Cisnes da rainha Elizabeth são assassinados por suposto serial killer
Desde o início de dezembro do ano passado, foram três incidentes. A hipótese é de que um serial killer está à solta
atualizado
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A rainha Elizabeth é proprietária de todos os cisnes sem donos no Reino Unido. De acordo com as leis determinadas no século 12, a monarca reinante detém “o direito de reivindicar a propriedade” sobre os animais não marcados que nadam em águas abertas. Esse direito começou quando os pássaros eram vistos como uma iguaria e, frequentemente, eram servidos em banquetes reais. Atualmente, o controle da espécie visa conferir o crescimento da população das aves e ajudar na sua preservação.
A notícia que tem preocupado as autoridades britânicas é a de que vários cisnes foram encontrados mortos em Southmere Lake, um parque situado no bairro de Thamesmead, em Londres (Inglaterra). A hipótese é de que um serial killer está à solta. Segundo a lei, quem ferir, roubar ou matar um cisne corre o risco de ser processado.
Carly Ahlen, criadora da fundação Gabo Wildlife, encontrou os “pássaros torturados, espancados até a morte, enquanto suas cabeças foram removidas e nunca foram achadas”. Desde o início de dezembro do ano passado, foram três incidentes envolvendo cisnes. “No mês passado, um animal foi morto no lago a cada 10 ou 11 dias”, relatou ao jornal britânico Express.
A especialista em vida selvagem afirmou que não faz ideia de quem está realizando esse tipo de ato, e que isso tem ocorrido sempre tarde da noite, entre 0h e 5h. “Estou muito zangada. Cisnes são animais protegidos, então, isso é um grande crime contra a vida selvagem”, disse ela.
“Eu lido com crimes contra a vida selvagem quase todos os dias, mas nada poderia ter me preparado para isso. Foi ainda mais chocante saber que um humano fez isso. Pela minha experiência, isso não foi feito por um animal, são cortes limpos na cabeça”, falou.
Ao jornal, Carly Ahlen revelou que os cisnes não são os únicos animais a serem alvos do “assassino sádico”. Um corpo de uma raposa também foi encontrado. Ela acredita que o animal foi torturado antes de ser baleado e jogado no lago. “É notório nesta área. É o lago do horror”, acrescentou.
“As pessoas vão lá para interagir com a natureza, em vez disso, estão vendo isso. Não consigo imaginar as pessoas que podem ter visto isso andando por aí. Os assassinatos de animais selvagens estão se tornando mais frequentes e horríveis, quando tirei a raposa do lago e levei seu corpo para examinar, pude ver o terror estampado em seu rosto”, contou a especialista em vida selvagem.
Ahlen instalou uma câmera e está solicitando a construção de uma ilha no meio do lago para que os animais se refugiem. “Eles obviamente precisam ser pegos porque são perigosos para a sociedade”, finalizou a socorrista.
Todos os incidentes foram relatados à Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade aos Animais (RSPCA) e à polícia metropolitana.
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