. Quando tudo passar, vamos ver que será uma fase muito dura, mas, com certeza, trará muita coisa positiva”, manifesta.

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.

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