Claudia Salomão e Casa do Candango recebem ação Uma Sinfonia Diferente
O projeto Uma Sinfonia Diferente é liderado por Ana Carolina Steinkopf. A iniciativa musical atende crianças e adolescentes autistas
atualizado
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A solidariedade é um dos sentimentos que move os brasilienses, em especial a relações-públicas Claudia Salomão. Ela recebeu um convite irrecusável de Isabela Gontijo para ajudar o projeto social Uma Sinfonia Diferente, fundado e comandado por Ana Carolina Steinkopf. A RP teve a ideia de reunir convidadas, na tarde dessa quarta-feira (14/6), na Casa do Candango, instituição presidida por Margarida Kalil.
Em 2015, Carol criou a iniciativa musical voltada a auxiliar o desenvolvimento comunicativo e de socialização de crianças e adolescentes autistas. A ação cresceu tanto que a musicoterapeuta precisa de incentivo para dar continuidade ao belíssimo projeto. Quando soube da atuação do “Sinfonia” por meio de Isabela, a relações-públicas teve um insight.
“Eu estava viajando e recebi um telefonema da Bela falando que precisava de uma colaboração minha. Ela queria ajudar a professora de música do filho que tem um projeto muito bacana para crianças autistas. Na viagem, eu disse: ‘Vamos fazer sim, deixa só eu voltar’. Eu pedi as informações, o telefone da Carol e já entrei em contato”, relatou a RP à Coluna Claudia Meireles.
A RP pensou no espaço do pátio da Casa do Candango para fazer o evento. Em seguida, conversou com a presidente da instituição, Margarida Kalil, que deu o aval. Claudia, então, convidou 50 mulheres envolvidas com filantropia e que não medem esforços em exercer a bondade. Atualmente, 70 famílias, com uma criança ou adolescente autista, são atendidas.
Segundo Claudia Salomão, o objetivo era que cada convidada adotasse uma criança “da maneira que cabe no bolso de cada uma”. Quem não pôde estar presente no evento, pediu para contribuir por meio de um envelope. Carol só dispõe do espaço para acolher as crianças ao longo de todo um dia. Nas atividades, a musicoterapeuta tem despesas com alimentação e o material, no caso, instrumentos musicais.
A relações-públicas lembrou de um bate-papo com a fundadora do Uma Sinfonia Diferente: “Eu falei: ‘Carol, o que você precisa?’ Ela respondeu: ‘Que adotem as crianças. O projeto cresceu muito e eu não tenho como, porque elas passam o dia lá'”. O encontro dos alunos com a especialista em musicoterapia neurológica ocorre às terças-feiras.
“Sempre uma vez por semana, durante uma hora. Tem programas externos, piqueniques e fazemos apresentações, além dos ensaios semanais. Os pais participam das sessões para aprenderem como estamos manejando o comportamento das crianças e o que ensinamos para continuarem em casa”, explicou Ana Carolina Steinkopf.
De acordo com a expert, os pais precisam aprender sobre o processo de socialização das crianças e adolescentes autistas para que possam colocar em prática em atividades externas, a exemplo de quando vão ao parquinho. “Chega de não poder ir ao shopping e de não poder ficar no brinquedo”, reiterou Carol.
A fundadora do Uma Sinfonia Diferente destacou alguns pontos de como funciona a iniciativa: “O programa tem duração de um ano. Começa, mais ou menos, em janeiro e termina no final de novembro ou dezembro, quando fazemos uma apresentação musical para a comunidade ver que pessoas autistas são muito mais do que um diagnóstico, são capazes de estar em cima do palco, apresentando e mostrando as habilidades”.
O projeto Uma Sinfonia Diferente “nasceu” quando uma mãe lamentou que o filho não poderia participar do coral da igreja. Ana Carolina resolveu criar o próprio grupo musical. “Levei a ideia para os pais e eles me olharam meio assim, mas fomos no vamos ver o que vai dar. E deu muito certo. Fizemos nossa apresentação em Brasília e o teatro estava lotado”, recordou.
Início
Graduada em musicoterapia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Carol tinha o sonho de trabalhar com reabilitação neurológica e teve Lucas, de 7 anos, como primeiro paciente. Segundo a especialista, a primeira sessão foi um caos: “Ele chorando e eu tentando tocar, porque a mãe disse sobre ele amar música”.
A partir de então, Ana Carolina passou a mergulhar “nesse mundo” e “se apaixonar pelo desafio diário de criar novas soluções a cada dia” para os pacientes, sendo eles, crianças, adolescentes e adultos autistas.
“Essa novidade todo dia que me encanta, de trabalhar com eles. É um desafio! Há dias que você fala: ‘Meu Deus, o que eu estou fazendo’. Em outros, digo: ‘É por isso que eu estou aqui’. Não é um trabalho fácil! São quase 10 anos trabalhando intensamente toda semana com crianças autistas. Exige muita dedicação!”, frisou.
Momentos
Durante o evento na Casa do Candango, Carol e criançada se encantaram as convidadas com uma encantadora apresentação musical. Ao fim, as mentes à frente da iniciativa receberam de presente uma orquídea. Em seguida, todos se dirigiram para saborear as delícias do lanche preparado com muito carinho. Bolos, sanduíches e doces estiveram entre os quitutes degustados.
Confira os cliques:
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