Claudia Salomão recebe pequeno grupo em exposição de José Bechara
Ao lado de Lucio Albuquerque, sócio da galeria Casa Albuquerque, e da diretora Luiza Vaz, a RP apresentou detalhes da mostra Os meios dias
atualizado
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Na tarde da última quinta-feira (1º/7), a RP Claudia Salomão convidou um grupo de mulheres para visitar a exposição Os meios dias, de José Bechara. As obras do artista carioca estarão disponíveis até o dia 24 de julho na galeria Casa Albuquerque, na QI 5 do Lago Sul. “Eu já conhecia o trabalho dele de exposições, museus e feiras de arte. Mas esta é a primeira vez que estou em contato com o detalhamento da obra desse artista”, diz Claudia à coluna.
“Meu objetivo é ter um José Bechara em casa. Admiro muito a geração dos anos 1980, da qual ele faz parte. Ele é um autor muito valorizado fora do país, então creio que é um grande investimento’’, declara a relações-públicas, que estuda História da Arte há oito anos e tem apreço por arte contemporânea.
Ao entrarem pela ampla galeria Casa Albuquerque, as convidadas de Claudia Salomão foram recebidas não somente por ela, mas também por Lucio Albuquerque, sócio do espaço, e Luiza Vaz, diretora de vendas e relacionamento da galeria brasiliense. Eles apresentaram os detalhes das obras expostas e contaram sobre a trajetória do artista em questão.
Luiza conta que a mostra estava prevista para ser exibida em maio do ano passado, especificamente na abertura da galeria na capital federal. Devido à pandemia de coronavírus, o calendário foi suspenso. Bechara, portanto, iniciou a produção de novas pinturas durante o período de isolamento, as quais passaram a integrar a coleção e o fizeram chegar ao projeto atual.
“Algo muito particular do trabalho do artista é o suporte. Em vez de serem usados tecidos nobres, como o linho, ele aproveita a lona de caminhões. Bechara opta por lonas usadas, que possuem marcas ou remendos. Ele não só mantém isso, como evidencia, pois quer um material que já tem história, algo com um registro anterior”, explica Luiza Vaz.
Outra faceta que chama atenção é a utilização não somente das tintas na pintura, como também das oxidações de ferro e cobre, característica muito marcante do trabalho de Bechara.
Significado
O título Os meios dias remete tanto à percepção cronológica, alterada pela mudança radical de rotina imposta pela pandemia, quanto ao horário em que o artista passou a se perceber mais produtivo em seu ateliê: às 12h. Para Bechara, os dias pareceram ter sido reduzidos, se muito, à metade.
O sol no meio do céu passou a coincidir com o ápice da potência criativa de Bechara, mas deixou de ser um marcador útil do intervalo de tempo a partir do qual nossas vidas são pautadas: o dia se esvaziou de sentido. Mesmo aos meios-dias, sombras, impossíveis na prática, faziam-se presentes em toda parte, segundo o entendimento do artista.
Sobre o artista
Com formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, cidade onde trabalha e reside, José Bechara é hoje um dos mais relevantes artistas contemporâneos brasileiros. Sua pesquisa, iniciada há décadas, envolve elementos pelos quais se tornou notório: as lonas de caminhão que usa como suporte e nas quais intervém com oxidação de emulsões metálicas de ferro e cobre oferecem um resultado visual intrigante, que parece materializar a combinação de alquimia, força e poesia.
Suas obras figuram em importantes coleções particulares e públicas, como a do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Coleção Gilberto Chateaubriand; a da Pinacoteca do Estado de São Paulo; a do Centre Pompidou, na França; a do Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Coleção João Sattamini; a do Instituto Itaú Cultural; a do Ludwig Museum, na Alemanha; a do Museu da Universidade do Arizona e da Ella Fontanal Cisneros, ambas nos Estados Unidos, entre outras.
A galeria
A Casa Albuquerque Galeria de Arte tem suas origens em Belo Horizonte como uma extensão do trabalho pioneiro da galerista Celma Albuquerque, fundadora da reconhecida galeria de arte que leva seu nome. Atuando há mais de 30 anos no mercado de arte brasileiro e à frente em ambas as galerias, os irmãos e sócios Flavia Albuquerque e Lucio Albuquerque dão prosseguimento ao legado de sua mãe neste novo empreendimento no Distrito Federal.
A galeria vem movimentando o mercado de arte local, com a realização de exposições individuais e coletivas, além de oferecer o que há de mais pungente na produção da arte contemporânea brasileira, em seu diversificado acervo, composto por trabalhos de Amilcar de Castro, Eduardo Sued, Gabriela Machado, José Bechara, José Bento, Leda Catunda, Nazareno, Nuno Ramos, Pedro Motta, Siron Franco, Waltercio Caldas, entre outros nomes.
Para conhecer o trabalho de José Bechara, basta comparecer à galeria até o dia 24 de julho, de segunda a sexta, das 10h às 19h, e, aos sábados, das 10h às 13h. Caso tenha interesse em visitas mediadas para grupos de até 10 pessoas (marcadas para terças e quintas-feiras às 17h), é necessário fazer agendamento prévio pelo telefone (61) 99885-1030.
Veja os cliques do encontro:
Serviço
Casa Albuquerque Galeria de Arte (SHIS QI 5, Bl. C, lj. 9, sobreloja, Lago Sul – Brasília)
61 99885-1030
www.galeriaca.com | @casa_albuquerque
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